Ao fazer acordo com PSDB, Dilma entregou anéis para salvar dedos. Mas pode perder a cabeça


O Senado aprovou na noite desta quarta-feira, substitutivo do senador Romero Jucá ao projeto de José Serra que abre o pré-sal à exploração estrangeira.

José Serra conseguiu o que queria, honrando assim o compromisso assumido com a Chevron - segundo vazamento do WikiLeaks.

Já a presidenta Dilma pode vir a perder bem mais que os tais anéis que ela entregou na negociação do substitutivo, teoricamente para salvar os dedos.

Pelo que foi aprovado, o poder decisório passa para o Conselho Nacional de Política Energética, subordinado à Presidência da República.

Se o Conselho decidir que tais e tais áreas devam ser exploradas, a Petrobras tem a preferência. Não mais a exclusividade. Se não puder exercê-la no momento, Chevron. Shell, BP... elas farão esse "sacrifício" por ela.

Portanto, entre as petroleiras gringas (e por trás e acima delas os Estados Unidos) e nosso pré-sal está agora apenas o CNPE, subordinado à Presidência da República - no caso, a presidenta Dilma.

Se ela ainda defende o pré-sal para a Educação,  como dizia (a esta altura eu já não garanto nada), Dilma passa a ser o último obstáculo a ser eliminado.

E o impeachment volta com toda a força, para entregar a presidência ao PSDB (qualquer um deles) e o pré-sal aos EUA.

Por isso, a luta continua. O projeto tem que ser derrotado na Câmara. Ou,  ao menos modificado, para voltar novamente ao Senado, quando será mais factível enterrá-lo de vez.



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Por que Eduardo Cunha ainda está na presidência da Câmara? Aliás: Por que ainda não está preso?




Porque interessa ao golpe que ele continue simbolizando nosso Legislativo. Que todos os deputados sejam Cunhas, corruptos, desonestos, safados. É assim que querem que a população os veja. A representação política (a política) tem que ser nojenta, para seus objetivos.

Então, eles podem se dedicar a outro poder, o Executivo. É preciso desmoralizar de todas as maneiras o governo. Este e o que ele sucedeu. Lula e Dilma e seu partido, o PT. É preciso igualá-los a Cunha. Todos iguais - ratos, corruptos.

Não interessa que tenham tirado 40 milhões de brasileiros da miséria. Não interessam suas realizações.  Se falarem, que batam panelas, buzinem, gritem, mas não devemos ouvi-los. Não devemos ouvi-los, enquanto não for possível calá-los de vez.

Aí entra o Judiciário. E tira-os do poder. Legalmente. Nem que seja preciso um ajuste na Constituição (isso já vem sendo feito, sem grandes chiadeiras). E coloca em seu lugar:

  • Aécio Neves, que construiu aeroportos em terras de familiares, que irrigou com verbas públicas empresas da família...
  • Fernando Henrique Cardoso, que quebrou o país três vezes, que privatizou criminosamente nossas empresas, que sustentou um suposto filho à custa de benesses para a Globo.
  • José Serra, aquele que é obcecado com a ideia de privatizar a Petrobras, como antes foi com a Vale.
  • Alckmin, gestor da crise hídrica, do pacto com o PCC, do desmonte da educação, do roubo das merendas.

Não, nenhum desses. O juiz Moro. Ele em dupla com o corrupto condenado japonês da Federal, que será o Tattoo em nosso país, transformado em Ilha da Fantasia.

Seremos um seriado estadunidense. Ou melhor, seremos anexados, mais um Estado dos Estados Unidos. E assim todos poderão se mudar para Miami, sem a humilhação do consulado nem a imigração nos calcanhares.

O Brasil ficará apenas para os brasileiros. Aqueles que amam este país e seu povo.

Vai demorar. Mas foi o jeito que encontrei de achar um final feliz para a história macabra que pode vir por aí.


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Fernando Brasif Cardoso diz que PT está destruindo o que ele construiu. Mas, o que foi mesmo?




Em discurso para lançamento do candidato tucano à prefeitura de São Paulo, Fernando Brasif Cardoso disse o seguinte, reclamando do governo e do PT :

"Quase tudo que construímos está sendo destruído."

Aí fiquei pensando: tirando essas manchetes reproduzidas aqui, o que foi que eles fizeram nos oito anos de governo FHC?

Além da criminosa privatização geral, só me lembrei da compra de deputados para a emenda da reeleição... Do afundamento da plataforma da Petrobras... Ah, tem também o apagão... Ah, e a foto imortal de FHC como cachorrinho feliz do presidente dos EUA Bill Clinton, também reproduzida a seguir.

O que mais?





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Madame Flaubert, de Antonio Mello

Em editorial, O Globo defende que crianças trabalhem em 'piores formas de trabalho infantil'. Por que não me surpreendo?




Em editorial publicado neste sábado, O Globo condenou ação do Ministério do Trabalho e Previdência Social que proibiu o Clube Caiçaras, um clube de classe média alta na zona sul do Rio de Janeiro, a continuar empregando menores de 16 anos, sem respeitar a lei.

