DANIEL DANTAS, O MÉDICO TARADO ABDELMASSIH E EDUARDO CUNHA JÁ FORAM SALVOS POR GILMAR MENDES. QUE TIME...




O banqueiro Daniel Dantas mandou um recado ao delegado (hoje ex) Protógenes: só tinha medo de juízes das instâncias inferiores, porque lá em cima estava tudo dominado.

Coincidência ou não, após ser preso pelo delegado, Daniel Dantas bateu o recorde mundial de velocidade de habeas corpus. Conseguiu dois em 24 horas. Ambos concedidos pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

O médico Roger Abdelmassih havia sido condenado a 278 anos por violentar 37 mulheres. Na época, com 67 anos, ele pediu a seu advogado que renovasse seu passaporte. Anotei aqui:

O médico estava preso, aguardando recurso de sua defesa diante da sentença que o condenou a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres (suas pacientes, o que agrava os crimes) entre 1995 e 2008. E aguardava preso porque a Polícia Federal informou que ele tentava renovar seu passaporte. A juíza Kenarik Boujikian Felippe determinou que ele fosse preso para evitar sua fuga do país.

Seu advogado recorreu. Disse que Roger Abdelmassih não pretendia fugir do país, só estaria renovando o passaporte...

Sem ao menos perguntar ao advogado por que um homem de 67 anos condenado a 278 anos de cadeia renovaria o passaporte (seria um novo Matusalém?), Gilmar Mendes mandou soltar o passarinho, que agora vai passear sua impunidade no exterior, até que a morte o separe da boa vida.

Abdelmassih fugiu para o Líbano e só foi preso recentemente no Paraguai.

Quanto a Eduardo Cunha. O Brasil poderia estar livre desse deprimente espetáculo de tê-lo à frente da Câmara dos Deputados.

Publicado no Diário Oficial, um despacho de 6 de maio de 2014 do ministro Joaquim Barbosa manda autuar e distribuir uma investigação da Polícia Federal sobre crimes financeiros. A PF identificou transações cambiais com indícios de irregularidades, que teriam sido cometidas por várias pessoas, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-senador Jorge Bornhausen, entre outros.

A petição tramitou com "segredo de justiça" e foi distribuída para o ministro Celso de Mello, que se declarou suspeito, dando continuidade à distribuição da petição, que foi para o ministro Gilmar Mendes, que arquivou os documentos e os devolveu para a Procuradoria-Geral da República. [Fonte: Nassif]
Ou seja, se o processo de Eduardo Cunha tivesse ido adiante, em vez de ser arquivado a mando de Mendes, Cunha teria sido desmascarado, antes de se transformar em presidente da Câmara.

Dantas, Abdelmassih e Cunha, todos já agradeceram a Deus (ou ao diabo) por Gilmar Mendes existir. Que time...



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