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Prefeitura de SP é só trampolim para tucanos. Serra e Dória renunciaram com 15 meses de governo. Você conhece o vice de Covas?


A prefeitura da maior cidade do país serve apenas de trampolim para tucanos concorrerem ao governo do estado de São Paulo. Eles escolhem seus vices sabendo disso. E os vices se deixam escolher também, de olho em ficar à frente da prefeitura com pouco mais de 15 meses de governo do eleito.
 
Foi assim com José Serra, que se elegeu e 15 meses depois passou a prefeitura a seu vice, Kassab, para concorrer ao governo de São Paulo.
 
Foi assim também com Dória, que um ano e 95 dias após assumir a prefeitura passou o bastão ao atual prefeito, Bruno Covas, para concorrer ao governo do estado.
 
Esse tembém deve ser o plano de Covas, caso se reeleja.
 
Por que fazem isso? Porque a prefeitura de São Paulo é um troféu grande demais para o político ficar depois dois anos sem ter o que fazer.
 
Pense bem: se Bruno se reelege e fica até o final do mandato, o que vai fazer em 2024, já que não poderá concorrer a nova reeleição?
 
Teria que ficar dois anos à toa, ou de secretário ou ministro de alguém, porque novas eleições só em 2026.
 
É certo que irá renunciar à prefeitura para concorrer ao governo de São Paulo, já que Dória deve renunciar para concorrer à presidência.
 
Por isso é tão importante saber quem é o vice de Bruno Covas, que pode ser o próximo prefeito, caso Covas vença Boulos no segundo turno.
Ricardo Nunes é um conservador da bancada religiosa da Câmara Municipal, tem no currículo a campanha permanente contra os direitos das mulheres e das LGBTQIA+ e, pelo que tudo indica, é líder de um grave esquema de corrupção: a máfia das creches.

Vereador no segundo mandato e filiado ao MDB, Nunes foi emplacado como vice na chapa do PSDB por pressão de João Doria, que mira sua candidatura em 2022 contra Bolsonaro e quer disputar, desde já como presidenciável, a coligação do seu partido com o MDB e o “centrão”.

O vice de Covas indicado por Doria é parte da “bancada da Bíblia” na Câmara Municipal, fez oposição aberta à educação sexual e para igualdade de gênero nas escolas, surfando na campanha conservadora do projeto Escola sem Partido em 2015, em meio ao processo de aprovação do Plano Municipal de Educação. Não bastasse o grave fanatismo da campanha encampada por Ricardo Nunes contra projetos educacionais que podem combater a violência de gênero, ele próprio também foi acusado de violência doméstica, ameaça, injúria e falta de pagamento de pensão por sua esposa em 2011, fato que segue sem respostas na campanha de Covas.

O PSDB querer se diferenciar da extrema direita bolsonarista, adotando um discurso pró Lava Jato, Sérgio Moro e Rede Globo, mas pode esconder sua longa história de corrupção, desde a privataria tucana dos anos 90 até o escândalo da Alstom na construção do metrô em São Paulo, desde o desvio de dinheiro público no Rodoanel até a máfia das merendas. A máfia das creches envolvendo o tal vice de Covas, Ricardo Nunes, é mais um capítulo dessa novela.

Nunes parece bastante sintonizado com o modo tucano de governar: com base em dados do IPTU e outras documentações, reportagens recentes apontam que ele mantém uma rede de entidades e empresas que administram e alugam imóveis para unidades de creches públicas municipais. Os responsáveis dessas entidades entrevistados apontaram Nunes como seu “chefe”. À contratação das entidades e empresas de seus funcionários, ex-funcionários e parentes se soma a fatura de aproximadamente 1,5 milhão de reais em contratos com a prefeitura. [Fonte]

Antes de votar, compare bem os candidatos e também seus vices: Ricardo Nunes e Erundina.




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Aécio, Serra, agora Alckmin, todos acusados de corrupção. E o FHC? 'Não podemos melindrar', diz Moro


A moribunda Lava Jato esperneia, tenta suas últimas cartadas, mas, ao que parece, o destino da força tarefa já está decidido e chega ao fim a famosa Operação que provocou um prejuízo estimado em mais de R$ 300 bilhões ao Brasil.

