Tudo bem que o senador Roriz não tem lá uma reputação das mais respeitosas. Pelo contrário, suas administrações em Brasília foram cercadas de escândalos. A fantástica história da bezerra é mais uma história pra boi dormir do que outra coisa. Mas, e o empresário Constantino de Oliveira, presidente do Conselho de Administração da Gol? Se não se aceita a história de Roriz, por que não se investiga Constantino para que ele revele a verdade?
A suspeita de que os R$ 300 mil sejam dinheiro de corrupção não pode cair apenas para o lado do senador. Só há corruptos, se houver corruptores. Por que o cheque do Constantino, que era do Banco do Brasil, foi descontado no BRB? Por que Constantino – e não outra pessoa - “emprestou” o dinheiro a Roriz? É bom não esquecer que boa parte da fortuna da família vem de suas empresas de ônibus de Brasília, cidade que foi longamente administrada pelo atual senador.
Por que não se fala também que essas empresas devem milhões ao INSS? Que uma delas - a Viação Planeta – mudou de endereço (inclusive de estado) nove vezes num período de 18 meses, gerando relatório da Receita Federal com a seguinte afirmação:
"Emerge de todo o relatado que o ato de comunicação de mudança falsa de endereço da Viação Planeta visava beneficiar ilicitamente a devedora, visto que seria negativada em praça onde não tem sede nem negócio algum"
Isto sem contar as autuações por trabalho escravo nas Fazendas Colorado, no Pará, e Tabuleiro, na Bahia. Na primeira, foram encontrados 23 trabalhadores em condições de escravidão. Na segunda, um número mais de 12 vezes maior – 279.
Gostaria de saber os reais (com duplo sentido) motivos de pouparem o homem que financiou a bezerra de ouro, ou vou acabar pensando que agem assim porque não querem perder patrocínio da Gol.
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