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Pela primeira vez desde 1989 não votei no 13 para presidente
E olha que seria meu décimo voto no 13.
Dessa vez não deu. Mas a causa foi justa. Levei minha filha de nove anos, que estava animadíssima para votar na Dilma, e deixei que ela digitasse 1, 3, confirma.
Meu voto foi o dela, para que pudéssemos ajudar a eleger pela primeira vez uma mulher presidente do Brasil. E colocar no dicionário a palavra "presidenta".
Lá na frente, ela vai poder contar isso para filhos e netos (se os tiver, se for opção dela), mas certamente vai guardar na lembrança esse momento único. Como já está guardado para sempre comigo - e com você que me lê e com quem compartilho.
Só lamento que ela seja tão rápida que não me tenha dado a oportunidade de registrar o voto. Olha que pedi a ela que digitasse os números e, quando fosse apertar o botão Confirma, esperasse para que eu batesse a foto com o celular.
Mas ela - ah, as mulheres... - foi mais rápida, e o que cliquei foi isso, esse registro fora de foco das mãozinhas dela junto ao teclado, após o voto.
Mas fica meu depoimento.
E o voto dela.
O resto é história.
Dessa vez não deu. Mas a causa foi justa. Levei minha filha de nove anos, que estava animadíssima para votar na Dilma, e deixei que ela digitasse 1, 3, confirma.
Meu voto foi o dela, para que pudéssemos ajudar a eleger pela primeira vez uma mulher presidente do Brasil. E colocar no dicionário a palavra "presidenta".
Lá na frente, ela vai poder contar isso para filhos e netos (se os tiver, se for opção dela), mas certamente vai guardar na lembrança esse momento único. Como já está guardado para sempre comigo - e com você que me lê e com quem compartilho.
Só lamento que ela seja tão rápida que não me tenha dado a oportunidade de registrar o voto. Olha que pedi a ela que digitasse os números e, quando fosse apertar o botão Confirma, esperasse para que eu batesse a foto com o celular.
Mas ela - ah, as mulheres... - foi mais rápida, e o que cliquei foi isso, esse registro fora de foco das mãozinhas dela junto ao teclado, após o voto.
Mas fica meu depoimento.
E o voto dela.
O resto é história.
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Depois do debate da Globo, indecisos cercaram Dilma para fotos com ela. Até Kamel, mulher e filha tiraram a sua
O fim de debate para Serra ontem foi melancólico. Era sua última oportunidade, mas ele provou ser apenas o que é, um medíocre, que só chegou aonde chegou por usar de golpes contra os adversários, como no caso Lunus, pelo apoio incondicional do PIG, pelas calúnias e mutretas armadas por sua campanha, aliada às áreas mais reacionárias da sociedade, a direitona mais safada das igrejas, o masoquismo religioso do Opus Dei. Tudo com o apoio financeiro inestimável do pessoal que queria a vitória de Serra para que ele nomeasse novo engavetador-mor para sentar em cima de todas as mutretas, falcatruas e roubalheiras das privatizações.
Mas, como se não bastasse isso - seu desempenho pífio no debate - Serra teve que assistir, isolado, à plateia de indecisos que participaram do programa correr para os braços de Dilma. Até, humilhação das humilhações, Kamel, esposa e filha tiraram uma foto com nossa futura presidenta (com "a" mesmo), segundo informa o Blog Marinildadas Cansadão:
Garanto que por essa nem a Dilma esperava. É o medo das Lei dos Meios de Comunicação...
Mas, como se não bastasse isso - seu desempenho pífio no debate - Serra teve que assistir, isolado, à plateia de indecisos que participaram do programa correr para os braços de Dilma. Até, humilhação das humilhações, Kamel, esposa e filha tiraram uma foto com nossa futura presidenta (com "a" mesmo), segundo informa o Blog Marinildadas Cansadão:
O AlibabáKamel precisou pedir à Dilma pra sair, hihihihihihihihi, tava atrapalhando os "indecisos" do Seu Zé!
Contaram (@alansilva1974) no twitter bastidores do debate: o Ali Kamel ficou desesperado, chamando ate Joao Santana para "apartar" Dilma dos "indecisos"! Aí alguém comentou: "O melhor do debate foi o Ali Kamel pedindo para a Dilma sair".
E o outro respondeu: Não, o melhor foi ele levar mulher e filha, linda, para tirar foto com Dilma!
Pode uma coisa dessas? O gajo nos violenta todo dia e no debate final bajula a Dilma! Pensei, a família deve ter pedido (tipo você não gosta de mim, mas sua filha gosta). Mas não, segundo o @alansilva1974, ele queria ter uma foto com a futura presidenta.
E mais: "Enquanto Dilma estava nos braços dos 'indecisos', Zerra ficou escanteado, até constrangido esperando para ir para a coletiva!"
Toma, Serra! Toma, Globo!
Garanto que por essa nem a Dilma esperava. É o medo das Lei dos Meios de Comunicação...
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Serra vai fugir do país com família se for investigado pela Receita Federal. É o que informa vídeo da campanha dele
Esta é minha resposta ao mais recente vídeo infame da campanha do candidato José Serra.
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Cristãos que lançam calúnias contra Dilma, atenção para as palavras do pastor
Um pastor da Igreja Presbiteriana Independente, em Rolim de Moura, Rondônia, escreveu ao Blog do Nassif denunciando que recebeu um DVD com acusações contra Dilma Rousseff em sua igreja, mesmo ela estando situada nos confins de Rondônia. Leia o comentário completo dele lá no Nassif.
Mas o que me chamou mais atenção foi a mensagem indignada que ele enviou aos remetentes e que reproduzo a seguir:
Eu, que sou ateu graças a deus (como já repeti inúmeras vezes aqui), mas com um ateísmo de alma pura - que não deixa de estranhar e desconfiar (talvez por puro preconceito) do estilo do pastor - digo Amém. E vade retro ao Serrasferatu.
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Mas o que me chamou mais atenção foi a mensagem indignada que ele enviou aos remetentes e que reproduzo a seguir:
SÚCIA DE FARISEUS
Senhores,
Infelizmente recebi o DVD que vocês enviaram à igreja da qual sou pastor, fazendo tremendas distorções e manipulações usando o nome de Deus para fins escusos. Numa democracia, cada um vota de acordo com sua consciência, e o Estado, graças a Deus, é laico, ou seja, igreja não interfere no Estado e vice-versa. Sua tosca tentativa de manipulação, além de moralmente condenável, é criminosa. Vocês se escondem no anonimato, o que é vedado por nossa Constituição, além de ser algo incompatível a um cristão, que deve sempre assumir seus atos. O que gostaria de perguntar é o seguinte:
1. Quem financia vocês? Há prestação de contas, contabilidade às claras?
2. Como conseguiram o endereço da igreja que pastoreio?
Finalmente, não se esqueçam (se é que um dia chegaram a se lembrar):
Ex 20.16, Dt 5.20: Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Ex 23.1: Não levantarás falso boato, e não pactuarás com o ímpio, para seres testemunha injusta.
Jó 13.7: Falareis falsamente por Deus, e por ele proferireis mentiras?
Pro 6.16-19: Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina: olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente; coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal; testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
Isa 32.6: Pois o tolo fala tolices, e o seu coração trama iniquidade, para cometer profanação e proferir mentiras contra o Senhor, para deixar com fome o faminto e fazer faltar a bebida ao sedento.
Mar 4.24: Também lhes disse: Atendei ao que ouvis. Com a medida com que medis vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.
Que o verdadeiro Deus da Justiça atente para a iniquidade perpetrada por vocês!
Eu, que sou ateu graças a deus (como já repeti inúmeras vezes aqui), mas com um ateísmo de alma pura - que não deixa de estranhar e desconfiar (talvez por puro preconceito) do estilo do pastor - digo Amém. E vade retro ao Serrasferatu.
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“Carros da [Folha] eram emprestados ao DOI, que os usava como cobertura para transportar presos na busca de ‘pontos’ ”
Do Escrevinhador, do jornalista Rodrigo Vianna, onde você pode ver a reportagem completa.
Carlos Eugênio Paz foi militante da ALN. Na luta armada, ele usava o codinome de “Clemente”.
O “Escrevinhador” entrevistou Carlos Eugênio sobre o envolvimento do “Grupo Folha de S. Paulo” com o aparato repressivo: “Houve companheiros que, presos nas mão do DOI-CODI, foram transportados em carros da Folha ”, disse o ex-guerrilheiro. “O Grupo Folha apoiou o golpe de estado, financiou e participou diretamente da repressão e jamais fez autocrítica disso”, acrescentou.
Perguntei a Carlos Eugênio se a ALN planejou alguma ação direta contra a família Frias, na linha da execução de Boilesen: “Não (…),mas poderíamos ter chegado a isso, dada a participação direta deles na guerra, escolhendo o lado da ditadura de direita.”
O envolvimento dos Frias com o DOI-CODI não aparece só nos relatos de ex-militantes.
Em seu livro “Ditadura Escancarada” Élio Gáspari (hoje, curiosamente, colunista da “Folha”) publica (sem grande alarde, porque ele não está aqui para causar constrangimentos à família Frias) uma informação interessante:
“Carros da empresa [Folha] eram emprestados ao DOI, que os usava como cobertura para transportar presos na busca de ‘pontos’ ” (p. 395).
Podem checar: a frase está lá no livro do Gáspari.
Os Frias nunca negaram o fato. Fingem-se de mortos. Talvez, não seja mais suficiente. Até porque, daqui a pouco pode aparecer alguém pra fazer um documentário sobre o “Cidadão Frias”. Material e testemunhas não faltam.