Conforme denúncias antigas (inclusive aqui no Blog), hoje está fartamente provada a ingerência dos Estados Unidos na Operação, inclusive com agentes do FBI trabalhando livre e ilegalmente no território brasileiro e recebendo de mão beijada material das investigações que quase quebraram Petrobras e Odebrecht, por exemplo, duas empresas que contrariavam interesses dos EUA.

Agora, para tentar provar sua imparcialidade, sua falta de partidarismo, os tucanos, nunca antes perturbados, começam a cair, como uma cadeia de peças de dominó.

Aécio, Serra (que pode se livrar da cadeia por idade, mas pode ver a filha atrás das grades), e agora Alckmin, todos acusados de corrupção.

Hoje, a Lava Jato Eleitoral do MP de São Paulo acusa Alckmin de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral (caixa dois), nos anos de 2010 e 2014 [Folha].

Mas, e o FHC, pergunta você.

Como mostrou a Vaza Jato, FHC era o queridinho da Operação e de Moro, que chegou a dizer que não deveriam tocar em FHC para não "melindrá-lo" (palavra de Moro), já que seria um apoio importante da Operação.

FHC, como escrevi aqui em 2017, foi absolvido sem nem ter sido julgado:
Como uma flor que mal desabrochou e logo morreu de uma antiga canção, aconteceu o mesmo com o processo de corrupção envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em delação de Emílio Odebrecht. O ex-presidente da empreiteira disse que contribuiu por debaixo dos panos nas campanhas de FHC em 1994 e 1998. Mas o processo nasceu e morreu. [Talvez porque Moro não quisesse "melindrá-lo", como mostraram revelações da Vaza Jato]:
A Justiça arquivou nesta quarta-feira (5) petição contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso decorrente da delação de Emílio Odebrecht.
Em sua decisão, o juiz Márcio Assad Guardia considerou que eventuais irregularidades teriam prescrito.
"Reconheço a prescrição da pretensão punitiva estatal e declaro extinta a punibilidade do representado Fernando Henrique Cardoso dos fatos apurados nestes autos", disse o juiz na peça.[Fonte: Folha]
Leia também isto aqui: Ainda Presidente, FHC usou Palácio, cargo e verbas públicas para constranger empresários a doarem para seu Instituto



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Moro e Lava Jato deixaram na gaveta provas concretas de corrupção tucana e condenaram Lula por 'ato de ofício indeterminado'


Dallagnol e Moro com legenda Ih, A casa caiu

Nova reportagem da Vaza Jato mostra perseguição movida por Moro e Lava Jato a Lula


A delação do Leo Pinheiro da OAS só foi confirmada agora pelo ministro Luis Fachin. No entanto, ela foi a "prova" (se é que é prova uma delação de boca, sem um documento, uma "prova") central na condenação de Lula por Moro.

A delação foi confirmada agora, mas toda a Lava Jato, incluindo Moro, conhecia seu teor. E nela, estava descrita a corrupção durante anos de governos tucanos, com nomes dos implicados (Serra, Aloysio Nunes entre eles), quanto cada um levou, por quais obras, como lhes foi entregue o dinheiro de corrupção ou caixa 2.

Nada foi usado, "não veio ao caso", como disse certa vez Moro sobre Aécio.

Só agora, com a nova reportagem da Vaza Jato, parceria do Intercept Brasil com a Folha, a delação veio à tona.

