Por serem do sexo feminino centenas de milhares de fetos são abortados na Índia - Generocídio, o assassinato de Eva

Reportagem da The Economist mostra que menos 600 mil bebês do sexo feminino nasceram no ano passado na Índia. O déficit é comparado com a média mundial e a da própria Índia. A causa: generocídio.

Não é a pobreza que explica esses índices. A maior discrepância de nascimento de mulheres acontece em Punjab, Haryana, Gujarat, estados entre os mais prósperos do país.

Por razões sociais e religiosas (não podemos esquecer que a Índia é tão diversa que tem templos dedicados a ratos [sem comparações políticas com o Brasil, please]), casais sempre preferiram filhos do sexo masculino. Mas, agora, a facilidade e o barateamento das novas tecnologias levou a preferência por filhos do sexo masculino a uma situação que pode trazer problemas ao país.

Segundo outra reportagem da Economist, "a relação normal de gênero para crianças de 0-6 [na Índia] é de cerca de 952 meninas para cada 1.000 meninos". Agora está em 914 por mil.

Essas meninas que não nascem, "desaparecidas", geralmente são abortadas, assim que os pais descobrem seu sexo. Exames de ultrassom são oferecidos em vários locais, embora o governo seja contra a prática. Mas, é como a hipocrisia da proibição do aborto no Brasil, se há demanda...

A seguir nesse ritmo, haverá um deficit de 10 milhões de mulheres na Índia em 2019. Com certeza, não é pra lá que eu vou.

Agora, pergunto eu, como a Índia tão espiritualizada poderá viver sem 10 milhões dessas parceiras que nos desconcertam?

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