(a seguir, a íntegra da entrevista com Carlos Eugênio Paz, feita por e-mail)
1) Durante o período em que voce esteve à frente da ALN (1970/1972) , soube do envolvimento direto do grupo “Folha” com a OBAN/DOI-CODI?
O Grupo Folha, que apoiou o golpe de estado de direita de 31 de março de 1964 desde suas primeiras horas – basta ver as manchetes, as reportagens e os editoriais da Folha de São Paulo da época -, colaborou diretamente com a repressão política. Carros de suas publicações eram usados para disfarçar investigações e cercos e chegaram inclusive a transportar companheiros presos para o DOI-CODI. Agentes da Operação Bandeirantes serviam-se dos carros do grupo para transitarem sem serem identificados por nós como policiais.
2) A ALN chegou queimar carros da “Folha”? Por quê?
Sim, a Ação Libertadora Nacional queimou vários carros da Folha como represália à participação do Grupo Folha no financiamento da repressão e o uso de seus carros na repressão direta. Ao fazer isso, o Grupo Folha, participando diretamente da guerra, era passível de sofrer as sanções e as represálias da guerra.
3) A Familia Frias teria se mudado para o prédio do jornal, nos anos 70, temendo represálias dos grupos de esquerda. ALN chegou a planejar alguma ação contra o jornal ou os Frias?
A ALN não chegou a planejar nenhuma ação desse tipo, mas poderíamos ter chegado a isso, dada a participação direta deles na guerra, escolhendo o lado da ditadura de direita.
4) ALN chegou a elaborar lista com nomes dos principais financiadores da OBAN? Quem estava nessa lista? Alguém ligado à “Folha” constava? Havia provas contundentes? Sobrou algum documento da organização da época que faça referencia a isso?
A ALN tinha conhecimento de vários financiadores da OBAN. Entre eles estavam o Sr. Frias, Presidente do Grupo Folha, o Presidente da Ultragás, Henning Albert Boilesen, o Presidente do Grupo Ultra, Peri Igel, o Presidente do Banco Brasileiro de Descontos – Bradesco, Amador Aguiar, o Presidente da FIESP, Theobaldo de Nigris, que inclusive cedia a sede desta entidade para reuniões arrecadatórias, e muitos outros. Havia provas cabais e contundentes. Uma amostra disso foi o justiçamento de Boilensen, que mesmo na época ficou claro ser um quadro do sistema repressivo. Hoje, com o filme “Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski, mais ainda. Como todos sabem, numa luta clandestina pouco se escreve por motivos de segurança, então evitávamos colocar no papel esse tipo de informação. Mesmo assim, alguns companheiros às vezes cometiam esse tipo de erro. Dessa maneira, em alguns aparelhos abandonados às pressas ou tomados pela repressão, chegaram a cair alguns papéis com nomes dessa lista. Quando os arquivos do DOI-CODI forem finalmente abertos, a população poderá tomar conhecimento de muitos fatos como esse.
5) Em seu livro (“Viagem à Luta Armada”) , você relata o caso de Solange (militante que foi torturada na OBAN, sobreviveu, e depois ajudou a reconhecer Boilesen como torturador). Você lembra de algum militante de esquerda ter dado informações diretas, semelhantes às de Solange, sobre a presença de carros da “Folha” nas operações da OBAN?
Lembro sim. Houve companheiros que, presos nas mão do DOI-CODI, foram transportados em carros da Folha. Assim como fiz no caso da companheira Solange, reservo-me o direito de não citar seus nomes, por respeito a eles e às normas de segurança. Quero dizer que compreendo o desejo de sigilo por parte de todos os companheiros da ALN e sempre o respeitarei.
6) Como avaliou o fato de a “Folha” – que nunca se pronunciou sobre esses episódios nebulosos – ter se referido à ditadura como “ditabranda”, em recente editorial?
O Grupo Folha apoiou o golpe de estado, financiou e participou diretamente da repressão e jamais fez autocrítica disso. Aliás, comportamento adotado pela direita brasileira em seu conjunto. Hoje falam de democracia como se tivessem sido democratas a vida inteira. Roberto Marinho, por ocasião de seu falecimento, foi saudado como um democrata, Frias também. Grupos econômicos que financiaram a repressão hoje saúdam a democracia. Um dos defensores e redatores do AI-5, o Cel. Jarbas Passarinho, posa de tolerante e democrata. Ao mesmo tempo, quando falamos de abrir os arquivos da ditadura, quando pedimos os corpos de nossos desaparecidos para que suas famílias possam enfim chorá-los e descansar, quando queremos saber como esses assassinatos foram perpetrados, muitas vozes se levantam nos acusando de revanchistas. O Grupo Folha está, quando fala de “ditabranda”, onde sempre esteve, à direita da sociedade, e defende a ditadura. Talvez eles achem que se devesse, na época, ter cometido ainda mais e mais graves crimes contra o povo brasileiro.
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40 milhões de pessoas ficaram sem remédio em São Paulo, graças ao PSDB. Um preju de R$400 milhões, fora as mortes
A reportagem é do excelente Leandro Fortes, que já cansei de elogiar aqui.
Quando assumir, pela terceira vez, o governo do estado de São Paulo em 1º de janeiro de 2011, o tucano Geraldo Alckmin terá que prestar contas de um sumiço milionário de recursos federais do Ministério da Saúde dimensionado, em março passado, pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). O dinheiro, quase 400 milhões de reais, deveria ter sido usado para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos, mas desapareceu na contabilidade dos governos do PSDB nos últimos 10 anos. Por recomendação dos auditores, com base na lei, o governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo.
O relatório do Denasus foi feito a partir de auditorias realizadas em 21 estados. Na contabilidade que vai de janeiro de 1999 e junho de 2009. Por insuficiência de técnicos, restam ainda seis estados a serem auditados. O número de auditores-farmacêuticos do País, os únicos credenciados para esse tipo de fiscalização, não chega a 20. Nesse caso, eles focaram apenas a área de Assistência Farmacêutica Básica, uma das de maior impacto social do SUS. A auditoria foi pedida pelo Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF), ligado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, para verificar denúncias de desvios de repasses de recursos do SUS para compra e distribuição de medicamentos nos sistemas estaduais de saúde.
O caso de São Paulo não tem parâmetro em nenhuma das demais 20 unidades da federação analisadas pelo Denasus até março de 2010, data de fechamento do relatório final. Depois de vasculhar todas as nuances do modelo de gestão de saúde estadual no setor de medicamentos, os analistas demoraram 10 meses para fechar o texto. No fim das contas, os auditores conseguiram construir um retrato bem acabado do modo tucano de gerenciar a saúde pública, inclusive durante o mandato de José Serra, candidato do PSDB à presidência. No todo, o período analisado atinge os governos de Mário Covas (primeiro ano do segundo mandato, até ele falecer, em março de 2001); dois governos de Geraldo Alckmin (de março de 2001 a março de 2006, quando ele renunciou para ser candidato a presidente); o breve período de Cláudio Lembo, do DEM (até janeiro de 2007); e a gestão de Serra, até março de 2010, um mês antes de ele renunciar para disputar a eleição.
Ao se debruçarem sobre as contas da Secretaria Estadual de Saúde, os auditores descobriram um rombo formidável no setor de medicamentos: 350 milhões de reais repassados pelo SUS para o programa de assistência farmacêutica básica no estado simplesmente desapareceram. O dinheiro deveria ter sido usado para garantir aos usuários potenciais do SUS acesso gratuito a remédios, sobretudo os mais caros, destinados a tratamentos de doenças crônicas e terminais. É um buraco e tanto, mas não é o único.
A avaliação dos auditores detectou, ainda, uma malandragem contábil que permitiu ao governo paulista internalizar 44 milhões de reais do SUS nas contas como se fossem recursos estaduais. Ou seja, pegaram dinheiro repassado pelo governo federal para comprar remédios e misturaram com as receitas estaduais numa conta única da Secretaria de Fazenda, de forma ilegal. A Constituição Federal determina que para gerenciar dinheiro do SUS os estados abram uma conta específica, de movimentação transparente e facilmente auditável, de modo a garantir a plena fiscalização do Ministério da Saúde e da sociedade. Em São Paulo essa regra não foi seguida. O Denasus constatou que os recursos federais do SUS continuam movimentados na Conta Única do Estado. Os valores são transferidos imediatamente depois de depositados pelo ministério e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio de Transferência Eletrônica de Dados (TED).
Em fevereiro, reportagem de CartaCapital demonstrou que em três dos mais desenvolvidos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS foram, ao longo dos últimos quatro anos, aplicados no mercado financeiro. O fato foi constatado pelo Denasus após um processo de auditoria em todas as 27 unidades da federação. Trata-se de manobra contábil ilegal para incrementar programas estaduais de choque de gestão, como manda a cartilha liberal seguida pelos tucanos e reforçada, agora, na campanha presidencial. Ao todo, de acordo com os auditores, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passava, à época, de 6,5 bilhões de reais, dos quais mais de 1 bilhão de reais apenas em São Paulo.
Ao analisar as contas paulistas, o Denasus descobriu que somente entre 2006 e 2009, nos governos de Alckmin e Serra, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados para programas de assistência farmacêutica – cerca de 11% do montante apurado, agora, apenas no setor de medicamentos, pelos auditores do Denasus. Além do dinheiro de remédios para pacientes pobres, a primeira auditoria descobriu outros desvios de dinheiro para aplicação no mercado financeiro: 12,2 milhões dos programas de gestão, 15,7 da vigilância epidemiológica, 7,7 milhões do combate a DST/Aids e 4,3 milhões da vigilância epidemiológica.
