Votos do Mello para os leitores do blog

1. Feliz Natal
2. Feliz Ano Novo
13. Dilma Presidente

São meus votos. Agradeço a todos pelas visitas, aos assinantes pela persistência em prestigiar as postagens inconstantes e aos amigos que fiz ao longo desses quase cinco anos de blog.

Agradeço também aos colegas blogueiros e aos novos que estão chegando para manter acesa a chama.

"Non pasarán!"

A estupidez da guerra no olhar da menina

Menina de 10 anos é surpreendida na escola por uma visita do pai, sargento do exército dos EUA, que estava no Iraque.

Por que São Pedro só é o culpado das enchentes nos governos demotucanos?

Nos governos petistas de Erundina e Marta, a culpa das enchentes era das duas.

Será que os paulistas não gostam de mulheres, do PT, da esquerda ou das três coisas - ainda mais reunidas?

Será que pensam que Serra, Kassab e São Pedro são todos santos e por isso acham natural que a culpa recaia sobre o último, digamos assim, por longevidade...?

Ou será que é porque a ex-grande imprensa (que deve estar vendendo ainda menos nas bancas com as chuvas) está no bolso dos demotucanos?

Mino, elogiar Gilmar Mendes é enaltecer um relógio quebrado

Sei que você sempre considerou Battisti um bandido comum, que deveria mofar numa cadeia italiana. Sei também que sua posição se radicalizou ao ver-se pela primeira vez intensamente contestado, não pelos que sempre o fizeram, mas por toda uma turma que até então sempre estivera do seu lado da trincheira. Por conta dessa mágoa, você inclusive encerrou seu blog.

Mas, ao elogiar Gilmar Mendes, você ultrapassou a fronteira. Porque Gilmar Mendes é um adversário que sempre está errado, mesmo quando está certo.

Gilmar Mendes (o Simão Bacamarte do Judiciário) é como um relógio quebrado. Parado, ele marca a hora correta duas vezes por dia. Mas nem por isso você iria "louvar-lhe a atuação" ou afirmar "que ele mostrou-se à altura do cargo" de relógio, como o fez com relação a Mendes em seu hepatopático artigo.

O príncipe e o sapo. Uma fábula

Um belo dia o príncipe se olhou no espelho mágico e perguntou:

- Diga-me, espelho meu, existe alguém mais presidente, mais inteligente, mais competente, mais príncipe do que eu?

- Sim, o Sapo - respondeu o espelho.

Feio, careca e malvado. Uma fábula

Ele é mau. E gosta dessa fama de mau. Cultiva seus ódios com o mesmo cuidado que os carecas dedicam aos fios que lhes restam. Ah, ele também é careca.

Seu sorriso sempre foi tão curto, que exibe mais gengivas do que dentes. E ainda assim ele os economiza.

Correm muitas lendas sobre suas maldades, sobre como trabalha nos bastidores para derrubar adversários (que ele sempre vê como inimigos).

Dizem que tem muita influência na Polícia Federal. Nas chefias dos principais jornais, revistas e emissoras de TV. Não há adversário ou possível empecilho em seu caminho que não seja rapidamente fulminado. Nessas horas, todos se entreolham, entressabem e entreafirmam: - Foi “Ele”.

Só que de tanto espalhar terror entre os adversários, sua fama de mau começou a assustar os que o cercam. Primeiro, timidamente: receios. Em seguida, após a constatação de que a uma maldade sempre sucedia uma seguinte, vem o medo.

E agora os que o cercam também têm medo dele. Do monstro em que se transformou aos olhos de todos, capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos. Por isso, temerosos, conspiram à surdina contra ele.

Ele percebe esse movimento. Mas já não sabe em quem confiar plenamente. Então, para atemorizar esses possíveis dissidentes, aumenta o grau de maldade, seguindo ao limite a lição de Maquiavel de que ao Príncipe é melhor ser temido que amado.

