O Senado aprovou na noite desta quarta-feira, substitutivo do senador Romero Jucá ao projeto de José Serra que abre o pré-sal à exploração estrangeira.
José Serra conseguiu o que queria, honrando assim o compromisso assumido com a Chevron - segundo vazamento do WikiLeaks.
Já a presidenta Dilma pode vir a perder bem mais que os tais anéis que ela entregou na negociação do substitutivo, teoricamente para salvar os dedos.
Pelo que foi aprovado, o poder decisório passa para o Conselho Nacional de Política Energética, subordinado à Presidência da República.
Se o Conselho decidir que tais e tais áreas devam ser exploradas, a Petrobras tem a preferência. Não mais a exclusividade. Se não puder exercê-la no momento, Chevron. Shell, BP... elas farão esse "sacrifício" por ela.
Portanto, entre as petroleiras gringas (e por trás e acima delas os Estados Unidos) e nosso pré-sal está agora apenas o CNPE, subordinado à Presidência da República - no caso, a presidenta Dilma.
Se ela ainda defende o pré-sal para a Educação, como dizia (a esta altura eu já não garanto nada), Dilma passa a ser o último obstáculo a ser eliminado.
E o impeachment volta com toda a força, para entregar a presidência ao PSDB (qualquer um deles) e o pré-sal aos EUA.
Por isso, a luta continua. O projeto tem que ser derrotado na Câmara. Ou, ao menos modificado, para voltar novamente ao Senado, quando será mais factível enterrá-lo de vez.
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