A análise ano a ano dos auditores demonstra ainda uma prática sistemática de utilização de remédios em desacordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) estabelecida pelo Ministério da Saúde, atualizada anualmente. A lista engloba medicamentos usados nas doenças mais comuns pelos brasileiros, entre os quais antibióticos, antiinflamatórios, antiácidos e remédios para dor de cabeça. Entre 2006 e 2008, por exemplo, dos 178 medicamentos indicados por um acordo entre a Secretaria de Saúde de São Paulo e o programa de Assistência Farmacêutica Básica do Ministério da Saúde, 37 (20,7%) não atendiam à lista da Rename.
Além disso, o Denasus constatou outra falha. Em 2008, durante o governo Serra, 11,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde repassados à Secretaria de Saúde de São Paulo para a compra de remédios foram contabilizados como “contrapartida estadual” no acordo de Assistência Farmacêutica Básica. Ou seja, o governo paulista, depois de jogar o recurso federal na vala comum da Conta Única do Estado, contabilizou o dinheiro como oriundo de receitas estaduais, e não como recurso recebido dos cofres da União.
Apenas em maio, dois meses depois de terminada a auditoria do Denasus, a Secretaria Estadual de Saúde resolveu se manifestar oficialmente sobre os itens detectados pelos auditores. Ao todo, o secretário Luís Roberto Barradas Barata, apontado como responsável direto pelas irregularidades por que era o gestor do sistema, encaminhou 19 justificativas ao Denasus, mas nenhuma delas foi acatada. “Não houve alteração no entendimento inicial da equipe, ficando, portanto, mantidas todas as constatações registradas no relatório final”, escreveram, na conclusão do trabalho, os auditores-farmacêuticos.
Barata faleceu em 17 de julho passado, dois meses depois de o Denasus invalidar as justificativas enviadas por ele. Por essa razão, a discussão entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo sobre o sumiço dos 400 milhões de reais devidos ao programa de Assistência Farmacêutica Básica vai ser retomada somente no próximo ano, de forma institucional.
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A morte de Romeu Tuma e a tentativa de se esconder sua participação em favor da ditadura
Do excelente Blog do Sakamoto, que, além de críticas sobre o comportamento da mídia e de análises políticas, traz preciosas denúncias sobre trabalho escravo no Brasil, e que vale a pena que você coloque entre seus favoritos.
Romeu Tuma faleceu no conforto do Hospital Sírio-Libanês, como senador da República e com poder político (ainda que declinante), enquanto muitos opositores da ditadura militar, que ele defendeu, amargaram a escuridão das celas e o desaparecimento. Manteve cativa uma legião de fãs, parte dela saudosa de uma época em que a liberdade tinha que prestar continência para poder passar. E plantou sementes que se mantiveram após a redemocratização, pois o Brasil segue vasto em terreno fértil para intolerância.
Respeito o sofrimento de sua família. Mas todos – políticos, jornalistas, cientistas sociais – os que foram críticos a ele em vida não podem se atirar na estúpida condescendência para com os mortos, seja atrás de sua herança eleitoral, seja em nome de uma demagogia barata ou do apaziguamento tupiniquim. Não nos esqueçamos que ele dirigiu o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura, instituição que moeu gente contrária aos verde-oliva e ao “Ame-o ou Deixe-o” dos anos de chumbo. Isso só para citar um ponto de sua controversa biografia, agora incensada.
Lembrar é fundamental para que não deixemos certas coisas acontecerem novamente. Que a história do delegado/senador seja contada e comentada como ela realmente foi, sem os retoques bonitos dos discursos políticos que começaram a florescer na tarde desta terça.
PS: Ao menos, Tuma era um rosto conhecido, público. Quantos outros delegados de órgãos de repressão da ditadura, sem contar torturadores, seguem anônimos, protegidos pela Lei da Anistia?
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Armação contra Dilma e o Maconhal Caseiro
Amigo me garante que teve acesso (inclusive com cópia) a todo o processo que envolve o Maconhal Caseiro de um figurão da Rede Globo. Está apenas à espera de alguma armação no Jornal Nacional contra Dilma para liberar tudo e o povo saber quem é quem.
Onde há fumaça, há fogo. Que venham.
Onde há fumaça, há fogo. Que venham.
Folha de S.Paulo busca no passado de Dilma expiação para seus próprios crimes
Do RS Urgente, de Marco Aurélio Weissheimer:
Por Ivan Seixas
Sempre suspeita, Folha vive de rabo preso com o passado.
Qual pode ser o interesse da empresa Folha de São Paulo em colocar suas mãos no prontuário de Dilma Roussef, guardado no Supremo Tribunal Militar? Boa coisa não é.
A Folha, que deu carros para o DOI-CODI (Operação Bandeirante) armar ciladas e para transportar presos políticos para longas sessões de torturas não tem boas intenções. Ela financiou e se beneficiou com a ditadura e acha que aquilo tudo foi uma “ditabranda”.
Como acreditar em algo que parta dessa empresa que cedeu um de seus jornais para o mesmo DOI-CODI usar como panfleto em defesa de seus assassinatos?
Essa empresa e essa família foi protegida pelo DOPS, que colocou o Delegado Roberto Ward como seu segurança particular, quando a esquerda queimou carros de entrega de jornais (aqueles carros que armavam ciladas e transportavam presos para torturas) como alerta de que a colaboração com os assassinos do DOI-CODI havia sido detectado. Seus interesses nunca foram os da sociedade brasileira.
E agora essa empresa, que nunca pediu desculpas pelo trabalho sujo que prestou aos torturadores, faz um cavalo de batalha para ter o “direito” de colocar suas mãos na ficha da candidata Dilma Roussef, às vésperas da votação do segundo turno da eleição presidencial. Nunca apoiou a abertura dos arquivos da repressão militar e agora fala em liberdade de imprensa? Muito suspeito.
Essa empresa já publicou uma “ficha da Dilma” forjada pelos torturadores abrigados e escondidos em sites e blogs de difamação e insulto à democracia. Será que tem mais dessas “fichas da Dilma” para apresentar em seu currículo político?
Ou talvez, produzirá alguma matéria com “a intenção de planejar o sequestro” de alguma figura do passado ainda atuante como fez com a suposta intenção de sequestro de Delfim Neto. Esse é seu estilo. Pegar uma possibilidade e transformá-la em matéria sensacionalista. Sempre a serviço de alguma manobra não explicitada.
O Supremo Tribunal Militar mantém sua posição republicana de não beneficiar ardis eleitorais em benefício ou em detrimento de quem quer que seja. A empresa Folha de São Paulo não comunga de ideais democráticos e republicanos quando insiste abertura seletiva da “ficha da Dilma”. Claro que há segundas intenções nessa manobra oportunista. Pode ser “apenas” vender jornais, mas pode ser algo mais sujo. Como ceder carros para torturadores, ceder um de seus jornais para esses mesmos carrascos, divulgar documentos forjados, defender a ditadura como se fosse ditabranda ou …
Irremediavelmente, a empresa dos Frias está de rabo preso com seu passado sórdido. A gente até que tenta ajudar na atualização da empresa, mas ela não quer.
(*) Integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, filho de Joaquim Alencar de Seixas, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) morto em 17/04/1971. Ivan Seixas foi preso pela Operação Bandeirantes, em São Paulo, em abril de 1971, aos 16 anos de idade, junto com seu pai, o metalúrgico Joaquim Seixas. Os dois foram torturados na Oban. Ivan é jornalista e coordenador do primeiro forum de presos e perseguidos políticos de SP.
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O PIG que se cuide. A partir de 2011, Lula será colunista da CartaCapital, informa Mino Carta
Dulcis in fundo: na festa da premiação das Empresas Mais Admiradas no Brasil, noite de segunda 18, o presidente Lula contou os dias que o separam da hora de abandonar o cargo e deixou a plateia de prontidão para as palavras e o tom do seu tempo livre pós-Presidência. Não mais “comedido”, como convém ao primeiro mandatário. E palavras e tom vai usá-los em CartaCapital. Apresento o novo, futuro colunista: Luiz Inácio Lula da Silva. [leia texto completo do Mino aqui]
Um dia após assumir Dersa no governo Serra, Paulo Preto liberou geral para empreiteiras. E filha dele era advogada delas
A notícia está na Folha de hoje.
Paulo Preto deixou empreiteira mudar obra
Um dia após assumir Rodoanel, ex-diretor da Dersa alterou contrato e liberou mudanças em projeto original
Nova regra previa "preço fechado" para acelerar a obra, mas acabou permitindo até materiais mais baratos
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
Um dia após assumir a diretoria da Dersa responsável pelo Rodoanel, Paulo Vieira de Souza assinou uma alteração contratual na obra que deu liberdade para empreiteiras fazerem mudanças no projeto e, na prática, até usarem materiais mais baratos.
A medida, em acordo da estatal com as construtoras, foi definida em 2007 em troca da garantia de "acelerar" a construção do trecho sul para entregá-lo até abril deste ano, quando José Serra (PSDB) saiu do governo para se candidatar à Presidência.
Com a mudança no contrato do Rodoanel, ficou "inviável" calcular se os pagamentos da obra correspondiam ao que havia sido planejado e executado, conforme a avaliação do Ministério Público Federal dois anos depois.
O nome de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ganhou projeção na campanha eleitoral após ser citado por Dilma Rousseff (PT) em um debate na Band.
