Diretor de Tropa de Elite diz que eleitores votaram no capitão Nascimento mas elegeram o chefe da milícia

Cartz de Tropa de Elie 3 com manchetes do apoio dos Bolsonaro às milícias

José Padilha, diretor dos filmes Tropa de Elite, deu uma entrevista a Guilherme Genestreti na Folha, onde critica o atual governo (que ele ajudou a eleger com as críticas virulentas aos governos do PT).

“Os eleitores de Bolsonaro que acharam que estavam votando no capitão Nascimento talvez tenham votado no Rocha, o chefe da milícia.”
A opinião é do cineasta José Padilha, diretor de “Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2” —filmes que descrevem a atuação de milicianos nas engrenagens da política, em especial no Rio de Janeiro, e que tiveram grande impacto cultural no país.
O capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura nos longas, era o agente do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) que  ultrapassava qualquer tipo de fronteira ética ou legal para combater o crime. O major Rocha, interpretado por Sandro Rocha, era o policial corrupto que passava a controlar o tráfico na comunidade.[Folha]
Muitos eleitores podem realmente ter votado em Bolsonaro. Mas uma parte dele não. Votou sabendo que estaria colocando no poder os que estão aí, milicianos, militares, corruptos, desinformados, preconceituosos e alguns, como Damares e o próprio Jair, com sérios problemas psiquiátricos.

Aliás, quando se vai exigir exame de sanidade mental para cargos públicos como os de ministro e presidente da República?

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