Novo golpe de Estado contra Chávez é 'Próxima atração' ou 'Vale a pena ver de novo'?

Chávez que se cuide. Está em marcha um golpe de Estado na Venezuela. Ou seria melhor dizer que um golpe está no ar, porque ele é fortemente estimulado por emissoras de TV de várias partes do mundo – Brasil inclusive?

O dia inteiro as emissoras espalham a notícia de que Chávez fechou o canal de TV RCTV, quando, na verdade, o governo venezuelano não renovou a concessão do canal, baseado na lei. Goste-se ou não dela, ela existe (e aqui no Brasil também) e deve ser respeitada. Não foi o caso da RCTV, que pregou abertamente a favor do golpe de 2002, que retirou Chávez do poder por dois dias.

A campanha da mídia é tão violenta agora, que chega a pregar, mesmo que de forma indireta, o assassinato do presidente venezuelano, como mostra o vídeo abaixo. Aconteceu assim: no programa “Aló, Ciudadano”, no canal Globovisión, havia uma entrevista com o diretor geral da RCTV, Marcel Granier. A certa altura, o entrevistador chama para um intervalo. Mas, antes de começar o break, são exibidas (sem haver nada no contexto da entrevista que as justificasse) imagens do atentado a tiros contra o papa João Paulo II, em 1981, tendo como fundo musical uma canção que diz “Esto no termina aquí”, interpretada por Rubén Blades. Sutil, não?

O vídeo também mostra imagens distribuídas pela rede CNN em espanhol sobre supostas manifestações anti-Chávez na Venezuela. Só que as imagens da tal manifestação são...do México.

Segundo a BBC, os manifestantes vão às ruas na Venezuela pedindo “pluralismo”, “liberdade de expressão” e a “volta das novelas” - talvez não exatamente nessa ordem.

Mas Chávez que se cuide. É o primeiro grande desafio que ele enfrenta, desde 2002.




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