Graças a Deus, sou ateu. Já disse isso aqui. Mas respeito – como não poderia deixar de ser – o sentimento religioso das pessoas. O que muitas vezes não ocorre com alguns religiosos, que só defendem sua igreja e queimam, muitas vezes literalmente, as demais.
Recentemente, tivemos a notícia de que as igrejas Católica e Protestante teriam utilizado trabalho escravo, durante a II Guerra Mundial. Foi tratada como uma notícia qualquer por nossa “grande imprensa”. Imaginem se o denunciado fosse o bispo Macedo...
Vida que segue, e o jornal O Globo mostra hoje um sorridente papa Bento XVI, em sua chegada ontem aos EUA. Anteriormente, ainda no avião, o papa dera uma entrevista aos jornalistas que o acompanhavam em comitiva, e fez questão de tocar no controvertido problema da pedofilia na igreja Católica:
- Nós vamos, definitivamente, excluir os pedófilos da missão sagrada. É mais importante ter bons sacerdotes do que muitos sacerdotes. Esperamos poder fazer, e faremos todo o possível, no futuro, para curar essa ferida - prometeu o Papa.
É bom lembrar que, só nos EUA, a igreja comandada pelo papa já teve que desembolsar mais de US$ 2 bilhões para cinco mil casos de abusos sexuais. Não há engano nos números, são cinco mil casos e dois bilhões de dólares mesmo, para livrar da cadeia padres pedófilos. Dinheiro de quem? Dos fiéis. Será que eles apóiam essa utilização de suas contribuições para a “Santa Madre Igreja”?
Mas o curioso é ver que o papa mudou a estratégia da igreja Católica, batendo de frente com a anterior, que sempre fora defendida por um certo cardeal Ratzinger – ninguém mais ninguém menos que o papa antes de ser consagrado.
Ratzinger (o papa Bento XVI, para quem ainda não caiu a ficha) acobertou durante vários anos os crimes dos padres pedófilos, ameaçando com excomunhão quem denunciasse os padres criminosos, brandindo um documento – chamado Crimen Sollicitationis - assinado por ele. O documento dizia que se você fosse molestado por um padre, poderia se queixar ao bispo, ao cardeal, ao papa, mas, se denunciasse o caso à Justiça, babau, seria excomungado.
Agora, o papa contradiz Ratzinger e reconhece para o mundo a pedofilia no seio da igreja. Pedofilia que foi muito bem documentada numa produção da BBC, chamada Sexo, Crimes e Vaticano. Assista-a.


É curioso como um "Santo Homem" pode ter um bom relacionamento com um terrorista alcoólatra (o assassino Bush)... será que o "Santo Homem" ensinará o terrorista a perdoar quem não se ajoelha perante o Império do IV Reich?
ResponderExcluiraté que enfim os americanos também vão beijar o anel do papa.
ResponderExcluirSua blogada foi citada no Global Voices.
ResponderExcluirAcho também o tema um bocado preocupante, e fico impressionado com o poder da Igreja em desviar a atenção, ou insensibilizar, seus fiéis a estas gravíssimas questões.
Isso me lembra dos casos mexicanos, onde o próprio bispo afirmava que "as famílias perdoavam por amor à Igreja".
"Graças a Deus sou ateu?",Não entendi.Ah,é uma ironia?
ResponderExcluirCarissimo Mello. O video não abre. Será um problema localizado ou já houve outras reclamações?
ResponderExcluirAbraço
Grato Edu, coloquei outro link.
Excluir