Só vieram à tona, assim mesmo, porque os anexos com suas acusações estavam nas mensagens vazadas obtidas pelo The Intercept, que a Folha publica hoje [sábado].
Propinas diretamente ligadas a obras em São Paulo: a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, a avenida Roberto Marinho, o túnel da Radial Leste, a rodovia Carvalho Pinto e a linha 4-amarela do Metrô, entre outras, pagas em doações eleitorais ou em dinheiro vivo.
Embora tenham mais de dois anos – a delação data de junho de 2017 – ficaram e ficariam na sombra.
Apenas uma denúncia veio à luz, justo aquela na qual não consegue explicar qual e quanto seriam a razão da vantagem e o seu valor: a do triplex “atribuído” a Lula.
Nas outras, dinheiro contado e embalado em envelopes, posto dentro de maletas de laptop, entregue a pessoas com nomes e em lugares com endereço.
Para Lula, a suposta promessa jamais escrita ou documentada de que, sabe-se lá quando e como, o apartamento lhe seria transferido.
O certo adormeceu nas gavetas; o duvidoso foi para as páginas de jornal e para a sentença de Sérgio Moro e, depois, para a do TRF-4. [Tijolaço]
Mais uma vez a Vaza Jato mostra a perseguição a Lula e que seu julgamento deve ser anulado e ele posto em liberdade já.


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Justiça confirma corrupção tucana em SP de 1999 a 2013. Manchete da Folha: 'Condenação da Alstom preocupa especialistas'

Covas, Alckmin e Serra

A contorção que a Folha teve que fazer na notícia é daquelas de causar torcicolo em girafa. É inacreditável como o jornal dos Frias é fiel aos tucanos sob quaisquer circunstâncias.

Agora, o CADE condenou a Alstom por superfaturamento nos trens de São Paulo, no período de 1999 a 2013, pegando governos tucanos de Mário Covas, Alckmin (três governos) e Serra.

Mas a reportagem da Folha passa longe de tocar no assunto e foca a preocupação na proibição da Alstom de participar de novas licitações e como isso pode prejudicar os trens e metrô de São Paulo.

Print da Folha

É legítima a preocupação, mas e a cobrança aos governos tucanos pela corrupção nesses 14 anos e por deixar o governo nas mãos de um empresa? Se os governos fossem do PT o tratamento seria o mesmo?

Sobre isso, nem uma palavra.


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Para Folha, fiscal diz 'Prefeito [Kassab] sabia de tudo'. Mas fiscal diz 'Prefeitos' [Kassab e Serra]

Ronilson Bezerra Rodrigues
Ele acusa Serra, Kassab e Mauro Ricardo
de saberem de tudo


O auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, preso sob acusação de liderar o grupo que cobrava propina para reduzir o ISS (Imposto sobre Serviços) de imóveis, diz num telefonema que o "secretário" e o "prefeito" com que trabalhou "tinham ciência de tudo", revela gravação da conversa obtida pela Folha.

Assimm começa matéria da Folha. E é verdade. A Folha reproduz até o áudio na matéria. Só que... Ronilson disse mais: " Chama o secretário e os prefeito (sic) ".

O secretário a que se refere é Mauro Ricardo (leia sobre ele aqui: Mauro Ricardo, que arquivou processo do desvio de meio bilhão de reais em SP, é homem de confiança de Serra desde 1995). Os prefeitos são José Serra e Gilberto Kassab.

A Folha escondeu Serra, no título e no corpo da matéria, mas deixou o rabo de fora, no áudio. Tudo lá, é só conferir aqui.

Abaixo, o trecho do áudio, que eu subi para o Youtube.





Madame Flaubert, de Antonio Mello

Queremos o livro do Amaury Ribeiro Jr. sobre a privataria tucana. Na íntegra

O tal dossiê que certos setores do PT estariam criando sobre Serra, na verdade é um livro que ainda não foi publicado, com 14 capítulos, intitulado Os Porões da Privataria, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., e começou como uma vacina de Aécio Neves contra o próprio Serra. Ou seja, nasceu em ninho tucano.

Em artigo publicado na Carta Capital (que deve ser lido na íntegra), o jornalista Leandro Fortes explica:

Em uma entrevista que será usada como peça de divulgação do livro e à qual CartaCapital teve acesso, Ribeiro Jr. afirma que a investigação que desaguou no livro começou há dois anos. À época, explica, havia uma movimentação, atribuída ao deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), visceralmente ligado a Serra, para usar arapongas e investigar a vida do governador tucano Aécio Neves, de Minas Gerais. Justamente quando Aécio disputava a indicação como candidato à Presidência pelos tucanos. “O interesse suposto seria o de flagrar o adversário de Serra em situações escabrosas ou escândalos para tirá-lo do páreo”, diz o jornalista. “Entrei em campo, pelo outro lado, para averiguar o lado mais sombrio das privatizações, propinas, lavagem de dinheiro e sumiço de dinheiro público.”

