Primeiras páginas do meu romance ELA, quinto livro publicado


Meu quinto livro publicado, o romance ELA nasceu de uma necessidade de criar algo para não pirar durante a pandemia. Não estava conseguindo ir adiante com um antigo projeto que pretendia finalizar e então virei a página e resolvi criar algo que pudesse divertir não apenas aos leitores mas primeiramente a mim, porque estava uma barra ficar tocando o Blog do Mello só com as péssimas notícias (que infelizmente continuam) que o Brasil do genocida Bolsonaro nos proporciona.
 
Felizmente, parece que acertei em cheio, porque só ouço elogios a respeito do ELA. Isso se reflete na avaliação do livro na Amazon, onde conta com 7 votos de 5 estrelas (a imagem aí acima com 6 é da semana passada) e dois comentários falando no prazer de lê-lo.
 
Publico a seguir as primeiras páginas do ELA e se você se deixar fisgar pelo livro é só seguir o link lá no final.

1.

Acordou com uma gritaria, pessoas batendo em sua porta pedindo para que abrisse. Um deles com voz de gringo, argentino, que seja.

Mal deu tempo de abrir os olhos, tal era o esporro que faziam. Olhou o relógio despertador, que marcava seis da manhã. Que porra é essa?

Nu, saltou a janela para a área interna do prédio, caso eles acabassem mesmo arrombando a porta.

Ficou nervoso: e se aparece algum vizinho, com aquela barulheira e ainda o vê nu? Pensa no noticiário: cantor e compositor que fez sucesso na década passada é flagrado nu em área interna de edifício.

Mora no terceiro andar do prédio em Ipanema, mas os dois primeiros são ocupados por comércio e é como se o prédio fosse erguido a partir dali, com uma pequena área interna, um falso térreo, que separa seu apartamento de um outro, que fica a uns10 metros, e que se encontra vazio, desde... sempre?

Mas, repara agora, o apartamento está com a janela aberta, coisa que nunca tinha visto. Resolve partir para se esconder lá, porque os homens continuam mandando que abra, e o gringo chegou a pedir que arrombassem a mierda de la puerta, cararro!

Mas ao chegar ao batente da janela do apartamento vizinho percebe que há um sofá colado à janela e, nele, uma linda morena coberta com um lençol e uma pistola prateada apontando para sua cara.

Apavorado, sussurra para que Ela não atire, aponta para seu apartamento, o barulho dos invasores, diz (baixinho, baixinho) que não sabe quem são, nem o que querem, pergunta se Ela não o está reconhecendo, é compositor, chegou a fazer sucesso numa época com aquela música Querida-a-ah, não se recorda?

Ela autoriza sua entrada, não sabe se por haver se recordado da canção ou se por considerá-lo inofensivo.

Ele pula e se sente constrangido, agachado, nu, com a morena apontando a arma para sua cabeça e um olhar que lhe pareceu de desprezo por sua figura - ou foi pelo tamanho do seu pau?

Encolheu-se e continuou a falar baixinho, quando Ela encostou o cano da pistola em sua boca, um cano gelado, mandando que ficasse com a boca fechada.

Ficaram concentrados no que os visitantes da manhã queriam. Parece que descobriram que não seria 103 (o número de seu apartamento) mas 105 (o número do que está agora) o que constava do papel.

O argentino (vamos supor que fosse), que parecia comandar o bando de pelo menos três, ordenou que fossem ao 105.

Ele e Ela se levantaram e correram para o corredor do prédio, abriram a porta da escada e se esconderam ali, coladinhos.

Ela estava coberta apenas com o lençol, mas, além da arma, tinha uma bolsa grande grudada no corpo.

Não sabe por que, lhe veio uma certeza de que Ela estava nua sob o lençol e, mesmo diante da tensão que estavam vivendo, diante da proximidade entre os corpos, da delícia do seu perfume, do ritmo de sua respiração, experimentou uma intensa e absurda (para o momento) ereção.

Ela apontou a arma para seu pau, sem alteração no olhar, sem ameaças, apenas como quem diz Recolha a arma, e ele se sentiu constrangido. A ereção desabou como a queda das Torres Gêmeas, numa implosão rápida.

Ficaram ouvindo os homens invadirem o apartamento 105 e depois saírem de lá dizendo que não havia ninguém, que estava vazio.

Ouviram seus passos de volta para seu apartamento e novamente as batidas e ordens para que abrisse a porta.

Ela o chama de volta para seu apartamento. Abre uma pequena mala que estava sob o sofá, com umas poucas peças de roupas, mais cargas para sua pistola e ainda um outro revólver, que ele não soube identificar.