Baseada em reportagem da revista "IstoÉ", a petista disse que ele teria desviado R$ 4 milhões destinados à campanha tucana. Ele nega.
A negociação com as empreiteiras -exigindo que elas não atrasassem a vitrine política de Serra- foi a principal tarefa de Paulo Preto.
O acordo assinado em 2007 mudou de forma radical as regras de pagamento das construtoras fixadas na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Ficou acertado que, em vez de receberem conforme quantidade e tipo de cada serviço ou material usado na obra, as empreiteiras receberiam um "preço fechado" -no valor de R$ 2,5 bilhões.
Com isso, poderiam fazer alterações no projeto original, permitindo que economizassem. Mas havia, segundo a Dersa, a condição de manter a qualidade final.
Durante a obra, auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) viu "alterações significativas", "inclusive com adoção de alternativas de menor custo em relação ao originalmente licitado".
Citou a troca de concreto moldado no local da obra por pré-moldado, "muito mais barato". Para a Dersa, a diferença era apenas estética.
A estatal argumenta que, com a mudança contratual de 2007, conseguiu um desconto de 4% (R$ 100 milhões) sobre o valor original.
No entanto, as empreiteiras conseguiram um extra de R$ 264 milhões em setembro de 2009, apesar do acordo que previa "preço fechado".
A diferença negociada entre a Dersa e as construtoras superava R$ 500 milhões.
O Ministério Público Federal, então, entrou no caso para impor um limite. Decidiu intermediar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para resolver os problemas do aditivo de 2007 e "impedir pagamentos indevidos".
DEMISSÃO
A alteração nos contratos do Rodoanel foi assinada por Paulo Preto e pelo ex-presidente da Dersa Thomaz de Aquino Nogueira Neto no dia 25 de maio de 2007.
Ligado ao tucano Aloysio Nunes -secretário da Casa Civil na época-, Paulo Preto havia sido nomeado para essa missão um dia antes.
Ele assumiu a diretoria de engenharia da Dersa em 24 de maio, no lugar de José Carlos Karabolad, que estava no cargo havia só cinco meses e pediu demissão dois dias antes da assinatura do aditivo.
A mudança contratual enfrentava resistência na estatal, tanto pelo aspecto jurídico como pela avaliação de que não evitaria mais gastos.
Paulo Preto, até então, era diretor de relações institucionais da Dersa, sem vínculo direto com a construção do trecho sul do Rodoanel.
Em 2009, a Folha revelou que uma filha dele era advogada das empreiteiras contratadas para fazer a obra.
Por que Molina, perito do 'Maconhal Caseiro', foi escolhido para trocar as bolas?
A resposta está num dos meus blogs favoritos, o DoLaDoDeLá, do meu xará e editor Marco Aurélio Mello:
As aventuras do "Maconhal Caseiro", enigmaticamente divertidas, estão lá no DoLaDoDeLá, com mostrei em postagem anterior, aqui, aqui e aqui.
Leia os sinais de fumaça.
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O ex-perito da Unicamp, Ricardo Molina, que foi banido da Universidade de Campinas porque teria usado dinheiro público para comprar uísque e caviar, acusação que ele nega, é um homem muito conhecido da Corte do Cosme Velho. Foi ele quem, por exemplo, fez perícia no apartamento do Guardião da Doutrina da Fé, quanto este brigava com a vizinha por causa do "Maconhal Caseiro", história que eu contei aqui tempos atrás. A certa altura do processo, o apartamento do vizinho de baixo, que fala pausadamente, foi inundado por causa de um dreno aberto no andar de cima (história de sabotagem muito estranha...) Na ocasião, o síndico do prédio, que vem a ser o próprio Guardião, fez fotos e montou um dossiê contra a vizinha, anexando ao processo laudo advinhem de quem? Do Molina, que atestava que não houve montagem das fotos. Molina é polivalente. Apesar de especializado em degravação de áudio, o "professor" também pericia imagens. Depois que perdeu o emprego público, passou a se dedicar exclusivamente ao seu laboratório pericial. Sempre que a emissora precisa de um trabalho técnico recorre a ele. São vários casos... Quando promotores de justiça precisavam de perícias para juntar às denúncias e não tinham como pagar, faziam um bem-bolado com a Corte: davam ao repórter, aquele que sempre aparece nessas horas, a notícia com exclusividade, em troca do laudo e o perito fazia tudo de graça, só para ter a vitrine em horário nobre. São essas práticas que começaram a ruir, depois que a empresa trocou jornalismo de qualidade pela manipulação grosseira e a distorção dos fatos. Estão colhendo aquilo que plantaram nos últimos 7 anos. Lamento, principalmente pelos colegas que, como contou o Rodrigo Vianna hoje, no Escrevinhador, vaiaram na redação a "reporcagem" que foi ao ar na noite passada.
As aventuras do "Maconhal Caseiro", enigmaticamente divertidas, estão lá no DoLaDoDeLá, com mostrei em postagem anterior, aqui, aqui e aqui.
Leia os sinais de fumaça.
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Rodrigo Vianna informa que Ali Kamel foi vaiado na Globo de SP
A notícia está no Escrevinhador, excelente blog do jornalista.
Definitivamente as nuvens de fumaça não andam fazendo nada bem à Rede Globo. Como já havia antecipado meu xará Marco Aurélio Mello, no seu DoLaDoDeLá, aqui, aqui e aqui. Para atiçar sua curiosidade: um dos links fala no Maconhal caseiro. Deleitem-se e decifrem.
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Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.
Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
Serra e Kamel não sentiram vergonha.
Definitivamente as nuvens de fumaça não andam fazendo nada bem à Rede Globo. Como já havia antecipado meu xará Marco Aurélio Mello, no seu DoLaDoDeLá, aqui, aqui e aqui. Para atiçar sua curiosidade: um dos links fala no Maconhal caseiro. Deleitem-se e decifrem.
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"É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade". Antigo comercial da Folha virou seu Manual de Redação
Não passa um dia sem que a Folha se utilize do mesmo expediente: pega algumas informações verdadeiras e as embaralha para chegar a uma conclusão falsa.
Por exemplo: todo mundo já está mais careca do que o Serra de saber que o repórter Amaury Ribeiro Jr. quebrou os sigilos de tucanos ligados às privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, em outubro e novembro do ano passado, quando trabalhava para o jornal O Estado de Minas, também conhecido como o Estado de Aécio, nos sentidos amplo e restrito. Somente em abril deste ano de 2010, Amaury foi contatado por uma pessoa que fazia parte da campanha de Dilma para tomar conhecimento do conteúdo do material colhido pelo repórter.
Agora, repare o destaque da primeira página da Folha de hoje:
O aquecimento de Pelé ao lado (parabéns ao Rei pelo aniversário e grato pelas inúmeras alegrias) parece um comentário crítico sobre a própria reporcagem, que põe os fatos de cabeça pra baixo, o depois como causa do antes, o rabo balançando o cachorro.
Por exemplo: todo mundo já está mais careca do que o Serra de saber que o repórter Amaury Ribeiro Jr. quebrou os sigilos de tucanos ligados às privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, em outubro e novembro do ano passado, quando trabalhava para o jornal O Estado de Minas, também conhecido como o Estado de Aécio, nos sentidos amplo e restrito. Somente em abril deste ano de 2010, Amaury foi contatado por uma pessoa que fazia parte da campanha de Dilma para tomar conhecimento do conteúdo do material colhido pelo repórter.
Agora, repare o destaque da primeira página da Folha de hoje:
O aquecimento de Pelé ao lado (parabéns ao Rei pelo aniversário e grato pelas inúmeras alegrias) parece um comentário crítico sobre a própria reporcagem, que põe os fatos de cabeça pra baixo, o depois como causa do antes, o rabo balançando o cachorro.
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Serra e os mata-mosquitos, quem agrediu quem?
Em 1999, quando era Ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso, José Serra demitiu quase seis mil mata-mosquitos no Rio de Janeiro. Seis mil pessoas que se viram desempregadas da noite para o dia. Muitas ficaram na miséria. Houve 33 casos de suicídio entre elas.
Mas não é só isso: exatamente por essas demissões e pela ausência de uma política de prevenção e combate ao mosquito causador da dengue, o Rio de Janeiro teve a maior epidemia de dengue da história do Brasil em 2002, "quase 290 mil pessoas contraíram a doença no Estado e 91 morreram em todo o Estado, sendo 65 mortes e 138 mil casos somente na capital. Foi o ano com mais casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro".
O Sindicato que abriga os mata-mosquitos fica na zona Oeste da cidade, exatamente onde Serra foi ontem com sua comitiva, repleta de seguranças. Por que tantos seguranças? Porque sabiam que os mata-mosquitos estariam lá para protestarem contra aquele que os jogou no desemprego.
Quem provocou quem? Quem agrediu quem? Por que, como mostram os telejornais, Serra levou a bolinha de papel na cabeça e seguiu caminhando normalmente e só começou a "passar mal" logo após ter recebido um telefonema, como mostra especialmente a reportagem do SBT?
Todo cuidado é pouco na reta final da campanha. José Serra já mostrou estar disposto a tudo para chegar à presidência. O melhor a fazer é deixá-lo falando sozinho para seus militantes pagos, ao lado de seus candidatos derrotados, como o ex-Gabeira aqui no Rio. E manter, sim, uma equipe da campanha da Dilma gravando tudo, com repórteres espalhados e atentos, cobrindo qualquer possibilidade de armação da campanha tucana. Que, pelo que apontam as últimas pesquisas, certamente virá.
Com a tecnologia disponível nos celulares já é possível enviar imagens para o Youtube e as redes sociais na hora, utilizando o BCYou, por exemplo.
