O PAN é da Globo e a seleção brasileira é da Nike

Está hoje em O Globo (o grifo é meu):

[O vice-presidente das Organizações Globo] João Roberto [Marinho] destacou que a TV aberta se transformou também na principal opção de entretenimento, informação e cultura dos brasileiros.

Para mostrar uma campanha de mobilização e de educação das emissoras de TV, e em particular da Rede Globo, ele apresentou o projeto dos jogos do Pan. Contou que o projeto Pan nasceu em 2002, quando as Organizações Globo entenderam que os jogos poderiam ser mais do que um evento esportivo ou uma cobertura jornalística. A primeira visão foi de que sediar os jogos não seria somente um evento para o Rio, mas para todo o Brasil.

Por isso, foi batizado de “Rio 2007 - o Pan do Brasil”.

É como diz o locutor esportivo: Taí o que você queria. É a confirmação de que quem manda no PAN é a Globo. Assim como quem manda na seleção brasileira não é Ricardo Teixeira nem Dunga, é a Nike.

No caso do pedido de dispensa feito por Ronaldinho Gaúcho e Kaká, Dunga chiou, a CBF jogou-os contra a população, ao colocar no site o pedido de dispensa, mas a Nike exigiu a presença dos dois em campo no amistoso contra a seleção inglesa em Wembley, e, voilà, os dois vão jogar – ainda que nenhum dos quatro quisesse.

Ainda hoje: Chávez que se cuide. Está em marcha um golpe de Estado na Venezuela. Ou seria melhor dizer que um golpe está no ar, porque ele é fortemente estimulado por emissoras de TV de várias partes do mundo – Brasil inclusive?

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