Ela pega um vestido curto e dá a ele, enquanto se dirige ao banheiro.

Ouve a porta ser arrombada. Alguém do prédio gritar que vai chamar a polícia, Olha a bagunça a essa hora da manhã!

Escuta um tiro. Dois. E o gritinho da mulher que disse que chamaria a polícia, seguido pelo barulho de sua janela se fechando rapidamente.

Não tem ninguém aqui também, disse um dos invasores. Mas tinha, porque tá uma zona isso aqui, criticando a desarrumação de seu apartamento.

Deve ter fugido, quando batemos na porta, ele deduziu, Vou ver se não está aqui na área interna.

O argentino (vá lá que seja, ou paraguaio) diz pra verificar, enquanto vai descer com o outro para cercarem a saída do prédio.

O invasor salta a janela, o que ele percebe pelo barulho dos sapatos no chão. Ele se aproxima do apartamento onde está, nu, com um vestido curto na mão.

O homem põe a cara na janela. Foi a última besteira que fez na vida. Um tiro acertou o meio de sua testa. Morreu sem nem ver.

Quando ele olhou para trás, ali estava Ela, com sua pistola na mão. E o tiro certeiro.

Estava linda, com um vestido floral, os cabelos longos, castanhos, como se houvesse se preparado há séculos para aquela cena.

Com a tranquilidade que sempre mostrara até o momento, Ela mandou que ele vestisse o vestido que lhe dera, também floral, mas em outro tom.

Ele chegou a protestar, dizer que iria rapidinho ao seu apartamento. Mas Ela disse Não temos tempo, vamos pela escada.

Enquanto ele coloca o vestido, Ela pega o outro revólver, a munição e coloca tudo dentro da bolsa, de que não se desgrudara um só momento.

Ele coloca o vestido e fica ridículo, como era de se esperar, com as pernas cabeludas, descalço, como quando esteve em Cabo Frio, no bloco da Rama, em que os homens se vestiam de mulher, há muitos anos, quando era jovem, mas a lembrança fugiu diante da pistola encostando em seu braço e mandando que descesse a escada do prédio na frente dela, que seguia com a pistola numa das mãos e a bolsa presa ao ombro do outro braço, uma bolsa grande, que parecia cheia de coisas. Mais armas e munições?, ele pensa.

Chegam à garagem do prédio e Ela fica observando os carros estacionados. Até que escolhe um (o dela? Então por que observou outros?), abre a porta, senta-se no assento do motorista e ordena com a arma que ele vá ao outro lado e se sente no chamado banco do morto, o banco ao lado.

O carro é seu? Ele pergunta, enquanto Ela dirige o carro em direção à saída do prédio.

Ela não responde nada, apenas sinaliza com um tchauzinho com o braço esquerdo para fora, em direção à câmera que sabe ter ali, e aperta a buzina para que abram a garagem.

Aberta a garagem, Ela sai a toda velocidade.

Duas quadras depois Ela estacionou o carro, limpou o volante e a marcha para tirar as digitais, jogou a chave dentro da bolsa, guardou a pistola e disse a ele Vamos pegar um táxi pra Rodoviária.


 

2.

No táxi, a caminho da Rodoviária.

Ele está sentado atrás do motorista. Ela a seu lado, com a bolsa no colo.

Ele está intrigado com Ela. Mais do que isso, está preocupado em como vai chegar à Rodoviária descalço e com um vestido que fica no meio de suas coxas.

Ela parece que também está pensando nisso e manda o motorista de táxi, de uns anos pra cá chamado de taxista até no Rio, dar uma parada. Pergunta quanto ele calça. Vai comprar uma Havaiana pra ele. 43.

Ela na loja, o motorista de táxi, ou taxista, resolve fazer uma gracinha e dizer que a menina tem pé grande. E lança um sorrisinho sacana pra ele.

Resolve ficar calado. Mataram uma pessoa. Quer dizer, Ela matou. Mas ele estava junto, o que o torna cúmplice. Ou não? É melhor não arranjar confusão.

Ela chega e joga a sandália pra ele, que a veste. Pelo menos não vai chegar descalço.

A sandália combina com o vestidinho, ironiza o motorista de táxi, ou taxista.

Vamos para a Rodoviária, Ela diz, cortando a conversa.

Durante o trajeto, como não encontrou resposta, o motorista de táxi ficou mais atrevido e teimou em olhar para ele pelo retrovisor com um olhar cínico e abusado.

