Cunha vai indicar chefe da Receita Federal de Temer




Parece piada, mas não é. Piada mesmo é tirar uma presidenta contra quem não há acusação de crime algum e colocar no lugar os Irmãos Metralha do PMDB: Temer, Cunha e Renan.

O atrevimento de Eduardo Cunha não tem limites. Agora, ele quer indicar o chefe da Receita Federal num eventual governo Temer.

Alguém duvida de que vá emplacar? Cunha tem a chave do coração de Temer: adormece na gaveta do presidente da Câmara o pedido de impeachment de Temer, que o ministro do STF Marco Aurélio Mello mandou tocar adiante. Mas Cunha segurou. E vai segurar enquanto Temer quiser - se é que me entendem.

Mas a notícia é sobre a Receita.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer indicar o chefe da Receita Federal no eventual governo de Michel Temer. O assunto foi tratado reservadamente com o vice-presidente, segundo aliados do deputado. Cunha pretende apresentar um técnico da sua confiança para o órgão, que é subordinado ao Ministério da Fazenda. Fundamental na abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista tem sido avalista de indicações de deputados para o governo Temer.

As negociações de Cunha tiveram início antes mesmo da votação do impeachment. Num primeiro momento, as conversas ficaram a cargo do líder do PSC, André Moura (SE), e do ex-deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que também havia sido o principal operador da eleição de Cunha para presidente da Câmara em 2015. Após o impeachment, o próprio Cunha assumiu as negociações. Por causa disso, ele tem sido cobrado por lideranças sobre o cumprimento de acordos.

Em meio a essas conversas com partidos na Câmara, surgiu a informação de que Cunha quer indicar o novo secretário da Receita. O órgão é de extrema importância para colher informações sobre empresas, dentro e fora do País. Inclusive para monitorar operações que podem resultar em investigações. A Receita teve papel fundamental, por exemplo, nas operações Lava Jato, Acrônimo e, sobretudo, Zelotes, que revelou um esquema de corrupção no Conselho de Administrativo de Recursos Fiscais. [Fonte: Agência Estado]



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