É preciso fazer na campanha o que Serra não fez no Ministério da Saúde: prevenir para evitar que haja uma epidemia de calúnias, mentiras e armações, que podem provocar uma dengue hemorrágica nas urnas.
Mas não é só isso: exatamente por essas demissões e pela ausência de uma política de prevenção e combate ao mosquito causador da dengue, o Rio de Janeiro teve a maior epidemia de dengue da história do Brasil em 2002, "quase 290 mil pessoas contraíram a doença no Estado e 91 morreram em todo o Estado, sendo 65 mortes e 138 mil casos somente na capital. Foi o ano com mais casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro".
O Sindicato que abriga os mata-mosquitos fica na zona Oeste da cidade, exatamente onde Serra foi ontem com sua comitiva, repleta de seguranças. Por que tantos seguranças? Porque sabiam que os mata-mosquitos estariam lá para protestarem contra aquele que os jogou no desemprego.
Quem provocou quem? Quem agrediu quem? Por que, como mostram os telejornais, Serra levou a bolinha de papel na cabeça e seguiu caminhando normalmente e só começou a "passar mal" logo após ter recebido um telefonema, como mostra especialmente a reportagem do SBT?
Todo cuidado é pouco na reta final da campanha. José Serra já mostrou estar disposto a tudo para chegar à presidência. O melhor a fazer é deixá-lo falando sozinho para seus militantes pagos, ao lado de seus candidatos derrotados, como o ex-Gabeira aqui no Rio. E manter, sim, uma equipe da campanha da Dilma gravando tudo, com repórteres espalhados e atentos, cobrindo qualquer possibilidade de armação da campanha tucana. Que, pelo que apontam as últimas pesquisas, certamente virá.
Com a tecnologia disponível nos celulares já é possível enviar imagens para o Youtube e as redes sociais na hora, utilizando o BCYou, por exemplo.
É preciso fazer na campanha o que Serra não fez no Ministério da Saúde: prevenir para evitar que haja uma epidemia de calúnias, mentiras e armações, que podem provocar uma dengue hemorrágica nas urnas.
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Amaury Ribeiro Jr., chegou a hora da verdade. Por que não repetir em público o que declarou à Polícia Federal?
Depois da última tentativa da campanha de José Serra e da máfia PIG midiática de ligar o PT à quebra de sigilo fiscal de tucanos, confessadamente (segundo a Polícia federal) feita a pedido do jornalista Amaury Ribeiro, é fundamental que ele venha a público e repita o depoimento que deu à PF.
Por isso, repito postagem de setembro deste ano, em que eu já afirmava que só o Amaury poderia desmentir os tucanos:
Livro do Amaury Ribeiro Jr. não pode perder a oportunidade. Fale agora ou cale-se para sempre
O jornalista que me desculpe o dá ou desce. Mas é que se o livro dele tem revelações bombásticas sobre o tucanato, especialmente o período das privatizações, por que não publicá-lo agora?
Vou argumentar: Imaginemos que o Serra consiga (coisa na qual não acredito) a tal virada e se eleja presidente do Brasil. De que vai adiantar lançar o livro depois das eleições, se o mal já vai estar feito?
Por isso, repito postagem de junho e refaço apelo: Amaury, publique o livro, ou, ao menos, partes dele que mostrem ao Brasil o perigo de uma eleição do Serra, por mais que ela a esta altura nos pareça improvável.
Queremos o livro do Amaury Ribeiro Jr. sobre a privataria tucana. Na íntegra
Por isso, repito postagem de setembro deste ano, em que eu já afirmava que só o Amaury poderia desmentir os tucanos:
Livro do Amaury Ribeiro Jr. não pode perder a oportunidade. Fale agora ou cale-se para sempre
O jornalista que me desculpe o dá ou desce. Mas é que se o livro dele tem revelações bombásticas sobre o tucanato, especialmente o período das privatizações, por que não publicá-lo agora?
Vou argumentar: Imaginemos que o Serra consiga (coisa na qual não acredito) a tal virada e se eleja presidente do Brasil. De que vai adiantar lançar o livro depois das eleições, se o mal já vai estar feito?
Por isso, repito postagem de junho e refaço apelo: Amaury, publique o livro, ou, ao menos, partes dele que mostrem ao Brasil o perigo de uma eleição do Serra, por mais que ela a esta altura nos pareça improvável.
Queremos o livro do Amaury Ribeiro Jr. sobre a privataria tucana. Na íntegra
O tal dossiê que certos setores do PT estariam criando sobre Serra, na verdade é um livro que ainda não foi publicado, com 14 capítulos, intitulado Os Porões da Privataria, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., e começou como uma vacina de Aécio Neves contra o próprio Serra. Ou seja, nasceu em ninho tucano.
Em artigo publicado na Carta Capital (que deve ser lido na íntegra), o jornalista Leandro Fortes explica:
Em artigo publicado na Carta Capital (que deve ser lido na íntegra), o jornalista Leandro Fortes explica:
Em uma entrevista que será usada como peça de divulgação do livro e à qual CartaCapital teve acesso, Ribeiro Jr. afirma que a investigação que desaguou no livro começou há dois anos. À época, explica, havia uma movimentação, atribuída ao deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), visceralmente ligado a Serra, para usar arapongas e investigar a vida do governador tucano Aécio Neves, de Minas Gerais. Justamente quando Aécio disputava a indicação como candidato à Presidência pelos tucanos. “O interesse suposto seria o de flagrar o adversário de Serra em situações escabrosas ou escândalos para tirá-lo do páreo”, diz o jornalista. “Entrei em campo, pelo outro lado, para averiguar o lado mais sombrio das privatizações, propinas, lavagem de dinheiro e sumiço de dinheiro público.”
O autor do livro (e não dossiê) é um jornalista com vários Prêmios Esso e Vladimir Herzog, nada a ver com nenhum “aloprado”, muito menos do PT. Pela introdução, que li publicada no ConversaAfiada do PHA, dá pra perceber que não deve sobrar Serra sobre Serra.
Queremos o livro. E uma entrevista com o autor. Por que ninguém entrevista o Amaury?
Vejam a Introdução e digam se tenho ou não razão:
Os porões da privataria
Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil.
Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marín Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marín. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil …
Atrás da máxima “Siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.
A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC.
(Ricardo Sergio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se der m… “, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)
Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico (2).
O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$ 3,2 milhões no exterior através da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York. É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.
A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$ 17 mil (3 de outubro de 2001) até US$ 375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$ 1,5 milhão.
O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$ 404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, através de contas no exterior, US$ 20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.
O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, entre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.
Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.
Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.
Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.
De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país.
Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…
Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$ 410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.
(1)A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$ 140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$ 3,2 por um dólar.
(2)As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.
Vox Populi: Dilma, 51 a 39. O telespectador padrão de Bonner dá adeus ao PIG
Nova pesquisa Vox Populi, divulgada agora, mostra que a vantagem de Dilma para serra aumentou de oito para 12 pontos.
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Campanha de Serra pediu ao TSE para censurar jornal da CUT e Revista do Brasil, e ainda pediu segredo
Que Serra tem horror a qualquer questionamento contra ele, destratando na hora o repórter e até pedindo sua cabeça à diretoria, todo mundo já está mais careca até do que ele de saber. Mas agora ele deu um passo além: quer proibir matérias que lhe pareçam favoráveis a Dilma. Para isso, mandou seus advogados entrarem com um pedido no TSE para censurar, tirar de circulação os jornais da CUT e a Revista do Brasil.
Já, quando o Estadão defendeu em editorial sua candidatura, ele não fez nada.
Leia PSDB quer liberdade de imprensa só para sua turma, na Rede Brasil atual e confira a prepotência do Serra censor.
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Já, quando o Estadão defendeu em editorial sua candidatura, ele não fez nada.
Leia PSDB quer liberdade de imprensa só para sua turma, na Rede Brasil atual e confira a prepotência do Serra censor.
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Rodrigo Vianna e Marco Aurélio Mello fizeram na Record a reportagem que Kamel não deixa fazer no JN
Não à toa os dois não tiveram seus contratos renovados na Globo, quando Kamel (de quantas corcovas?) assumiu a doutrina da fé das Organizações Globo.
A reportagem sobre o crime da gráfica de São Paulo, que imprimiu milhões de panfletos difamadores e caluniosos contra Dilma e recomendando que não se votasse nela, e que é de propriedade de uma irmã e um sobrinho de um dos coordenadores políticos de Serra, Sérgio Kobayashi.
Rodrigo Vianna é excelente repórter, responsável pelo Escrevinhador, e Marco Aurélio Mello, que editou a reportagem, é do DoLaDoDeLá.
Vejam a reportagem:
A reportagem sobre o crime da gráfica de São Paulo, que imprimiu milhões de panfletos difamadores e caluniosos contra Dilma e recomendando que não se votasse nela, e que é de propriedade de uma irmã e um sobrinho de um dos coordenadores políticos de Serra, Sérgio Kobayashi.
Rodrigo Vianna é excelente repórter, responsável pelo Escrevinhador, e Marco Aurélio Mello, que editou a reportagem, é do DoLaDoDeLá.
Vejam a reportagem:
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Serra segue o caminho de Maluf. Maluf criou a Paulipetro. Serra o Paulopreto
A sacada está no Blog do jornalista Dacio Malta:
Serra mira-se no exemplo de Maluf
Cada um com seu cada um.
Paulo Maluf, quando governador de São Paulo, criou a Paulipetro.
José Serra, quando governador de São Paulo, criou o Paulopreto.
