Discursando hoje em Goiás o presidente Lula saiu-se com esta:
“Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool.”
O Bagaço
Os alagoanos estão mesmo na moda. Os presidentes da Câmara [na época da postagem, Aldo Rebelo] e do Senado são alagoanos. Domício Diniz também é. Ou melhor, era.
Domício foi o décimo bóia-fria a morrer na região de Ribeirão Preto, desde o ano passado. Era cortador de cana.
Suspeita-se que a morte dele tenha sido causada por excesso de trabalho. Ele cortava, em média, 12 toneladas de cana por dia. O que dá, segundo estudos da USP, aproximadamente 12 mil golpes com o podão, utilizado para derrubar a cana.
Essa é a média dos trabalhadores rurais hoje em dia, 50% a mais que a média da década de 1980, que era de oito toneladas diárias.
Para quem procura um exemplo prático de "mais-valia absoluta", taí a prova de que se extrai trabalho do empregado até o bagaço.
É o que dá de falar 18 horas por dia, todos os dias, sobre todos os assuntos, responder a todas as perguntas, digerir informações o tempo todo. Quem já teve de falar tanto tempo assim e sobre os mais variados assuntos sabe bem o que é isso: eu já fui professora de ensino superior, dava cerca de 4 horas seguidas de aulas todos os dias, 5 a 6 dias por semana, em dois estados da Federação, sobre 2 a 3 assuntos diferentes , e me lembro que às vezes dizia muita besteira. Só que não saía na tevê nem no jornal.
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