O autor do livro (e não dossiê) é um jornalista com vários Prêmios Esso e Vladimir Herzog, nada a ver com nenhum “aloprado”, muito menos do PT. Pela introdução, que li publicada no ConversaAfiada do PHA, dá pra perceber que não deve sobrar Serra sobre Serra.

Queremos o livro. E uma entrevista com o autor. Por que ninguém entrevista o Amaury?

Vejam a Introdução e digam se tenho ou não razão:


Os porões da privataria

Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil.

Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marín Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marín. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil …
Atrás da máxima “Siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.
A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC.
(Ricardo Sergio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se  der m… “, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)
Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico (2).

O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$ 3,2 milhões no exterior através da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York.  É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.
A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$ 17 mil (3 de outubro de 2001) até US$ 375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$ 1,5 milhão.
O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$ 404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, através de contas no exterior, US$ 20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.
O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, entre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.
Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br,  em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia  do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.
Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.
Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para  Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.
De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país.
Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…

Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$ 410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.

(1)A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$ 140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$ 3,2 por um dólar.
(2)As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.


FHC:'O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale'

Essa declaração do Pai do Ano, FHC, aquele homem que durante 18 anos acompanhou compungido o filho à distância, assistindo-o sem poder assumi-lo perante a nação, já que era casado e tucano, mas que conseguiu, sabe-se lá mediante quais artifícios, que a mãe do menino vivesse na boa vida na Europa e ele também freqüentasse as melhores escolas, por exigência desse pai extremado; esse Fernando Henrique, em entrevista à revista-mãe do PIG, em volta com problemas existenciais, afirmou o que está no título da postagem. Sim, Serra fez a cabeça de FHC para privatizar a Vale. Talvez o maior de todos os escândalos das privatizações tucanas.
Confira no vídeo, que assisti inicialmente no Blog do Brizola Neto (que, sim, é neto do Brizola, como o nome diz), que, por sua vez, recebeu o material do Terror do Nordeste, outro blog cabra da peste.

PM na USP: O jeito moto-Serra de governar

Para quem quer ver um replay da ditadura (ditabranda, para a Folha e serristas) eis aí a invasão da PM de Serra na USP, na tarde desta terça-feira. São imagens daquele passado de trevas e violência, mas que estão presentes no governo deste candidato que já defini aqui como o político mais perigoso do Brasil.


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Irregularidades da campanha de 2002 voltam para assombrar Serra

O inferno astral do governador de São Paulo, José Serra, parece estar apenas no começo. Como se já não bastasse a volta dos vampiros para atormentá-lo, com a informação de que R$ 227 milhões foram desviados do Ministério da Saúde, durante sua gestão, agora vem a informação de que a prestação de contas de sua campanha em 2002 estava recheada de irregularidades.

Sabemos perfeitamente – e isso vem sendo destacado pela mídia e pelos correligionários tucanos – que candidato não tem nada a ver com os custos da campanha – a menos que o candidato seja o presidente Lula. O “operário ignorante” é que, sabe como é que é, quem nunca comeu melado... Mas Serra, mas FHC, nunca nunquinha, são homens da mais alta estirpe, que tratam da alta política – ainda que às vezes no limite da irresponsabilidade -, mas sem jamais, em tempo algum, atentar para o detalhe dos milhões de reais que chovem em suas campanhas.

Além do mais, declarou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, que tudo já foi explicado, não há problema algum.

Notas frias na campanha de Serra em 2002

Perfeito. Realmente não houve problema algum. Apenas “detalhes sem importância”, como, por exemplo, a emissão de notas frias.

