Entenda o segredo da batida revolucionária do violão de João Gilberto, raiz da bossa nova
João Gilberto, Chega de Saudade.
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Parabéns por terem trazido Walter Garcia; nada como ouvir quem entende do assunto. Não sou músico, só aficionado. Faço uma leitura "sociológica" do fenômeno João Gilberto. Ele foi, antes de mais nada, um oportunista, que percebeu a virada que ia se delineando no gosto musical brasileiro, com a urbanização que se tornava dominante, com o individualismo decorrente, e "bolou" uma nova bossa, simplesmente fazendo um acompanhamento violonístico em cima de acordes menores e diminuídos, dando aquele tom intimista, de boate de Ipanema. As letras, em vez de falarem no desejo de "voltar pro meu sertão", abordaram bobagens que estão na cabeça de quem "vive pelas praias", e são realmente infantis, em certos casos. Aos poucos, a necessidade de se punir, típica da pequena-burguesia, foi dominando nos shows, e Gilberto pôde desenvolver traços neuróticos de agressão ao público, o que finalmente trouxe novidades ao seu trabalho, há muito tempo já esgotado, por ser, na verdade, bem simplório. Também tornou-se chique dizer que se seguia Gilberto, e o violão brasileiro se tornou um caos total, o que terminou por fazê-lo anular-se em poucos anos. Mas continuou sendo fundamental dizer-se que Gilberto influenciou gerações, inclusive os Tropicalistas - onde, pelo amor de Deus ?!
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