Esta frase que tem tudo a ver com a realidade brasileira atual, é de Joseph Pulitzer, e eu a pesquei no Verbo Solto, do Luiz Weis, um dos melhores blogs sobre jornalismo escritos por jornalistas.
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Mello, admiro teu trabalho, recomendo teu espaço sempre que posso, mas permita discordar do conceito que tens do weis, editorialista do estadinho. Primeiro porque o blog dele não é um blog qualquer, trata-se dum blog do Observatório da Imprensa, e ele faz parte do time oficial da casa. Em outubro de 2006, me dei o trabalho de levantar o teor dos artigos do weis e do malan, revoltado que estava com os ataques ao Lula feitos a cada novo artigo destes caras. O resultado foi impressionante, mais de 80% dos artigos de weis e quase 90% dos do malin eram descendo a ripa no Governo ou em pessoas ligados ao Governo Lula! Depois que o Lula foi reeleito, o malin se mandou e o weis se acalmou. Mas voltou à carga recentemente. Aliás, me parece que tu não entendestes a maldade deste post do Pulitzer, nitidamente double sense...Observe que antes de citar a frase do Pulitzer, ele diz isso: 'Num contexto todo outro, naturalmente, o semanário londrino The Economist, na edição que começa a circular amanhã, transcreve uma frase de Pulitzer que se aplica aos prováveis efeitos do tipo de jornalismo que Nassif tem em mente"
ResponderExcluirO que ele quis dizer com "tipo de jornalismo que o Nassif tem em mente"? Seria o jornalismo que o Nassif sabe ser a prática da vejaqmentira e por isto comprou a briga com ela(na minha opinião esta hipótese tem 10% de chance), ou seria a PRÁTICA jornalística do próprio Nassif?(90% de chance)
Sabe porque minha conclusão está correta, Mello? Pelo fato de que, como tu mesmo alertastes de forma mais do que procedente, NINGUÉM no pig grande deu UMA linha sobre o caso, ou seja, o weis, se estivesse observando a imprensa de fato, e não está!, teria observado no mínimo, o mesmo que tu observastes com precisão. Mas não o fez, ídem o dinnerS, rolf, brickmann e cia. (desculpe tantas "observações").
Veja tb alguns exemplos deste senhor, auto-explicativos do porquê discordo de ti quando dizes ser o weis um dos melhores blogs:
*MELLO, ISTO É TÍTULO QUE UM JORNALISTA "DOS MELHORES" COLOQUE num Observatório da Imprensa?
1- Lula "deu a senha" para o PT imitar Edir Macedo
Postado por Luiz Weis em 21/2/2008 às 9:00:58 AM
Sim, o nome completo do jornal Valor é Valor Econômico, mas nem por isso se justifica a ausência de qualquer menção na primeira página de sua edição de hoje ao materiaço político, ainda por cima exclusivo – apurado pelos craques Raymundo Costa e Cristiano Romero - “Ações da Universal encorajam PT”, precedido do antetítulo não menos revelador “Posicionamento de Lula reforça disposição do partido de reagir à imprensa".
É o texto mais importante do noticiário nacional"
MENTIRA GRANDE!
2- E no Brasil? Se existiu o tal complô da mídia para impedir a reeleição de Lula, não serviu para nada. É provável que a cadeira vazia de Lula no último debate da Globo antes do primeiro turno e exibição no Jornal Nacional da dinheiramente apreendida pela Polícia Federal com os petistas aloprados do dossiê Vedoin tenham levado a disputa ao segundo turno.
Mas no vamos-ver, o viés midiático a que se refere Delfim no seu artigo de hoje, não impediu, além da estrepitosa vitória de Lula, com 58,3 milhões de votos (61% do total), que o tucano Geraldo Alckmin recebesse 2,4 milhões de votos a menos do que na rodada anterior.
Não me lembro de a mídia brasileira ter lulado entre uma votação e outra.
3-e o Estado não tivesse se fiado cegamente nos militares que desde a primeiríssima hora e sem base em fatos comprovados culparam os pilotos do Legacy pela colisão com o Boeing da Gol em 29 de setembro, não teria o desgosto de amargar hoje a vitória da concorrência - a primeira entrevista da dupla Joe Lepore e Jan Paladino a um jornal e a primeira a um órgão de mídia brasileiro.
Dias atrás, eles foram entrevistados pela rede americana de televisão NBC. Ao noticiar a entrevista à TV, o Estado informou que já pediu duas vezes para falar com os pilotos desde que voltaram para os Estados Unidos - e não foi atendido.
O jornal atendido é a Folha de S.Paulo, e a primazia é da jornalista Eliane Cantanhêde, da sucursal de Brasília, que os entrevistou sexta-feira em Nova York.
Ao longo destes quase três meses, nenhum jornalista, individualmente, garimpou mais do que ela - com absoluta isenção, salvo prova em contrário - a história da maior tragédia da aviação comercial no Brasil e a suas seqüelas, condensadas no termo apagão aéreo.
4-Hoje eu não saberia dizer isso melhor do que o colunista Fernando de Barros e Silva, da Folha:
"Ilusão imaginar que a disputa agora plebiscitária irá jogar luz sobre problemas e soluções para o país. A divisão dicotômica entre o bem e o mal será radicalizada. A pauta é a do "pega ladrão" contra "golpistas não passarão!".
Assino embaixo também de seu diagnóstico:
"A candidatura Alckmin vem contemplar, mais do que uma demanda ética, o moralismo tacanho de uma classe média que mistura sua justa indignação contra a corrupção com um preconceito inexpugnável em relação ao operário que ascendeu ao topo da República. O governo Lula deu pretextos para o "liberou geral" que os adversários incubavam.
E o pior, olhando em retrospecto, é que Lula não precisava dar os pretextos que deu para fazer o muito que fez de bom pelos pobres do país.
Abraço Cid Elias