Mas, com isso, ele pula um degrau na lição do fiorentino. De temido passa a ser odiado. E os que o odeiam dedicam a esse ódio a mesma atenção que ele dedica a sua maldade e os carecas aos fios de cabelo que lhes restam.

Ele aumenta a maldade. E o número de vítimas.

O ódio aumenta. E o número dos que o odeiam também.

Um dia, ele acorda, acende a luz do banheiro e vê aquele careca no espelho. Por que o olha com ódio?

Quebra o espelho, mas aí vê o careca multiplicado em vários pedaços de espelho. O mesmo olhar. A mesma maldade. O mesmo ódio. Por quê?

Furioso, começa a quebrar os pedaços de espelho em fragmentos ainda menores. Mas isso só multiplica os carecas.

Por que todos se voltam contra mim? Será que erro tanto? – ele pensa.

Ouve uma voz:

- Se erra, José, se erra...


Novos banners para a campanha 'Cancele sua assinatura Folha / UOL'. Estes com camisinha

Retirei os anteriores, porque eles usavam marcas pertencentes ao grupo Folha / UOL. Mas esses aqui não. O conteúdo é o mesmo, mas as marcas desapareceram. É um protesto seguro, do tipo com camisinha. Use com prazer e distribua. Não sei o autor (quem souber, informe por favor para que eu acrescente o devido crédito), mas os consegui no Blog da Frô.



Mais um. Este aqui, do Latuff, encontrei no VioMundo, do Azenha.


Otavinho e a casa de madeira. Uma fábula

Otavinho sentia frio em sua casa de madeira. Teve uma ideia.  Faria uma fogueira. Para isso, pegou duas cadeiras entre as várias que tinha na sala, e acendeu o fogo. Elas começaram a arder. Otavinho se aqueceu e gostou.

Quando o fogo começou a baixar, Otavinho voltou a sentir frio. E colocou novas cadeiras na fogueira.

E assim foram-se cadeiras, mesas, móveis, armários. Mal a chama diminuía, ele tratava de se desfazer de mais uma peça de madeira de seu mobiliário.

Até que só lhe restauram as madeiras da casa. Foi uma janela. Depois outra. Porta. Batentes. Outra porta.

Finalmente, Otavinho estava diante da fogueira que já não o aquecia, sem nenhuma madeira mais para alimentá-la, e agora também sem a casa para protegê-lo do frio e dos animais da floresta.

Foi quando Otavinho ouviu uma voz, que dizia:

- Otavinho, que fria, filho.

Ovo cozido e O Império dos Sentidos

Eu estava comendo um prosaico ovo cozido (OK, cada um tem sua madeleine) quando me lembrei do Império dos Sentidos. O filme de Nagisa Oshima fez grande sucesso e causou muita polêmica quando de seu lançamento. Hoje ninguém fala mais dele, e só me recordei do filme agora por causa do ovo cozido, que nele é utilizado de forma nada prosaica.

Menos prosaico ainda foi o local onde assisti ao filme. Estava numa cidade do interior de São Paulo, que contava na época com dois cinemas (hoje não tem nenhum): um frequentado pela elite local. O outro, pelo povão, onde eram exibidas produções de classe Z, banguebangues baratos, filmes antigos de Mazzaropi (os novos, no classe A).  Pois não é que O Império dos Sentidos foi programado para o poeirão?

Comprei meu ingresso e comecei a apreciar os tipos que dividiriam o cinema comigo. Só homens, que chegavam com suas bicicletas. Gente simples, com chapéu de palha na cabeça, a maioria trabalhadores do campo - da roça, como eles se dizem.

Foi sem sombra de dúvidas a plateia mais divertida que O Império dos Sentidos teve ao redor do mundo.

O filme conta uma história de amor intenso entre uma ex-prostituta e o senhor da casa onde vai trabalhar como empregada. E põe intenso nisso. O cinema estava lotado. A plateia dava risinhos nervosos a cada nova cena de amor. Ainda mais porque Oshima quebrou a barreira entre o filme de arte e o pornô, colocando cenas pra lá de apimentadas na tela.

