Quem não se recorda de Eduardo Cunha mentindo na CPI da Petrobras, afirmando que não possuía contas no exterior? Foi provado que tinha e por isso foi cassado.
O mesmo ocorre agora com o ministro Moro, que mentiu aos senadores na sessão de ontem, quando afirmou que não interferia na escolha de membros da equipe de procuradores da Lava Jato.
Diálogos divulgados hoje pelo jornalista Reinaldo Azevedo, em parceria com o Intercept, mostram que Moro interferiu sim na escolha da equipe que atuou no depoimento do presidente Lula.
Em diálogo com Dallagnol, Moro reclamou do desempenho de uma procuradora:
Moro – 12:32:39. – Prezado, a colega Laura Tessler de vcs é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem.
Dallagnol – 12:42:34. – Ok, manterei sim, obrigado!
Em seguida, Dallagnol entrou em contato com outro procurador, Carlos Fernando, pedindo sigilo e narrando o comentário de Moro.
Ambos resolvem então tirá-la da audiência de Lula para atender ao então juiz Moro. Em seu lugar estiveram os procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon.
Moro queria garantir o melhor da equipe para atacar Lula e, com seu comentário, afastou a procuradora Laura Tessler do depoimento.
Como é possível dizer então que não interferiu?
Foi assim que Eduardo Cunha começou sua caminhada ao cadafalso. Moro vai pelo mesmo caminho.

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Juiz Moro
ResponderExcluirHavia um juiz
que, com desfaçatez,
determinava as leis...
Reproduzia engodos,
e dizia desaforos
impondo a todos suas leis...
Seu nome era...
(Luiz Carlos Flávio)