O caso das ministra Matilde já foi resolvido. Ela pediu demissão. Antes, ela demitiu dois de seus assessores, que não a teriam orientado corretamente. Logo, fica implícito – ao demitir os assessores – que sua própria demissão era o desfecho lógico para o caso.
Mas quero destacar dois aspectos do caso. O primeiro, a de que ele só foi descoberto a partir de uma denúncia da Controladoria Geral da União (CGU), numa prova da transparência do governo. Todos os dados, de todos os ministérios, estão na internet para quem quiser ver.
Isso foi feito no governo FHC? Você sabe dos gastos dos governos Serra, Aécio, do prefeito Kassab? Pois é, o presidente Lula pode bater no peito e dizer: Nunca na história deste país...
O outro aspecto que quero destacar é o seguinte: fez-se um tremendo escarcéu, por conta dos gastos da ministra, e até por causa de uma tapióca de R$ 8,30 (oito reais e trinta centavos), mas não se lê uma palavra sequer sobre a acusação que o jornalista Luis Nassif fez em seu livro Os Cabeça-de-Planilha de que André Lara Resende, que fazia parte da equipe econômica do Plano Real, no governo de FHC, enriqueceu às custas de informações privilegiadas que tinha no governo. Milhões de dólares.
André está no Brasil desde o dia 18 de janeiro e nenhum repórter chegou até a ele para perguntar:
- André Lara Resende, é verdade que você enriqueceu com informações privilegiadas no governo FHC?
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