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) agendou para o dia 31 de março audiência com o Clube dos Caiçaras, localizado na Lagoa – bairro nobre do Rio -, na tentativa de converter em aprendizagem o programa que explorava ilegalmente mão de obra infantil e exigir pagamento de indenização. Em fiscalização solicitada pelo MPT-RJ ao Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), auditores fiscais flagraram 26 adolescentes entre 14 e 15 anos que trabalhavam de forma irregular como boleiros de tênis, ou seja, recolhendo as bolas durante as partidas.

Os auditores do MTPS [Ministério do Trabalho e Previdência Social] relataram que os adolescentes estavam exercendo atividade em condições listadas pelo Decreto 6481/2008 como piores formas de trabalho infantil: atividade ao ar livre, sem proteção adequada contra exposição à radiação solar, chuva e frio.

O clube já havia sido notificado e continuou na atividade ilegal, sem respeitar a determinação do Ministério do Trabalho, diferentemente do que fizeram todos os demais clubes do estado que se encontravam em situação semelhante.

Em seu editorial, O Globo defende o que chama de flexibilização de leis trabalhistas

Pode-se argumentar que o MP nada fez além de cumprir a lei. É certo. A lei, portanto, está errada. Aliás, todo o sentido da legislação trabalhista, uma herança anacrônica de Getúlio, encontra-se a léguas de distância da realidade do mercado de trabalho. Por isso, funciona contra o trabalhador. Assim como no caso dos meninos boleiros, uma atividade que, não raro, revela profissionais do tênis.


Este ‘O Globo’ é o mesmo que assedia jornalistas por apoio a abaixo-assinado que propõe redução de direito, conforme denuncia o Sindicato da categoria.

O Sindicato vai informar ao Ministério Público do Trabalho denúncias recebidas esta semana de que o jornal ‘O Globo’ estaria assediando os jornalistas em busca de apoio para um abaixo-assinado que pede a conclusão das negociações salariais de 2015 com reajuste abaixo da inflação e piso inferior ao da lei estadual.
À revelia da maioria dos jornalistas da redação, o documento que a empresa quer que os jornalistas assinem pede que a convenção coletiva do segmento de jornais e revistas seja firmada com reajuste salarial de 7% – abaixo dos 7,13% aferidos pelo INPC em fevereiro deste ano, mês da data-base da categoria.
O abaixo-assinado de ‘O Globo’ sugere ainda um piso de R$ 2.700 para jornadas de cinco horas com duas extras. A lei estadual 6.983/2015 prevê, porém, R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. Pela proposta patronal, o valor da jornada legal de cinco horas seria de R$ 1.928,58 – 20% abaixo do estabelecido pela lei em vigor.
O Ministério Público do Trabalho já investiga hoje práticas antissindicais no setor de radiodifusão, como obrigar funcionários a assinar documentos contra direitos conquistados pelos trabalhadores e contra o Sindicato. A expectativa agora é que as denúncias em ‘O Globo’ direcionem as investigações também para o segmento de jornais e revistas.
Além de coagir os jornalistas a assinar um documento que reduz direitos de toda a categoria, ‘O Globo’ realiza este mês o terceiro ‘passaralho’ do ano. Dezenas de profissionais foram demitidos, principalmente nas redações dos jornais ‘O Globo’ e ‘Extra’. O Sindicato recebeu denúncias de irregularidades e de assédio moral nos três grandes processos de demissão feitos pela empresa.
As negociações salariais dos jornalistas de jornais e revistas andam a passos lentos por conta de impasses do sindicato patronal, que se recusa em cumprir a lei estadual que garante o piso salarial dos jornalistas do Estado do Rio de Janeiro. A Infoglobo, inclusive, é alvo de ação movida pelo Sindicato por descumprimento da lei. A primeira audiência está marcada para abril de 2016 na 40ª Vara do Trabalho.

Não há surpresa nisso. Afinal, O Globo sempre esteve na contramão do Brasil, ao longo da história. Cotas, ProUni, Getúlio, Lula.

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Madame Flaubert, de Antonio Mello

Como é que FHC se lembra de um contrato que não fez? Falta explicar


FALTA EXPLICAR

Na quinta-feira, Fernando Henrique Cardoso disse o seguinte: "Trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários".

No dia seguinte, a empresa disse que FHC nada teve a ver com o contrato.

Fica faltando explicar como alguém se lembra de um contrato ("Trata-se de um contrato") e até de quando teria sido firmado ("feito há mais de 13 anos"), se não teve nada a ver com ele.

Eu, por exemplo, não precisaria esperar o pronunciamento da Brasif para dizer que jamais, em tempo algum, firmei qualquer contrato com ela.

Como é que FHC se lembra de um contrato que não fez? Falta explicar.

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Enquanto Lula é exibido à execração pública, FHC não teve que ir à Polícia Federal depor. A PF foi ao apartamento dele

Em depoimento ao jornalista Humberto Mesquita, Armando Coelho Neto, delegado e ex-presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal, conta que foi um dos federais que foram ouvir o ex-presidente FHC em seu apartamento de Higienópolis, em deferência a um ex-presidente da República - coisa que não acontece com Lula, muito pelo contrário.

Detalhe: isso aconteceu no governo Lula.




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