terça-feira, 22 de maio de 2007

Chavez, RCTV e a liberdade de expressão

No próximo domingo, ao que tudo indica, Chavez fechará mesmo a emissora de TV venezuelana RCTV, que não teve sua licença renovada. O fechamento da RCTV, que é a Globo da Venezuela, está provocando uma grita em vários países, inclusive no Brasil, e sendo considerado um atentado à liberdade de imprensa.

Mas, é isso mesmo? Que tal ouvir o outro lado da questão?

Ouça este pequeno e divertido spot radiofônico, criado pelo locutor de rádio peruano Ignacio López Vigil, ao mesmo tempo criticando a RCTV e explicando a medida de Chavez. A dica é do Blog do Okrim Al Qasal, direto da Venezuela.








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Um comentário:

  1. Anônimo23.3.08

    Recomendo a todos que leram este post, que assistam o documentário "A Revolução Não Será Televisionada" que está disponível gratuitamente no YouTube:


    Documentário "A Revolução Não Será Televisionada" no Youtube


    (este é um link para a primeira parte, as outras se encontram ao lado, o documentário é IRLANDÊS mas está com legendas em português para as partes em inglês e as falas em espanhol.)

    Ao assistir o documentário, que mostra claramente as manipulações feitas pela RCTV no Golpe Militar que removeu o governo democraticamente eleito do poder durante um dia, inclusive cortando o sinal de transmissão ao canal televisivo estatal, fica claro o porquê da não renovação da RCTV, bem como o porquê de tanta propaganda contra o governo que segura o 3o maior recurso petrolífero do mundo.

    Não sou chavista nem defendo o governo chavez, que acho que tem falta de jogo de cintura e um enorme problema de comunicação; mas as manipulações da mídia nacional venezuelana e internacional (Grupos Globo e Abril inclusos) foram "longe demais" naquele momento, inclusive não transmitindo tudo que acontecia quando o presidente foi trazido de volta ao poder (enquanto Carmona fugia pra Miami).

    Não se trata de ser "contra" ou "a favor" do governo Chavez, mas sim da soberania nacional sobre os interesses extrangeiros e, principalmente, do processo DEMOCRÁTICO, que se fragiliza a cada vez que um golpe ocorre, não apenas lá, mas em toda a América Latina.

    Sendo a renovação de concessão das redes de TV na Venezuela - assim como no Brasil - renováveis apenas pelo governo, a não-renovação é um aspecto totalmente constitucional lá, assim como seria aqui.

    O documentário aborda o assunto durante 75 minutos, inclusive com cenas de dentro do palácio antes, durante, e depois do golpe. O grupo que o fez tinha ido fazer um documentário sobre o governo na Venezuela, e acabou sendo "pego de surpresa" durante o golpe, e tendo a sorte de filmá-lo de dentro do palácio, com chances de serem bombardeados.

    As imagens são reveladoras, e demonstram não só a manipulação de mídia lá, mas como ela ocorre - dentro deste próprio assunto - de forma tão caricata em toda a América Latina, uma vez que as pessoas pensam e 'despensam' baseadas em não muito mais que estes meios de comunicação, que passam, portanto, a influenciar a realidade.

    Fica a dica, toda fonte jornalística é sempre indireta, e deve ter seus comprometimentos com interesses externos checado.

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