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Coronel Malhães, cara e destino de Saddam Hussein |
É lei entre as "forças democráticas" apoiadas pelos EUA: após terem completado os serviços que lhes foram destinados, só resta aos títeres a morte. Foi assim com Saddam Hussein, Noriega e Bin Laden, para citar apenas três.
De forma semelhante e irônica (sempre digo que deus é ironia), o ex-coronel do Exército Paulo Malhães, que é (era) a cara de Saddam Hussein (confira na imagem) teve o mesmo destino do ex-presidente do Iraque.
Malhães foi um torturador, assassino, usado pela ditadura civil-militar. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), há quase um mês, ele confessou em detalhes sessões de tortura de que participou, e como fazia para desaparecer com os corpos: os dentes da pessoa eram quebrados e os dedos, cortados. Foi o que ele afirmou ter feito com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva.
Agora, como Hussein, Noriega e Bin Laden, feito o serviço sujo, ele é descartado. O ex-coronel foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira dentro de sua casa, num sítio do bairro Marapicu, zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense [informação do jornal Extra].
Evidentemente, não foi utilizado seu método de arrancar dentes e dedos, porque o objetivo aqui não é esconder, ao contrário, é usar o corpo e a morte como aviso aos que tenham (ou tivessem) a ideia de confessar as barbaridades cometidas pela ditadura: falou, morreu.
Mas o Sadan Hussein não tinha sido enforcado!?
ResponderExcluirChorei largado,mas de alegria...
ResponderExcluirAssim como outros que fizeram parte do aparato repressivo durante o regime militar, o coronel Paulo Malhães tinha a mente bastante semelhante à de um SS nazista - ou até pior, porque aparentemente ele não tinha a menor noção de que era culpado por violações dos Direitos Humanos e, ao contrário de muitos criminosos de guerra alemães, por exemplo, não procurou disfarçar seu papel de torturador e assassino de pessoas desarmadas que manteve em cárcere privado, ao arrepio até mesmo da draconiana legislação vigente à época no Brasil. Ele se via como acima do Bem e do Mal e foi um 'serial killer', um matador em série, que, apesar de não ter remorsos por seus crimes, ao que tudo indica não era exatamente um psicopata, pois estes em geral não se condoem de ninguém e, ao que Malhães revelou durante sua entrevista à Comissão da Verdade, ele tinha lampejos de misericórdia e chegou a ter piedade da família do deputado Rubens Paiva, trucidado barbaramente pelos bisonhos agentes da Gestapo tupiniquim. Por outro lado, tinha a coragem de suas convicções e teria dito muito mais se os entrevistadores houvessem sido menos atropelados em suas indagações (medo de que acabasse por divulgar o nome de algum dos ¨infiltrados¨ que hoje ainda pontificam na política nacional ?) . O coronel foi mais um desses sicários que se põem a serviço de uma ditadura insana, como tantas outras, de direita e esquerda. A existência de oficiais militares e soldados do tipo de Malhães, que atuaram com o pleno conhecimento de seus superiores e sob a responsabilidade de autoridades políticas que dirigiam o país, manchou indelevelmente a honra das forças armadas brasileiras, o que é de lamentar, pois a essa instituição é de fundamental importância para garantir a soberania do país. Esclareço que, com tal constatação, não quero aliviar o papel nefasto dos aventureiros que optaram pela realização de ações armadas e perpetraram análogos desatinos em nome de um discurso ideológico primário, amplamente condenado à época até pelos verdadeiros comunistas. Apenas reparo que, com uma infraestrutura de poder muito superior a de seus adversários, os organismos de repressão não se furtaram de enlamear a história do Brasil com seu comportamento delituoso (para não dizer pior...), que só foi possível mediante tácita permissão outorgada pela ditadura para o funcionamento clandestino de aberrações como a ¨casa da morte¨de Petrópolis, onde se praticaram infames atrocidades como as que descreveu Malhães.
ResponderExcluirAssassino como Saddam, teve o mesmo fim e vai assar no mesmo forno. Pobre diabo...
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