Brasil, Argentina, Venezuela: Manual de Hipocrisia da Mídia

De um Correspondente do Blog do Mello na Guerra da mídia:

O controle ferrenho dos meios de comunicação pela direita e extrema-direita não é privilégio do Brasil. Na Argentina, eles também estão concentrados na mãos de pouquíssimas e riquísimas familias.

Famílias que aliás, enriqueceram mais ainda durante as Ditaduras mais sanguinárias que já existiram no Continente Americano, ganhando polpudas verbas publicitárias dos militares para primeiro ocultar e depois apoiar a tortura e os assassinatos em massa de mais de 30 mil opositores, roubo, compra e venda generalizado de seus órfãos e impedir a cidadania e a conquista da democracia.

Tudo muito parecido com o Brasil , só que muito mais violento e sanguinário.

Agora, quando perdem eleições e passam à oposição, estes senhores viraram “Demócratas” de carteirinha e vivem enxergando “ditadores” em toda parte.

Clique aqui, leia a matéria e perceba como o La Nacion não consegue esconder a verdade sobre as manifestações estudantis na Venezuela.

Tal como no Brasil, o Governo Venezuelano investe pesado em Educação Superior: está construindo 24 novas Universidades Públicas.

Os donos de universidades particulares, é claro, não gostaram nem um pouco, pois só cresceram seus negócios porque os governos anteriores, como no Brasil, queriam destruir ou deixar acabar em ruínas as universidades estatais, como FHC, Alckmin e Serra estavam fazendo com a USP, por ejemplo.

Então, estimulados pela “liberação” das aulas e por um discurso fácil contra a competição dos novos profissionais que vêm por aí, os jovens são lançados por esses “empresários” do ensino para as ruas, em protestos “contra a falta de liberdade para a RCTV”, um canal de programação da pior qualidade.

Enquanto isso, o La Nacion silencia sobre as massivas manifestações estudantis na Colombia, contra a privatização do ensino e a destruição proposital das Universidades Públicas, receita aplicada em todo mundo pelo Consenso de Washington, para afastar os filhos dos mais pobres do saber e manter a educação como privilégio das camadas que podem ser mais aliadas ao pensamento imperial.

Ironicamente, na mesma edição, o La Nacion protesta contra o nível “quase prostibulário” do conteudo de várias TVs Argentinas, pedindo providencias “ao devasso Governo Kircher”.

É a Lesma Lerda.

Lá ou aqui, esse tipo de mídia é um Monumento Histórico à Hipocrisia Humana e devia ser tombado pela UNESCO, como exemplo ultrapassado de forma antidemocrática de comunicação.

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