Na noite do acidente:. Pilotos de outros aviões comentam via rádio nomes dos possíveis comandante e co-piloto do Airbus da TAM (na noite do acidente, o Blog do Mello revela nomes do piloto e do co-piloto, que só foram anunciados na manhã do dia seguinte. Ouça o diálogo)
. Imagens exclusivas do acidente da TAM, segundos após a explosão do avião (as primeiras imagens do acidente, ainda antes da chegada dos bombeiros)
No dia seguinte:
. Blog do Mello fura grandes grupos da mídia na cobertura do acidente do Airbus da TAM em Congonhas
Dois dias depois:
. Credibilidade de O Globo explode junto com Airbus da TAM
Na manhã do terceiro dia:
. Briga de pilotos e computadores pode ter causado acidente com Airbus da TAM
Quatro dias depois:
. Tragédia com o Airbus da TAM: o top-top de um e o dos outros
Quinto dia:
. Tragédia com o Airbus da TAM: O que as seguradoras são capazes de fazer para não pagar o seguro (com imagens exclusivas de Sicko, último filme de Michael Moore)
Uma semana depois:
. Para TAM, o lucro está em primeiro lugar
Oito dias depois:
. Outros acidentes com Airbus mostram conflito homem-máquina
. Acidente com vôo JJ 3054 da TAM: Briga dos pilotos com sistema FBW (Fly-by-wire) do Airbus? (com imagens)
Dez dias depois:
. História do acidente com Airbus da TAM começa a ser recontada
11 dias depois:
. Acidente com Airbus da TAM: A culpa é do mordomo - quer dizer, do piloto
12 dias depois:
. Aeronáutica confirma que manete de Airbus da TAM estava na posição errada
13° dia:
. El Pais: Acidente com Airbus A320 da TAM (animação em flash do jornal espanhol recria o acidente)
Duas semanas depois:
. Acidente da TAM em Congonhas: Continua exploração da dor de parentes das vítimas
15 dias:
. Avião da TAM da tragédia de Congonhas voava com toneladas de combustível a mais
1° de agosto:
. O conteúdo da caixa-preta de voz do Airbus A320 da TAM
. Briga de pilotos com sistema Fly-By-Wire do Airbus da TAM pode ter causado o acidente
. Companhias de seguro podem ter que pagar US$ 5 bi a vítimas do acidente com Airbus da TAM
. Fabricante do Airbus A320 sabia da possibilidade de problemas na aterrissagem com reverso pinado
2 de agosto:
5 de agosto:
. Transcrição em português do diálogo dos pilotos na caixa-preta do Airbus da TAM pode desvendar mistério sobre a causa do acidente
10 de agosto:
. Furo de reportagem da Folha revela cruzamento de dados das caixas-pretas do Airbus da TAM
. Dados das caixas-pretas mostram informações conflitantes da Airbus
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Mello, só queria falar que respeito e gosto muito do seu blog... vou divulgar com certeza! abraços, Michelle.
ResponderExcluirMello!
ResponderExcluirAinda bem que tenho o teu blog para pensar.
Principalmente neste tema... deste um "baile" na "grande mídia".
Top-top para a mídia golpista.
Até breve!
Texto de um ex- piloto da FAB
ResponderExcluirAcidentes aeronáuticos chamam a atenção. Quando se trata de uma grande tragédia onde um triste recorde foi suplantado por outro ainda mais triste num prazo muito pequeno, a coisa é pior. Nem bem passou um trauma, vem outro.
Fala-se em crise que já ganhou até um nome, Apagão Aéreo. A seriedade do caso é tamanha que já colocaram a PF e tem até CPI. Não gosto de CPI por causa do cheiro do orégano, mas vamos ver no que vai dar. O ar parece confuso e fica difícil definir com exatidão a direção e a intensidade do vento, fundamental para a operação segura de qualquer aeronave. No horizonte algumas nuvens pesadas indicam a aproximação de uma tempestade. Os primeiros momentos depois do acidente foram marcados por uma preocupante troca de farpas entre os principais setores da aviação, indicando que os rádios de comunicação parecem estar sintonizados em freqüências diferentes. Nesse clima turbulento apareceram figuras bem-intencionadas para tentar botar a casa em ordem, a maioria com pouquíssimas horas de vôo, muitas delas, senão a totalidade, acumuladas enquanto estiveram sentados na poltrona 32-E, 5-C ou 14-D. Essas figuras, de tanto voarem, nem fazem mais tanta questão de sentar na janelinha. Pela forma como se expressam, supostamente entendem de tudo e conhecem em profundidade como funciona a dinâmica da aviação. Não têm, no entanto, a visão proporcionada pelas imensas janelas que estão à frente dos assentos 1P e 2P. Os bilhetes para esses assentos não são comprados pela Internet para serem transformados em e-tickets. São destinados ao primeiro e segundo piloto, ou comandante e co-piloto, e comercializados em uma moeda mais forte que Dólar ou Euro, mas corrente em qualquer país do mundo, a experiência. As pessoas que tomam esses assentos têm a função de levar tudo o que existe atrás deles, pessoas ou carga, de um aeroporto a outro.