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E aí, Kamel, você que diz que o jornalismo da Globo é independente, tem Kobayashi no JN hoje?
Não vale dizer que não sabe do que se trata, que está apurando, que o avião da Gol não caiu... Todo mundo já sabe, desde ontem, que a gráfica onde estavam sendo impressos milhões de panfletos caluniadores e difamantes contra Dilma pertencem a uma tucana de carteirinha, Arlety Kobayashi. E hoje, graças ao Renato Rovai, ficamos sabendo que ela é irmã de Sérgio Kobayashi, "simplesmente coordenador da infra-estrutura da campanha de Serra. E já foi seu secretário de Comunicação no governo do Estado".
O Cesar Tralha vai tralhar? Ou a verdade é que o camelo tem duas corcovas, uma para cada irmão Marinho?
ATUALIZANDO: Como você pode conferir na edição do JN, Kamel jogou como sempe com seu "porcalismo de resultados" (versão do PIG do futebol de resultados, onde o que importa não é o jogo - no caso a reportagem, a notícia - mas o resultado que ela produz).
O que fez Kamel? Nota coberta com o caso gravíssimo da gráfica, em seguida, desta vez com repórter, mostrou demo-tucanos entrando com ação no Ministério Público para investigar caso Cardeal, levantado pela revista Época (das Organizações Globo e que sofre influência direta de Kamel). Confira a sequência aqui e aqui.
Como se vê, para contar as corcovas de Kamel só chamando a Xuxa:
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O Cesar Tralha vai tralhar? Ou a verdade é que o camelo tem duas corcovas, uma para cada irmão Marinho?
ATUALIZANDO: Como você pode conferir na edição do JN, Kamel jogou como sempe com seu "porcalismo de resultados" (versão do PIG do futebol de resultados, onde o que importa não é o jogo - no caso a reportagem, a notícia - mas o resultado que ela produz).
O que fez Kamel? Nota coberta com o caso gravíssimo da gráfica, em seguida, desta vez com repórter, mostrou demo-tucanos entrando com ação no Ministério Público para investigar caso Cardeal, levantado pela revista Época (das Organizações Globo e que sofre influência direta de Kamel). Confira a sequência aqui e aqui.
Como se vê, para contar as corcovas de Kamel só chamando a Xuxa:
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Recordar é viver: Como foi o apagão de 2001 no governo tucano de FHC-Serra, por falta de investimentos
Taí mais um vídeo para enviar aos indecisos, ou independentes, a la Marina (ah, Marina...):
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Presidente da 'Juventude Nazista' é responsável por parte da boataria contra Dilma
O CAMINHO DA CALÚNIA
por Tony Chastinet
Recebi ontem à noite um daqueles e-mails nojentos e anônimos, que estão circulando na internet, com calúnias contra a candidata Dilma Roussef. Decidi gastar alguns minutos para tentar identificar os autores. Consegui, e repasso abaixo as informações sobre os autores da baixaria – incluindo as fontes da pesquisa.
Há um e-mail circulando na internet com o seguinte título: “Candidatos de esquerda”. Na mensagem há uma série de calúnias contra Dilma, e o pedido para se votar no Serra. Também recomenda a leitura do site www.tribunanacional.com.br.
Entrei na página e de cara me deparei com aquela foto montada da Dilma ao lado de um fuzil. Uma verdadeira central de calúnias ligada à extrema direita. Vejam uma amostra neste link http://www.tribunanacional.com.br/v2/editorial/a-terrorista/.
O e-mail foi enviado para minha caixa postal na noite de domingo. O remetente é um tal de Ingo Schimidt (ingo@tribunanacional.com.br). O site está registrado na Fapesp em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares”.
Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos (vejam abaixo nas fontes).
Nunca foi investigado e sequer punido pelas barbaridades que aprontou. Para isso, contou com a proteção dos militares e da comunidade de informações para abafar os escândalos e investigações.
Prossegui na pesquisa e descobri que o filho de Nei, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da BRT/OI pelos fundos de pensão.
Interessante essa ligação entre a extrema direita, nazistas e Daniel Dantas. Mas tem mais.
No registro do site ainda há outros dois nomes apontados como responsáveis pela página: Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto e Zoltan Nassif Korontai.
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Fontes:
– Tribuna Nacional – Dados do Registro.br
domínio: tribunanacional.com.br
entidade: Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares
documento: 026.990.366/0001-49
responsável: Nei Möhn
2 – Nei Mohn
Matéria Veja de 1980 – http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R06814.pdf
Matéria da Isto É de 1982 – http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R03648.pdf
3 – Filho de Nei
Bruno Degrazia Möhn (OAB/DF 18.161)
Trabalha no escritório Menezes e Vieira Advogados Associados – http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=11457 – artigo defesa ppp
Escritório contratado por Dantas no caso BRT – http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=6602
Fonte: Escrevinhador, do jornalista Rodrigo Vianna
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O trololó de FHC e dos tucanos e a realidade do governo Lula
Vejam o vídeo e repassem para suas listas. Precisamos desmascarar esses farsantes e responder a cada uma de suas mentiras com a verdade de um governo aprovado por 80% dos brasileiros.
Enviem mensagens a seus amigos, especialmente aos indecisos, ou independentes, ao estilo Marina (ah, Marina...), com o endereço do vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=3RXLe78UrdY
Enviem mensagens a seus amigos, especialmente aos indecisos, ou independentes, ao estilo Marina (ah, Marina...), com o endereço do vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=3RXLe78UrdY
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É preciso mais José de Alencar no programa de Dilma. Especialmente nas inserções para Minas Gerais
Sei que o vice-presidente está na sua batalha contra o câncer, fazendo tratamento pesado. Mas ele é figura importantíssima no governo e no imaginário popular. Quase um complemento do presidente Lula. Sua luta, sua determinação, o fato de ser um empresário de sucesso. E, agora, também, e principalmente, por ser mineiro, como Dilma. Ele é a figura perfeita para servir de contraponto à ofensiva de Aécio, no que está sendo chamado de Serrasia (mais certo seria se escrito com z).
Já imaginaram o efeito de inserções (aqueles pequenos comerciais que aparecem no meio da programação) com José de Alencar afirmando que desde JK esta é a primeira vez que Minas poderá eleger no voto um mineiro - a mineira Dilma - presidente da República?
Vejam se não estou certo, lendo a entrevista que José de Alencar concedeu ao Correio Braziliense e que vi no blog do jornalista Dacio Malta:
Já imaginaram o efeito de inserções (aqueles pequenos comerciais que aparecem no meio da programação) com José de Alencar afirmando que desde JK esta é a primeira vez que Minas poderá eleger no voto um mineiro - a mineira Dilma - presidente da República?
Vejam se não estou certo, lendo a entrevista que José de Alencar concedeu ao Correio Braziliense e que vi no blog do jornalista Dacio Malta:
Alencar: “Dilma é Minas no poder”
O vice-presidente José de Alencar concedeu uma entrevista a Bertha Maakaroun, do ‘Correio Braziliense’, na qual afirma que “Dilma é Minas na Presidência da República. Não podemos de forma alguma deixar de compreender isso, do contrário correremos o risco da incoerência”.
“Mesmo sofrendo com a quimioterapia e enfraquecido pela sequência de internações para o tratamento dos efeitos colaterais”, o vice quer receber hoje Lula e Dilma, em Belo Horizonte, para engrossar a carreata no centro da capital.
- Como está o seu estado de saúde?
- Estou em tratamento. A partir desta segunda tenho um novo coquetel de medicamentos endovenosos para a quimioterapia, que vai ser aplicado durante cinco dias ininterruptos. Isso é a primeira vez que faço. Normalmente, fazia um dia na semana, depois na outra semana mais um, depois falhava na outra semana. Agora são cinco dias seguidos. Não posso imaginar qual vai ser o efeito colateral, que varia de medicamento para medicamento. Os efeitos que tenho sentido até hoje são vários. Por exemplo, o problema do edema pulmonar, que é uma retenção de líquido. Fico com as pernas e os pés inchados. Tenho dormência nas extremidades dos pés e até no próprio pé. Isso não para. E há outros efeitos. Por exemplo, hemoglobina caiu, a creatinina, a ureia…
- Que avaliação os médicos têm feito da evolução do seu quadro?
- O oncologista principal, que é o dr. Paulo Hoff, voltou agora de um congresso em Milão muito animado. Tenho fé em Deus e tenho obedecido aos médicos.
- Como estão os tumores?
- Quando comecei a quimioterapia com uma nova droga em setembro do ano passado, fizemos exames de imagem e os tumores tinham perdido tamanho. Mas houve mudança no tratamento por incapacidade de suportar essas drogas. Isso tem dois meses. Não tinha feito exame. Fiz na semana passada e o quadro… a verdade é que o tumor, aquele que estava à vista, voltou a crescer e surgiram quatro novos na mesma região do peritônio. Esses quatro novos são motivo de grande preocupação. O meu caso é denominado sarcoma no tecido mole. Dá em músculo, gordura, não é em aparelho digestivo. Ele também não tem característica de metástase. São células que se reproduzem isoladamente. Os médicos falam que ele tem característica recorrente. É operado e volta. Por isso fiz essa quantidade de operações.
- Dilma virá hoje a BH acompanhada de Lula para uma carreata em Belo Horizonte. O sr. vai recebê-la?