Bem que ele disse a Ela para pegar um táxi de empresas, tipo Táxi-Rio, ou mesmo um Uber, porque os motoristas de táxi das ruas do Rio... mas Ela fez como sempre vem agindo, como lhe deu na veneta, como fez com a roupa que o veste.

Ele decidiu tentar parar de se aborrecer com o motorista de táxi, ou taxista, e recapitulou mentalmente tudo o que acontecera desde que foi acordado pelos gritos e a batida à sua porta.

Olhou a morena a seu lado. Era linda. Mas muito séria. Pensa que nunca conheceu uma mulher daquele tipo, tão decidida.

Pensa em perguntar se o carro era dela. Por que não havia nada no apartamento dela, apenas aquela mala sob o sofá? Por que tantas armas?

Mas o taxista estava mesmo querendo provocá-lo, e perguntou se a mocinha não achava melhor fazer a barba para dar um aspecto mais feminino, e emendou, enigmático, Ou saíram apressadas?

Ele falou com a voz mais grossa que pôde que era homem e que não estava gostando dos modos do taxista, que ele não tem nada a ver com a vida dos dois, e que por isso havia sugerido a Ela que pegassem um táxi pela rede, porque a praça está cheia de motoristas ladrões, milicianos e policiais perigosos.

O taxista aumentou o cinismo do olhar e disse Eu cravo triplo: sou ladrão, miliciano e policial, e mostrou a carteira de policial e o revólver no porta-luvas.

Foi seu erro.


 

3.

Na Rodoviária, ainda vestido de mulher, ele espera por Ela.

Após a ameaça velada do policial no táxi, Ela apontou a pistola para a cabeça dele e o fez deixá-lo na Rodoviária, enquanto seguiu com o táxi e o policial motorista não sabe para onde.

Pediu que a aguardasse no segundo piso, setor de embarque, perto dos banheiros.

Ele já estava ali há mais de uma hora quando começou a pensar que Ela não apareceria. Afinal, nem o nome dela sabia. Nunca a tinha visto antes.

É testemunha de um crime e pode ser de outro, caso Ela tenha executado também o policial motorista do táxi, ou taxista, como começaram a chamar agora.

Esse pensamento aumentou sua angústia. Não sabia se poderia voltar pra casa, porque podia ser que a polícia estivesse atrás dele por causa do homem que Ela matou com um tiro certeiro na testa.

O que diria aos policiais? Que foi acordado com pessoas batendo na porta de seu apartamento, pessoas que não sabe quem são e que queriam entrar de qualquer maneira, e que por isso pulou nu para a área interna, tentou se refugiar no apartamento vizinho, que sempre esteve vazio, desde que mora ali, e lá encontrou uma mulher linda, morena, cabelos castanhos escuros, mais ou menos da altura dele, 1,75 m, e que Ela atirou na testa de um dos invasores, que ele nunca vira mais gordo, nem nunca mais gostosa, linda e instigante mulher em sua vida.

Não, era melhor ficar calado, esperar mais um pouco, porque se nada tem sentido, pois se parece mais um pesadelo, Ela tem que aparecer ou o pesadelo termina e ele acorda.

Decidiu ficar quieto, tentando chamar atenção o mínimo possível, embora fosse um pouco difícil, vestido como estava, embora uma Rodoviária seja um espetáculo de tipos exóticos.

Olhou adiante, lá mais perto do banheiro, onde Ela pediu que ele ficasse, e resolveu ir para lá. Será que Ela não está em outro local apenas aguardando que ele vá ao ponto de encontro para aparecer?

Não foi para lá logo que chegou porque ficaria muito exposto. Muita gente vai ao banheiro, ele ficaria bem na passagem.

Resolveu sentar-se ao lado de um casal de jovens. Ela, uma morena novinha, de uns 18 anos, mais ou menos, Ele, mais velho, 25, 26 anos, muito magro e cabeludo.

Ele com uma mochila pequena e Ela com uma mala enorme, como costumam usar as mulheres.

Mas, ao sentar-se ao lado deles, que nem perceberam sua presença exótica, o casal se levantou e saiu, Vamos descer que está na hora de pegar o ônibus, a menina disse.

Ficou de costas para o banheiro e de frente para os que se dirigiam para lá, e tratou de abaixar a cabeça e procurar a posição mais neutra possível, que não denunciasse seu estranho figurino.

Alguma coisa incomodava seu pé direito. Olhou e viu um daqueles plásticos de lacre ainda presos na sandália nova e se abaixou para retirá-lo, quando percebeu, bem debaixo de sua cadeira, o que parecia ser um baseado de bom tamanho, maior que um cigarro comum.