Existe um segredo muito interessante dessa classe de trabalhadores que ninguém revela. Não fique chocado, mas no íntimo, eles não estão muito preocupados com o que existe atrás da cabine de comando, seja você, algum amigo ou parente seu. Conduzem suas atividades profissionais de forma a garantir conforto aos passageiros, mas o maior objetivo é sempre ter a certeza de voltar para casa.
Depois desse segredo, uma dica: sempre confie nesses caras.
Nos últimos dias muita gente me ligou para discutir detalhes e fazer uma espécie de brain storm e tentar chegar a uma resposta que explicasse como um avião da TAM sai no final da pista com velocidade suficiente para “pular” sobre a avenida Washington Luiz e bater no terminal de cargas da própria TAM. Não sei. Só o Relatório Final de Acidentes que o CENIPA vai produzir, depois de analisar tudo o que está relacionado ao acidente, poderá indicar a resposta. As ligações mais interessantes, porém, trataram o problema de forma mais abrangente. O que está acontecendo na aviação? Não sei também, mas tenho uma idéia.
Acho que o mais interessante é responder com uma pergunta: o que aconteceu nos últimos dois anos pra criar essa zona toda? A aviação brasileira ostentava os menores índices de acidentes em todo o mundo. Estávamos equiparados à Europa e EUA. Pouco abaixo deles, claro, mas muito melhores que nossos hemanos sud americanos. Dois grandes acidentes marcaram a história da aviação em menos de dez meses. Muito azar! Só que azar é como sorte, não dá pra confiar 100% em nenhum dos dois.
É interessante não perder o foco nesse ponto do raciocínio: não estou procurando culpados. É só uma análise crítica da situação.
O assunto investimento já foi tratado pela mídia. A falta dele preocupa e já preocupa há vários anos. A aviação funcionava tão bem que ninguém se preocupava muito com ela.
Tem um detalhe bem interessante que só agora começa a ser discutido: quem está à frente da aviação? Antigamente a resposta era clara: DAC. Foi substituído pela ANAC. Quem está à frente da ANAC? A ANAC, que era pra ser só mais um cabidezinho de emprego, mostrou-se um grande tiro no pé, que balança a estabilidade do governo, tanto que nosso presidente só se manifestou depois que vários países mandaram suas mensagens de condolências para os familiares das vítimas e ao povo brasileiro. Se puxarem pela memória, perceberão que no acidente da Gol, muitas das personalidades que cansaram de aparecer naquele episódio, simplesmente sumiram. A aviação mais parece um barco sem comandante, á deriva e ao sabor dos ventos e das correntes. Quem deveria comandar seria a ANAC. Se fosse comparada a um grande jato comercial, a cabine de comando estaria lotada, mas tem só um aviador lá, o resto é passageiro. O que fazem esses passageiros numa cabine de comando? O Jornal da Globo da última sexta-feira mostrou o perfil dos demais. A primeira classe, a classe executiva e todos os lugares da classe econômica estão completamente ocupados. Embora seja avião, mais parece um trem. Da alegria.
Esse assunto, embora ainda pouco discutido por aqui, já está na pauta da Flight Safety Foundation, um das mais renomadas instituições internacionais voltadas para a segurança da aviação. Em nota, seu presidente, Bill Voss, deixa clara a sua preocupação em ver pessoas com perfil eminentemente político, sem qualquer afinidade com o gerenciamento da aviação, à frente da nossa agência.
Definitivamente não gosto do papo de “que nem lá”, mas já que fizemos uma agência, “que nem lá”, que colocássemos gente gabaritada, “que nem lá”.
Como se diz em segurança de vôo, as únicas coisas boas que podemos tirar de um acidente aeronáutico, são a experiência e as lições. Depois de um triste recorde, veio outro e nada foi feito, nem com a infra-estrutura, nem com o controle de tráfego aéreo, nem com o pessoal que comanda a aviação. Estamos enfrentando um Apagão Aéreo que não tem data e hora pra acabar, embora nosso presidente já tenha determinado isso em outra ocasião. Dessa vez foi mais incisivo, deu 90 dias pra mudar alguns vôos de Congonhas pra Cumbica. Bom!Tarde, mas bom!
... e o barco? Continua sem comandante...
Desculpem a sinceridade, mas tenho saudades do DAC. Sem querer ser saudosista, tinha um Sistema de Aviação Civil que, com seus defeitos e qualidades, funcionava de forma sistêmica e tinha gente que entendia de aviação. Ok. As coisas vão se ajustar, só espero que não demore demais!