Garotinho se defende de acusações e acusa procurador e juiz, que é processado por ele, de parcialidade

Ex-governador do Rio Anthony Garotinho


Em seu blog, em postagens diferentes e por diferentes modos, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, preso em Bangu, se defende das acusações que o levaram à prisão e levanta suspeitas sobre procurador e juiz que o processam.

 A principal acusação é de que Garotinho teria recebido R$ 3 milhões da JBS, em caixa 2. Garotinho confirma o recebimento do dinheiro, mas nega o uso de caixa 2. O dinheiro teria sido doado oficialmente ao PR e repassado para sua campanha. Tudo declarado à Justiça Eleitoral na sua prestação de contas.

Disse também que o contrato apresentado como prova, nem assinado está pela JBS. E que
Ricardo Saud, da JBS, disse que a primeira vez que viu aquele contrato foi no dia em que estava a caminho para prestar depoimento.

Garotinho nega também a acusação de caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014. Afirma que são acusações sem prova alguma. E diz que sua prisão seria uma vingança de Sergio Cabral, pelas acusações que lhe faz há anos e que acabaram por botá-lo atrás das grades. Acusa também o grupo político que está à frente da prefeitura de Campos. E a parcialidade de procurador e juiz.


Em 2012, Garotinho apresentou uma notícia-crime contra Sérgio Cabral e pessoas ligadas a ele, a maior parte delas presa ou já com passagem pelo presídio de Benfica.
Em 4 de novembro de 2016, Garotinho protocolou na Procuradoria Geral da República, em Brasília, um aditivo à primeira denúncia, envolvendo várias autoridades. Menos de duas semanas depois, Garotinho foi preso pela primeira vez, a mando do mesmo juiz que decretou esta terceira e última prisão.

E, embora Garotinho tenha solicitado escolta policial, após ter sido comunicado por um inspetor penitenciário a respeito das ameaças de morte contra si vindas de Cabral e sua trupe, nenhuma providência foi tomada pelo governador do estado. Até porque, diga-se, Pezão é aliado da Gangue dos Guardanapos e também foi denunciado por Garotinho.

Assim, Garotinho levou esse fato ao Procurador Geral do Ministério Público estadual, protocolando o mesmo ofício entregue ao governador duas semanas antes. Ainda assim, o governador Pezão não providenciou a escolta. 

O que aconteceu depois é de conhecimento público. Garotinho foi preso, levado para Benfica, [onde teria sido] agredido e ameaçado de morte.
Por outro lado, as acusações que promotores e juízes de Campos apresentaram para os fatos são vexatórias. É importante esclarecer que o promotor Leandro Manhães é investigado pelo próprio MP devido à suspeita de prática de vários crimes denunciados por Garotinho. Ou seja: não poderia atuar no processo em que o ex-governador é réu.
O juiz Glaucenir, que decretou a prisão, fala de imparcialidade em sua sentença. Mas Glaucenir responde a processos que Garotinho moveu contra o magistrado, não tendo, portanto, a mínima condição de julgá-lo com imparcialidade. Não custa lembrar que o Código de Processo Penal (artigos 252, 254 e 258) estabelece que tanto juízes quanto promotores sejam imparciais. [Fonte: Blog do Garotinho]

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