Até que veio a famosa cena do ovo cozido. O homem o introduz suavemente na vagina da mulher. Ela depois o devolve, "põe o ovo", e ele o come. Já imaginaram a reação da plateia? Até hoje me recordo de um deles à minha frente:

- Quié issu?!... O que ele vai fazer?... Nossa, num credito!...Ói, oi, e num é que vai infiá lá?... Ahn!... Dooona!!!... Guloooosa!

E ainda há quem não goste de ovo cozido...

Evo Morales deve ser reeleito hoje na Bolívia

Depois de boicotes, ataques da mídia, tentativas de golpe e até de assassinato, Evo triunfa. Pelo menos é o que dizem as pesquisas, que apontam uma vitória de Evo Morales com algo em torno de 53% dos votos. Acho que vai ser mais, em torno de 60%, como aconteceu quando da aprovação da Constituição.

Mesmo assim, Evo não dorme no ponto e sabe que tem que ficar atento, pois os golpistas racistas de lá, financiados por organizações dos EUA e com apoio da mídia porcorativa internacional não desistem de tentar uma jogada salvadora até o final do jogo. É o desespero, porque há quem já ache possível que Evo consiga a maioria até no coração dos golpistas, Santa Cruz.

Leia e veja também:

Mais banners para a campanha 'Cancele sua assinatura Folha / UOL'

ATUALIZAÇÃO: Retirei as imagens do blog. A explicação está aqui:



Veja aqui as imagens censuradas pela Folha / UOL

Baixe para seu computador e suba para seu blog ou rede social.

ATUALIZAÇÃO: Por orientação de um advogado, retirei as imagens do blog. Este blog sempre respeitou os direitos dos outros, linkando postagens, indicando origem do material publicado, quando não se trata de um original meu. Não seria agora que iria desrespeitar a lei. Como o advogado disse que eles têm direito sobre suas marcas, retiro as imagens. Mas continuo na campanha pelo cancelamento das assinaturas, que pode e deve se estender também aos demais membros do PIG.

No entanto, continuo achando que se querem preservar suas imagens deveriam começar por respeitar a alheia.

Escrevi até uma fábula sobre o tema, que publiquei aqui.

O Grupo Folha não vê problema em expor uma ficha falsa da ministra da Casa Civil e candidata do presidente Lula a sua sucessão, Dilma Roussef, na primeira página de um domingo, acusando-a de participar de ações terroristas. Não vê problema também em abrir uma página inteira para Cesar Benjamim expor seus fantasmas político-sexuais (à espera de um Wilhelm Reich) e acusar o presidente Lula de estuprador. Acha também perfeitamente natural chamar de ditabranda a ditadura que sequestrou, torturou e matou inúmeros brasileiros. Mas a Folha e o UOL não gostam de virar vidraça.

O blogueiro Arles publicou uns banners em seu blog convidando os navegantes para que cancelassem suas assinaturas do ex-jornalão e do portal. Recebeu uma notificação para que os retirasse do ar. Eu já os havia reproduzido aqui no blog, com link para as imagens do Arles. Mas sou macaco velho e, embora não acreditasse que o Grupo Folha descesse a tanto, havia providenciado backup das imagens. As publico aqui, convocando-os para que façam o download delas para seus computadores e depois subam-nas para seus blogs ou redes sociais. Eles vão ter que notificar a blogosfera toda. Assim vão aprender que os tempos mudaram e não existe mais informação de mão única. Agora eles mandam de lá e nós respondemos de cá.

Por causa disso, fiquem também com a música Pesadelo, de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, que mostra bem qual deve ser nossa estratégia: você corta um verso, eu escrevo outro. Talvez assim eles aprendam com que estão lidando.