A Receita Federal detectou notas fiscais frias emitidas por uma empresa fantasma e por outra inidônea para o PSDB e a campanha à Presidência da República em 2002 do tucano José Serra, no valor de R$ 476 mil, segundo a Delegacia da Receita Federal de Brasília, que suspendeu a imunidade tributária do partido e o autuou em aproximadamente R$ 7 milhões.
A Folha obteve documentos sigilosos da auditoria nas contas tucanas e do auto de infração. A empresa inidônea é a Marka Serviços de Engenharia, que estava desativada desde janeiro de 1996 e pertence a Márcio Fortes, secretário-geral do PSDB (1999 a 2003) quando as notas foram emitidas. Em 2002, Fortes presidiu o comitê financeiro tucano nas eleições.

Empresa irregular era de presidente do comitê financeiro da campanha de Serra

A empresa estava desativada desde 1996 e aí, de repente, não mais que de repente, ressurge dos mortos e espeta quase meio milhão na campanha de Serra.

Mas, é óbvio que não houve irregularidade alguma aí, pois tucanos não cometem irregularidades, e o dono da empresa ressurrecta, Márcio Fortes, era secretário-geral do PSDB e presidente do comitê financeiro da campanha.

Os cheques que foram parar na conta de Márcio Fortes, nominais à Marka, têm, é claro, uma explicação perfeitamente lógica e inquestionável, segundo Fortes:

- Eu tinha "que operar essa questão".

Viu? E como é que nós não vimos que ele tinha que operar? Ô gente desinformada...

Mas, digam o que disserem sobre o candidato da Rede Globo (clique aqui para ver Ato falho de Cristiana Lobo mostra que Globo já elegeu Serra ), a derrota interna para Alckmin na escolha do líder do partido, a volta dos vampiros e agora o problema com as contas da campanha mostram o inferno astral que atravessa o governador paulista.

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PSDB implode e Arthur Virgílio lança sua candidatura ao Planalto

Só se fala em outra coisa. E quando se fala no assunto é para zombar. Mas o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) lançou nesta quarta-feira sua pré-candidatura à Presidência pelo partido.

Seria apenas ridículo e risível, já que nas últimas eleições, quando concorreu ao governo de seu estado, Virgílio teve menos votos que os deputados federais que se elegeram por lá.

Mas isso não é importante. Virgílio não é importante. O que a notícia mostra é que o PSDB, aquele partido que governou o país com FHC por dois períodos, acabou, implodiu.

A briga interna em São Paulo entre Serra e Alckmin, mais a disputa com Aécio, abriu espaço para a bancada nordestina e para franco-atiradores, como o senador Virgílio. Há ainda a vaidade-mor, o ex-presidente FHC, que mesmo sem votos e sem cargo continua deitando falação, geralmente criando crises internas no partido.

Virgílio jamais se atreveria a lançar sua pré-candidatura se o partido não estivesse literalmente no chão. Sem que Lula tivesse que mover uma única palha para isso. Apenas com as realizações de seu governo e o auxílio luxuoso da incompetência da tucanada paulista, que de bicada em bicada destruiu o próprio ninho.

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Quando é aliado do governo, Jornal Nacional denuncia. Quando é tucano, silencia

Em sua edição de ontem, o Jornal Nacional mostrou que a polícia de Pernambuco agrediu até a morte um jovem de 13 anos. Um crime bárbaro.

Semelhante a outro, em que um jovem de 15 anos foi violentamente morto pela polícia, em Bauru, São Paulo. Este ainda foi mais cruel, porque a família teve que aguardar na sala, enquanto o jovem era torturado e morto no quarto.

O assassinato de Pernambuco – governado por um aliado do presidente Lula – o JN mostrou.

O de São Paulo – governado pelo tucano José Serra, apoiado pela mídia – não. Quem vê o Brasil e o mundo pela tela do JN não ficou sabendo do que aconteceu.

O mesmo já acontecera com o caso da menina que ficou presa numa cela do Pará – governado pela petista Ana Júlia. Todo dia o caso estava no JN. O do jovem de Bauru – que ontem completou um mês – nada.

E ainda há quem diga que a mídia é isenta, que o problema é de incompetência.

Peralá, é uma incompetência muito seletiva, não?

