Ontem, em reportagem do Jornal Nacional, o repórter Vinícius Dônola disse o seguinte:
Ainda na floresta, as duas conversaram por telefone com Chávez. Consuelo González agradeceu por voltar a viver. Mas fez um apelo, em nome das centenas de reféns que ainda estão na floresta, para que Chávez não baixe a guarda com os guerrilheiros. Clara Rojas disse que a libertação as fez renascer.
De onde Dônola tirou isso? Reparem no vídeo acima, com a íntegra das conversas de Clara e Consuelo com Chávez ao telefone, que ela pede que Chávez não baixe a guarda, mas em momento algum diz que é com os guerrilheiros.
Aliás, por que ela falaria isso, se os guerrilheiros elegeram o presidente venezuelano como seu principal negociador? O recado – é claro – era para outros, para os que querem afastar Chávez das negociações: os presidentes colombiano, Álvaro Uribe, e americano, George Bush.
Além de desinformar, o repórter desviou o foco da conversa das duas, que era o agradecimento comovido ao presidente venezuelano, que se pode ver na íntegra das gravações reproduzidas aqui.
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