Já o publico aqui desde 2008, e, repito, não deixe de ver este documentário de
curta-metragem do diretor francês Jean-Gabriel Périot, que recebeu
vários prêmios internacionais. Participou também do Festival
Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, em 2006, e da Mostra
Internacional Minas, onde recebeu os prêmios de Melhor Diretor Internacional – Prêmio do Júri Oficial, para Jean-Gabriel Périot, Melhor Montagem Internacional – Prêmio do Júri Oficial e Melhor Som Internacional – Prêmio do Júri Oficial.
Em
aproximadamente nove minutos, o filme mostra como estava a França, logo
após a retirada dos nazistas, em 1944, quando o país readquiriu sua
soberania.
Num
trabalho de montagem incrível, Périot consegue narrar desde a ocupação
até a retirada das tropas alemãs (com o ditador do bigodinho à côté) em pouco mais de dois minutos.
Em
seguida, vem a alegria da libertação. Mas o filme mostra também – e
esta é sua parte principal, destacada desde o título – o comportamento
covarde e irracional de parte da população, que agride e humilha um
grupo de mulheres, acusadas de terem se relacionado com os nazistas
durante a ocupação. Como se boa parte da França não houvesse cooperado
com os alemães.
Como
diz o título, ainda que fossem criminosas, o tratamento que lhes foi
dispensado (repare num covarde que esbofeteia dissimuladamente uma das mulheres aos 4:21 e em seguida, do mesmo jeito covarde, repete o gesto com outra, aos 4:26) mostra que os nazistas saíram, mas o nazismo ficou.
No mês das mulheres, mais uma vez vemos como as chamadas minorias (embora as mulheres sejam maioria) são usadas como bode espiatório dos erros dos que estão momentaneamente no poder, mesmo que algum poder, como no caso dos maridos que agridem suas mulheres.
O filme é um monumento à estupidez humana, à mesquinharia, à pequenez, à
covardia. Repare nos rostos das mulheres agredidas e humilhadas e nas
expressões alegres e dissimuladas dos que deveriam apenas estar
comemorando a vida, o fim da ocupação nazista.
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Mello, o vídeo está bloqueado.
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ResponderExcluirVolte mais tarde quem não estiver conseguindo assistir agora.
ResponderExcluirCovardia bestial, um atentado contra a dignidade humana. Essa é civilidade(?)do 1º mundo? Lembrou-me do filme "Malena", com Monica Bellucci...
ResponderExcluirÉ chocante e revoltante ver a violência contra qualquer pessoa e neste caso contra as mulheres.
ResponderExcluirMas analizar fatos de sessenta e nove anos atrás sem levar em consideração o contexto do momento histórico. Não estou aqui a defender a violência, mas imaginem, um povo indadido por nazistas, impostos as duras leis marciais hitleristas, onde qualquer cidadão que tivesse o infortúnio de ser acusado de conspirção ou ajudar a resistencia francesa ser fuzilado sumariamente e os familiares que não tivessem tal destino serem expulsos e desprovidos de suas posses? O sentimento de desforra é grande, não é mesmo?
Infelizmente a revolta caiu para cima das mulheres que confraternizavam com o inimigo, sem termos aqui os reais motivos que a levaram a isso. Será que era para manter suas familias seguras ou por acreditar na causa nazistas? A crueldade está no ato sumário de punir e espancar as já indefesas mulheres sem julgamento justo e como disse o Mello num arremedo nazista, agiram igual a seus antigos opressores.
O filme mostra a natureza deste povo. Não buscam justiça, buscam VINGANÇA e na ânsia da vingança se tornam piores que os opressores recém expulsos. Bela demonstração da civilidade do 1º Mundo, que para mim na realidade são os predadores do mundo. Lobos em pelo de cordeiro. Hipócritas.
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