E você, o que acha?

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Kassab vocifera. A direita goza

Quando eu digo que a direita assanhada quer é macho, não estou exagerando. Ontem, no Jornal Nacional, o prefeito de São Paulo – e candidato do coração de Serra – Gilberto Kassab, deu um replay no festival de arrogância e valentia com que nos brindara no início deste ano.

Falando para as câmeras, como se estivesse frente a frente com o contrabandista chinês Law King Chong, Kassab ameaçou:

“O senhor é um bandido, seu Law. Sai fora da cidade de São Paulo, porque se o senhor não sair por bem, o senhor vai sair em um camburão.”

Com isso deve ter somado mais alguns pontinhos aos que dizem que ele já tem nas pesquisas para as eleições do ano que vem.

Exatamente como escrevi aqui, em fevereiro, ao comentar a covarde atitude do prefeito, que está reproduzida no vídeo aí acima. Destemperado e usando o poder do cargo, Kassab expulsou aos berros um cidadão que reclamava atendimento num posto de saúde.

Eu disse na ocasião:

[Kassab] pisou feio na bola, na minha visão de carioca. Mas não sei se os paulistas vêem o acontecido do mesmo modo que eu.
Eles, que já elegeram Maluf e Jânio, podem acabar aprovando a atitude de Kassab, que passaria assim a figurar como favorito nas próximas eleições.

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Folha acha que maior número de casos de dengue da história de São Paulo não é notícia

A edição de hoje da Folha não reservou uma linhazinha sequer para mais esse recorde do especialista em dengue José Serra. É o maior número de casos de dengue da história do estado. E ainda faltam quatro meses para terminar o ano. Para a Folha, isso não é nada. Importante mesmo é uma notícia mimosa como esta, que eles publicaram no Cotidiano:

Praça "adotada" pode ter logotipo
A Prefeitura de São Paulo reforçou ontem um programa de manutenção de áreas públicas que se aproveita de uma brecha da Lei Cidade Limpa. Em troca da manutenção da praça, a empresa pode colocar seu logotipo em placas de até 84 cm x 120 cm ao redor da área. A idéia é que as empresas que "adotam" praças sejam obrigadas a dar manutenção também em áreas na periferia.

Que tal se essa manutenção tratasse também de eliminar focos do mosquito da dengue?

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Buraco do metrô de São Paulo, pelo método Kamel

Deixa ver se eu entendi o método Kamel. Para explicar o novo buraco causado pelas obras do metrô em São Paulo eu devo começar culpando o governo e os controladores de vôo que liberaram as obras mesmo sem o laudo da cratera de janeiro, ou culpo a falta de grooving no asfalto? Devo começar a cobrar hoje um pronunciamento do governador de São Paulo, ou já deveria ter começado a fazer isso ontem?

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Laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de SP informa que pista de Congonhas tem qualidade acima das especificações

Do Blog do jornalista Fernando Rodrigues, da Folha (os destaques em negrito são meus):

Parecer técnico parcial nº12792-301-ii realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) na pista principal do aeroporto de Congonhas não identificou restrições ao uso da mesma.(...)

O parecer diz que mesmo sem o "grooving" a pista está em boas condições. "Os valores encontrados nos dois monitoramentos recentemente realizados, mostram-se acima dos valores recomendados do ponto de vista de atrito em pista molhada, tendo em vista os limites recomendados internacionalmente (ICAO-Anexo 14) e nacionalmente (DAC). Ressalta-se ainda que estes patamares de valores de atrito foram alcançados sem a execução de grooving", descreve o relatório. Na conclusão, o instituto afirma que o nível de atrito está acima dos limites mínimos e que, portanto, a pista encontra-se em condições para pousos e decolagens. "Pela análise realizada, no que tange às condições de superfície do revestimento asfáltico, os valores medidos de atrito pela Infraero na pista principal por meio do equipamento mu-meter, na situação atual, revelam-se acima dos limites mínimos especificados", termina o texto.(...)

O IPT – apenas para destacar - é do estado de São Paulo, governado pelo tucano José Serra.

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