- Não posso afirmar que vou porque a situação pode mudar. Se eu estiver como estou agora, ainda que esteja me sentindo muito cansado, vou fazer todo o possível. Mesmo porque estará indo a Minas o presidente Lula. Ele e a Dilma. Eu não poderia deixar de estar presente, a menos que não tenha jeito. Mas se não for possível, de qualquer maneira estarei presente, porque o meu coração estará com ela. Ela é Minas na Presidência da República. Acho que nós, mineiros, somos conscientes do nosso compromisso com o Brasil. Quando Minas está no governo é melhor para o país. Não podemos de forma alguma deixar de compreender isso, do contrário correremos o risco da incoerência, pois sempre defendemos essa tese. Eu, por exemplo, acho que temos em Minas um mineiro capaz de levar o estado à Presidência. É o Aécio.
- Na quinta-feira, Serra esteve em Belo Horizonte para um ato político ao lado de Aécio Neves (PSDB), Antônio Anastasia (PSDB) e Itamar Franco (PPS). O PSDB em Minas promete desarticular o Dilmasia, atraindo os prefeitos para o campo do Serra. Como o sr. avalia essa estratégia?
- Minas elegeu o professor Anastasia. Eu não votei nele. Porém tenho reconhecimento de que é um grande mineiro, que vai fazer um bom trabalho. Mas nós todos sabemos que uma das razões pelas quais a eleição dele se consolidou foi o Dilmasia. Eu até não era a favor disso, mas foi objeto de estratégia defendida por eles próprios, ainda que não pudessem fazê-lo claramente. O governador Aécio, discretamente, porque não poderia ser de outra maneira, defendeu o Dilmasia. Hoje (ontem), fiquei de certa forma triste quando vi uma nota dizendo que a exemplo do Dilmasia, agora seria o Serrasia. Achei isso um negócio ridículo, porque não tem sentido. Temos uma mineira, uma mulher de bem, excepcional, preparada, em condições de mostrar a personalidade de Minas.
- Que diferenças programáticas o sr. apontaria entre a candidatura da Dilma e a do Serra?
- Na hipótese da vitória da Dilma, temos a segurança de que o Brasil vai continuar crescendo, distribuindo renda, sensível aos menos favorecidos, colocando os objetivos sociais à frente para todas as ações de governo, buscando o bem comum sempre. Isso é sem dúvida. E mais do que isso, em outra esfera, o Brasil será um país que defende a ideia de que determinadas atividades estratégicas devem ser objeto de investimento do Estado. Nós não podemos deixar que passe por nossa cabeça a ideia de perder a Petrobras. Digo perder, porque é perder. A Argentina privatizou a sua petrolífera. A Argentina quebrou, deu calote internacional”.
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Prefeito e governador de SP Serra torrou R$250 mi sem licitação com Abril, Folha, Estadão, Globo/Fundação Roberto Marinho
A notícia está no Viomundo, do Azenha, numa reportagem da excelente Conceição Lemes, em que ela entrevista a responsável pelo Blog NaMaria News.
Vá ao Viomundo e leia a reportagem completa com a entrevista. É de estarrecer ver que dinheiro público, não apenas dos paulistas, mas de todos os brasileiros, foi utilizado por Serra para agradar aos barões da mídia.
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Transparência é sine qua non em todo negócio público. Uma das formas de garanti-la é a licitação, quase sempre obrigatória. Mesmo nas situações excepcionais em que é dispensável, o contrato da minuta tem de estar disponível, on-line, para consulta. O descumprimento dessas normas tem de ser denunciado, é óbvio.
Rápida busca no Google revela que denúncias nesse setor (às vezes improcedentes) geralmente ganham destaque na velha mídia quando envolve pessoas e órgãos ligados ao governo federal ou aos aliados da base de sustentação do presidente Lula.
Essa mesma mídia, no entanto, silencia sobre as benesses que recebe da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), via Fundação para Desenvolvimento da Educação (FDE), pela venda de apostilas, jornais, revistas, livros.
"Desde 2004, especialmente de 2007/2008 em diante, a FDE pagou no mínimo R$250 milhões (R$248.653.370,27) [valores não corrigidos] à Abril, Folha, Estadão, Globo/Fundação Roberto Marinho", denuncia NaMaria, do NaMaria News, ao Viomundo. "A maioria sem licitação."
"As vendas maciças desse papelório à FDE coincidem com o apoio crescente da mídia à candidatura José Serra e apoio ao PDSB", observa NaMaria. "As publicações são apenas cortina de fumaça. Uma desculpa perfeita, pois com dinheiro do FNDE podem-se comprar tais coisas. Porém, o que a FDE comprou, de verdade, foi a palavra nesses espaços."
"Em São Paulo, à custa da educação pública, estão se construindo inúteis 'escolas de papel'", nota NaMaria. "Afinal, esse papelório é dispensável e o destino, o lixo. Quem não se lembra dos Cadernos do Aluno, caríssimos, feitos em editoras como a Plural (da Folha), Ibep, Posigraf, Esdeva, FTD, que foram encontrados em caçambas de lixo, e dos que tinham o mapa da América do Sul com dois Paraguais?"
"Quase todo o dinheiro da compra de jornais, revistas, apostilas, inclusive daquelas mochilas que o Serra alardeia nas propagandas, vem do FNDE", revela NaMaria. "Mas a SEE-SP e a FDE omitem, fazem bonito com os donos da mídia com o chapéu do governo federal. As compras estão dentro da lei, mas será que são relevantes?"
"Por exemplo, para a Editora Abril/Fundação Victor Civita foram entregues R$52.014.101,20 para comprar 4.543.401 exemplares de diferentes publicações. Com esse dinheiro, poderiam ser construídas quase 13 escolas ou 152 salas de aula novinhas, com capacidade para mais de 15 mil alunos nos três períodos – considerando que uma escola com 12 salas custe R$4,1 milhões e cada sala cerca de R$340 mil."
FNDE é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). A FDE-SP, criada para cuidar da construção e infraestrutura escolar, cresceu demais, adquiriu poderes imensos, virou um buraco negro. Exceto a folha de pagamento, passa por aí desde o dinheiro para a compra de papel higiênico (suprimentos), merenda, material didático, mobiliário escolar, kits escolares (mochila, cadernos etc.), projetos pedagógicos, capacitações até o destinado para aquisição de computadores e softwares.
"A FDE sequer publica no Diário Oficial (DO) a justificativa de suas compras que dispensam de licitação", condena NaMaria. "Até hoje encontrei poucas. Por exemplo: assinaturas do Diário Oficial, feitas pelas Diretorias de Ensino, locações de imóveis, serviços emergenciais de limpeza escolar. Mesmo assim incompletas. Outras secretarias até publicam, a Educação, não. Não é piada?"
O NaMaria News existe há um ano e meio. A "dona" é uma web-pesquisadora muito dedicada e competente, com faro finíssimo para descobrir desmandos na educação pública, principalmente os praticados pelo PSDB de São Paulo. A veracidade e excelência do seu trabalho são tamanhas que NaMaria hoje é referência.
NaMaria é uma só. Mas, por meio das redes, vira uma legião capaz de chegar a qualquer canto do Brasil. Por isso, neste segundo turno da eleição presidencial, o Viomundo entrevistou-a, para entender melhor os meandros dos negócios dos tucanos na área educacional.
Afinal, a Secretaria da Educação Estadual de São Paulo é uma das maiores empresas públicas do mundo: tem 4.449.689 de alunos (matrículas 2009), 278.443 professores ativos (comprove aqui) e execução orçamentária recorde em 2009 de R$1.9 bilhão (Relatório FDE).
Viomundo – Vou começar com a pergunta que todo mundo gostaria de fazer a você: como descobre tudo isso?
NaMaria – (Risos) ... lendo o Diário Oficial de São Paulo. Lá temos drama, suspense, ação, ficção científica, mistério. E um pouco da realidade, que não faz mal a ninguém. Vai dizer que a notícia dada no DO de que o Alckmin, quando governador em 2003, acabaria com as enchentes do Tietê não é ficção? E que saiu por quase um bilhão de reais, com dinheiro japonês, não é de matar de emoção? Só é.
O Diário Oficial também tem muita diversão. É como se eu me movesse num enorme labirinto. Por exemplo, eu chego lá com o número de um contrato ou o nome de algum personagem histórico do mundo dos negócios. Eu tenho de seguir o rastro dele, atentando às mínimas pistas, para reconstruir as tramas. Às vezes ao "caçar" compras de jornais e revistas sem licitação, acho um contrato recém-assinado, milionário, com empresa de aluguel de computadores ou serviço de lanches, prestação de serviços em eventos.
Sem dúvida, o DO (risos, de novo) é o melhor jornal de todos os tempos. Parece ser o único que fala alguma verdade – mesmo que por outras vias. Há também os leitores que nos enviam sugestões de pesquisa, denúncias, perguntas interessantes.
Vá ao Viomundo e leia a reportagem completa com a entrevista. É de estarrecer ver que dinheiro público, não apenas dos paulistas, mas de todos os brasileiros, foi utilizado por Serra para agradar aos barões da mídia.
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Serra colocou plantonistas na porta de Cartório Eleitoral para evitar que saíssem provas de corrupção
A denúncia contra Serra foi feita pelo ex-deputado e ministro do Superior Tribunal Militar Flavio Bierrenbach. Confira postagem do Conversa Afiada, do PHA:
O Conversa Afiada publicou post de título “Dilma, desmascare o Serra. Ele não tem escrúpulos”.