Pesadelo
(Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro)

Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã, olha aí

Cancelamento da assinatura UOL / Folha

Por que cancelei minha assinatura do UOL e incentivo você a fazer o mesmo.

Algumas vezes durante os últimos tempos tive vontade de cancelar minha assinatura do UOL. Não o fazia, porque queria ter acesso ao material completo da Folha, especialmente para criticá-la por dentro.

Quando houve o infame caso da ditabranda (leia Ditabranda abriu a caixa de Pandora da Folha), pensei que havia chegado o momento. Mas refleti, achei que deveria continuar a ter acesso às reportagens na íntegra, até para usar a Folha contra a Folha. Um jornal que se diz democrático, mas está cada vez mais autoritário e se transformando (como afirmei há quase dois anos aqui) na Veja do jornalismo diário.

Mas pensava isso tudo na suposição de que o jornal ainda tivesse alguma relevância, que vendesse centenas de milhares de exemplares em banca, além dos exemplares dos assinantes.

Agora, juntaram-se dois fatos que me fizeram rever minha posição e finalmente cancelar minha assinatura do UOL e colocar esses dois banners ( ATUALIZAÇÃO: Folha e UOL ameaçaram o criador dos banners, Antonio Arles, do Blog Arlesophia, com um processo, caso não retirasse as imagens da Folha e do UOL dos banners. Mais um motivo para você cancelar sua assinatura do UOL ou da Folha. Não alimente o PIG.) aqui no blog solicitando que todos façam o mesmo: o infame artigo de Cesar Benjamim e a ridícula venda de pouco mais de 20 mil exemplares em banca da Folha.

Segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC) a Folha é o vigésimo quarto jornal em venda avulsa na lista dos 97 jornais auditados pelo instituto, atrás do Estado de S.Paulo, em 19o lugar e O Globo, em 15o lugar. Somados os três mais influentes jornais brasileiros têm uma venda avulsa de quase 96 mil exemplares diários, o que corresponde a magros 4,45% dos 2.153.891 jornais vendidos diariamente em banca nos primeiros nove meses de 2009. (íntegra aqui)

Se os ex-jornalões somados não conseguem chegar a 5% das vendas em banca...Então, que eles e seus assinantes continuem ladrando, enquanto a nossa caravana passa.

O objetivo agora já não é criticar o que dizem (pois isso dá relevância a quem já não a tem), mas comentar sobre o que eles não dizem, trazer a informação que eles não dão.

Da irrelevância dos ex-jornalões aproxima-se agora o Jornal Nacional, que perde audiência a cada dia. Só que há uma diferença fundamental entre eles. Jornais não são concessões públicas como as emissoras de rádio e TV. Por isso, se podemos ignorar os ex-jornalões e deixá-los falando sozinhos, temos que continuar fiscalizando e denunciando as manipulações, distorções e omissões das emissoras de rádio e TV, especialmente das emissoras de RGTV (a RCTV daqui), cobrando o respeito à Constituição e repetindo, mais uma vez, que O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil.

FHC:'O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale'

Essa declaração do Pai do Ano, FHC, aquele homem que durante 18 anos acompanhou compungido o filho à distância, assistindo-o sem poder assumi-lo perante a nação, já que era casado e tucano, mas que conseguiu, sabe-se lá mediante quais artifícios, que a mãe do menino vivesse na boa vida na Europa e ele também freqüentasse as melhores escolas, por exigência desse pai extremado; esse Fernando Henrique, em entrevista à revista-mãe do PIG, em volta com problemas existenciais, afirmou o que está no título da postagem. Sim, Serra fez a cabeça de FHC para privatizar a Vale. Talvez o maior de todos os escândalos das privatizações tucanas.
Confira no vídeo, que assisti inicialmente no Blog do Brizola Neto (que, sim, é neto do Brizola, como o nome diz), que, por sua vez, recebeu o material do Terror do Nordeste, outro blog cabra da peste.