Nykvist, diretor de fotografia

Bibi Andersson e Liv Ullmann, em Persona, de Ingmar Bergman, fotografia de Sven Nykvist

Estava lendo O Globo ontem, quando me deparei com a manchete aí de cima. Nykvist?!... Há quanto tempo eu não ouvia falar dele!... Quando dei por mim, percebi que aquela era a seção de obituário do jornal... Como se dizia antigamente - na época em que Nykvist era comentado em cadernos de cultura e não no obituário - chapei...

Para quem não foi jovem no final dos anos 60, início dos 70, com a febre de cineclubes, Semanas de Cinema que tomavam conta do país (país, no caso, significando minha cidade, o Rio), o nome Nykvist não quer dizer nada. Mas ele era simplesmente..."o fotógrafo do Bergman"!!!... Bem, provavelmente, muita gente que me lê agora também não sabe quem é Ingmar Bergman - ou sabe apenas de ouvir falar. Dizer o quê? São outros tempos...

Mas, naquela época, respirava-se cinema, em sessões disputadíssimas na Cinemateca do MAM (Museu de Arte Moderna), no Aterro do Flamengo. Havia os bergmanianos, os fellinianos, os glauberianos... Discussões acaloradíssimas entre adeptos de Pasolini, Antonioni, Godard, Truffaut, Buñuel, e...

Hoje as discussões acaloradas são entre os adeptos de Lula e os de Alckmin... Talvez por isso Nykvist só veio reaparecer na seção de obituário... E a causa de sua morte, segundo o jornal, não poderia ser mais significativa:
Nykvist morreu em um asilo de idosos, onde era tratado de afasia, uma doença mental que afeta a capacidade de entendimento e da fala.

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