Aí se diz:Dilma, você já ouviu falar no Flavio Bierrembach ?O Flavio é um homem honrado.Ele era candidato a deputado com o Serra e acusou o Serra de ladrão.O Serra foi para cima dele.Por azar, a ação caiu na mão do Juiz Walter Maierovitch.Maierovitch chamou o Bierrembach às falas: que historia é essa de chamar alguém de ladrão, sem provas ?O Bierrembach pediu “exceção da verdade” – ou seja, quero provar o que digo.Maierovitch imediatamente deu ao Bierrembach o direito de provar o que dizia.Dilma, sabe o que o Serra fez ?Engavetou a ação.Chama o Bierrembach para contar essa história.Chama o Maierovitch – e só ligar para a Mara, secretária do Mino, na Carta Capital, que a Mara acha o Maierovitch rapidinho.A propósito, o Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do Maierovitch:Caro Paulo Henrique.
–1. Seguem os meus telefones, sem precisar procurar a Mara, mencionada no seu texto.
–2. Antes de mais nada. Não tenho filiação política partidária e nem religião. Não busco cargos e não tenho vocação para me tornar parlamentar.
Sou independente e não faço média. Para deixar claro: votei para o Galeno Amorim (PT), Luiza Erundina (PSB), Aloísio Nunes Ferreira (PSDB), Marta (PT), Fábio Feldman(PV) e Dilma (PT).
Como dediquei a minha vida ao estudo da criminalidade organizada transnacional, com especial atenção ao comportamento dos seus membros e como se movem quando apanhados pela Justiça, o Serra nunca perdi de vista. Isto pelo comportamento em face do processo criminal em que tudo fez para não ser apurada a exceção da verdade proposta pelo Flávio Bierrembach: até o advogado Marcio T.Bastos foi contratado para substituir o filho do Covas (advogado do Serra). Mais ainda, à época dois plantonistas desigados pelo Serra revezavam-se no Cartório Eleitoral. Cumpriam a tarefa de evitar a saída, por erro cartorial, de ofícios que indagavam das movimentações financeiras de Serra, estas necessárias para comprovar o arguído por Berrembach. Também para apurar, pois ventilado, eventual compra de uma mansão no aristocrático bairro da City Lapa, dada como domícilio e residência de Serra : os ofícios, em razão da liminar, tinham sido apensados ao autos processuais. E Serra, recém eleito deputado federal, defendia, nos autos, a privacidade e não transparência. Em resumo, e daí os plantonistas,, não desejava que, com as expedições dos ofícios suspensos por liminar, viessem respostas. Destaco essa passagem por ter lido entrevista de Serra a sustentar “nunca ter sido envolvido em processos escandalosos referente a corrupção”. < style="text-align: justify;"> A propósito, na Máfia, quer na siciliana, quer na Cosa Nostra sículo-norte-americana, esconder o patrimônio e se passar por “furbo” (espertalhão) é a regra adotada pelos capi dei capi (chefões). Só que tem um particular, de natureza ética, como ressaltado no episódio a envolver Bernardo Provenzano. O referido Provenzano, já chefe dos chefes da Máfia e foragido por mais de 40 anos sem deixar o comando da organização e tirar os pés da Sicilia, avisou o procurador nacional antimáfia, quando preso e posto à sua frente: – “Vamos deixar claro. O senhor faz o esbirro e eu o mafioso. Cada um na sua, sem disfarces”. Depois do aviso e contente por não esconder o que era, mergulhou no mais absoluto silêncio.
Em termos de transparência, prefiro Provenzano a Serra.
Atenciosamente.
Wálter Fanganiello Maierovitch
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Tiririca ter 1.353.820 votos é ruim? E o Alckmin receber 11.519.314? É a prova de que pior do que está pode ficar
A eleição do Tiririca em São Paulo, com a maior votação do Brasil, ainda encontra explicação. No meu modo de ver, é mais um protesto do eleitor, fruto da desmoralização da representação política no país, em grande parte culpa dos próprios, mas também do porcalismo travestido de jornalismo, com sua cobertura de fofocas e repercussão de escândalos.
O voto no Tiririca é daquele sujeito que não se vê representado pelos políticos, que nem se lembra em quem votou da última vez, que nunca viu pela frente um desses políticos que vivem aparecendo na TV e que surgem de quatro em quatro anos dizendo que fizeram e farão tudo por ele, para depois sumirem novamente e só aparecerem após outros quatro anos. Ou seja, é a lesma lerda, logo "pior do que tá não fica", o simples e genial slogan da campanha do Tiririca.
Agora, e o Alckmin? Como explicar seus 11.519.314 votos, depois de ele ter ficado em terceiro lugar, há dois anos, na disputa pela prefeitura de São Paulo?
Quando se refere ao governo demo-tucano, tudo vai de mal a pior em São Paulo. Mudam as moscas (com a volta de Alckmin, há até uma repetição) e o cidadão paulista é afogado por pedágios e inundado por enchentes que duram meses (!!!), favelas que se incendeiam quase que semanalmente, a educação cada vez pior, confronto entre polícias civil e militar nas ruas, professores desrespeitados e agredidos... E o paulistano ainda quer mais?
Diz o eleitor de Tiririca: - Pior do que tá não fica.
Responde o de Alckmin: - Pior do que tá fica, sim.
O voto no Tiririca é daquele sujeito que não se vê representado pelos políticos, que nem se lembra em quem votou da última vez, que nunca viu pela frente um desses políticos que vivem aparecendo na TV e que surgem de quatro em quatro anos dizendo que fizeram e farão tudo por ele, para depois sumirem novamente e só aparecerem após outros quatro anos. Ou seja, é a lesma lerda, logo "pior do que tá não fica", o simples e genial slogan da campanha do Tiririca.
Agora, e o Alckmin? Como explicar seus 11.519.314 votos, depois de ele ter ficado em terceiro lugar, há dois anos, na disputa pela prefeitura de São Paulo?
Quando se refere ao governo demo-tucano, tudo vai de mal a pior em São Paulo. Mudam as moscas (com a volta de Alckmin, há até uma repetição) e o cidadão paulista é afogado por pedágios e inundado por enchentes que duram meses (!!!), favelas que se incendeiam quase que semanalmente, a educação cada vez pior, confronto entre polícias civil e militar nas ruas, professores desrespeitados e agredidos... E o paulistano ainda quer mais?
Diz o eleitor de Tiririca: - Pior do que tá não fica.
Responde o de Alckmin: - Pior do que tá fica, sim.
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Agora, ao votar em Dilma no segundo turno vou estar votando no 13 para presidente pela décima vez
Vai ser no dia 31 de outubro.
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Desculpem-me os mais jovens, mas ao votar em Dilma vou estar votando no 13 para presidente pela nona vez
Duas vezes em 1989, na primeira eleição direta pós-ditadura. Uma vez em 94 e outra em 98. E duas vezes para a vitória em 2002 e outras duas para a reeleição em 2006. Amanhã, vai ser a nona vez que eu voto no 13, como se dizia antigamente, "sem medo de ser feliz".
Dilma, uma mulher na presidência do Brasil.
Dilma, uma mulher na presidência do Brasil.
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Foi FHC quem botou pilha em Gilmar Mendes para que ele peitasse Lula no episódio do grampo (sem áudio)
Li numa reportagem da Piauí. Repare o seguinte trecho (a reportagem é extensa e trata do STF), especialmente o segundo parágrafo:
Impressionante a cara de pau de FHC. Bota lenha na fogueira, provoca uma crise institucional no país, que só não foi adiante por causa da habilidade de negociação do presidente Lula, e ainda diz que ele (FHC) agiria diferente, não aceitaria as coisas naqueles termos. Com isso, deixa claro que o que ele pretendia era criar uma crise. Este é o verdadeiro caráter de FHC.
Outro risco de estabelecimento de um “estado policial” surgiu, segundo Mendes, quando a revista Veja publicou uma reportagem sustentando que um telefonema de Mendes com o senador Demóstenes Torres havia sido gravado ilegalmente, e apresentou como evidência a transcrição da conversa. Com a certeza de que fora grampeado por um órgão do Executivo, Mendes ligou para Fernando Henrique Cardoso. Eles são amigos. Nos tempos de Gilmar na presidência, Fernando Henrique entrava pela garagem do Supremo. “Foi só uma vez, na posse”, disse o ex-presidente.
“Eu estava numa fazenda”, contou Fernando Henrique em São Paulo. “O Gilmar estava indignado. Disse que ia reagir à altura, chamando às falas o presidente Lula. Eu o incentivei a ir em frente.” Mendes foi. “Não há mais como descer na escala da degradação institucional”, declarou ele à imprensa. “Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do STF é coisa de regime totalitário. É deplorável, ofensivo, indigno.” No dia seguinte, uma delegação do STF integrada por Mendes, Ayres Britto e Cezar Peluso foi ao Planalto sem ter sido convidada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva os recebeu.
Perguntei ao ex-presidente se, numa situação semelhante, receberia a comitiva. Fernando Henrique ajeitou-se na poltrona e respondeu: “Não sei se teria aceitado aqueles termos. Talvez tivesse exigido uma reparação pública antes, uma desculpa. Mas o Lula é de passar a mão na cabeça dos aloprados e de todo mundo. Ele não é de confrontar. Ele só confronta na retórica, o comportamento dele é o de um conciliador.” Lula acha que esse foi um dos momentos de seu governo em que ele foi mais adulto e mais ciente do seu papel institucional – e menos ele próprio.
Impressionante a cara de pau de FHC. Bota lenha na fogueira, provoca uma crise institucional no país, que só não foi adiante por causa da habilidade de negociação do presidente Lula, e ainda diz que ele (FHC) agiria diferente, não aceitaria as coisas naqueles termos. Com isso, deixa claro que o que ele pretendia era criar uma crise. Este é o verdadeiro caráter de FHC.
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