Olhou para um lado e outro, ninguém estava olhando, e tratou de pegar o baseado o mais rápido possível. Pensou, que sorte, imagina se a polícia passa por ali e o vê vestido de mulher com um baseado sob o banco... “Cantor e compositor famoso na década passada aparece na Rodoviária vestido de mulher com um baseado debaixo do banco”.

Ficou com o baseado na mão. Resolveu colocá-lo num bolso que descobriu no vestido.

Mas havia algo no bolso. Era a carteira de identidade dela. Só que Ela estava com os cabelos bem curtinhos e pretos, não castanhos e compridos como hoje.

Havia também umas notas, uma quantidade razoável de dinheiro em notas de grande valor e novas, que Ela devia ter esquecido ali, ou deixado de propósito.

Sorri com a informação do nome dela, embora saiba que vai esquecê-lo logo, pois é terrível para lembrar nomes e rostos.

Era um nome agradável, e agora ele tinha como pensar nela com um nome e outro cabelo, outra cor de cabelo. Já era mais alguma coisa.

Porque já sabia que atira bem, tem um cheiro fresco e floral, de um perfume que ele ainda não havia sentido igual e que achou excitante.

Mas Ela não aparecia.

Meia hora depois de estar sentado ali começou a achar que Ela não iria aparecer e decidiu então relaxar. Resolveu aproveitar o dinheiro para ir até o banheiro e fumar um pouco do baseado para dar uma relaxada.

Não fumava desde a noite, quando chegara em casa meio bêbado e triste com a solidão do apartamento vazio e fumara um baseado. Ficou uma ponta, que ele não pôde pegar na fuga.

Agora resolve dar pelo menos uns tapas na presença deixada pelo casalzinho abençoado, que deus os proteja e façam boa viagem, ele pensa.

Paga ao homem que toma conta do banheiro e que estranhamente nem o olhou diferente vestido de mulher. Pensa que aquele homem dever ver vários tipos exóticos o dia todo, ele seria apenas mais um, embora com um vestidinho curto e florido.

Mas, antes de entrar no banheiro se lembra de que não tem fogo para acender o baseado e seria atrevimento pedi-lo ao porteiro. Vai ao bar perto e pede fósforos. É obrigado a comprar um isqueiro.

Finalmente dentro do banheiro grande da Rodoviária, ele se dirige ao fundo do corredor.

Não pensa em entrar em um dos boxes, como se fosse cagar, prefere usar o velho truque dos mágicos, fazer às claras o que não quer que ninguém perceba.

Acende o baseado e o gosto é bom, o cheiro ótimo. Dá uma tragada profunda, segura a fumaça nos pulmões por um bom tempo e depois a exala pelo basculante.

Uau! O fumo é forte e parece que misturado com haxixe, o que o está deixando bem doidão. Está com a mão esquerda apoiada na parede e com a direita finge estar segurando o pau para mijar, mas segura na verdade o baseado.

Percebe que seu truque está certo quando o porteiro entra reclamando de quem está fumando maconha aí, porra. E começa a bater em cada um dos boxes fechados.

Abre aí!, ele diz num boxe trancado. O home diz Eu tô cagando. Você tá é fumando maconha. Vou chamar a polícia.

Ao ouvir a palavrinha mágica, polícia, ele percebe que é hora de parar com a brincadeira, apaga o baseado e o coloca no bolso do vestido.

Começa a sair do banheiro, quando percebe que está completamente doidão, com distorções visuais e sonoras.

Lembra-se do casalzinho e pensa que a molecada de hoje está pegando forte.

Anda como se estivesse flutuando, e começa a rir ao ouvir o homem gritar eu tô cagando porra!, e ri mais alto, mais alto, e sai.

Lá fora não vê ninguém, quer dizer, vê muita gente, mas não quem procurava encontrar, Ela. Há apenas, sentada no lugar onde estivera antes, uma mulher, com um lenço colorido na cabeça e cercada por sacolas de compras, com uns óculos escuros imensos no rosto, uma calça jeans, tênis e um casaco sobre o ombro, num dia de calor...

Só ao chegar mais perto percebe que é Ela, como é o nome mesmo? Esquecera. Lá está Ela e ele se sente mais próximo a Ela, mais íntimo, ao descobrir seu nome.

Oi, (mostra a carteira, lê o nome), fiquei pensando que você não viria.

Fica sabendo que aquele não era o nome dela, mas de uma irmã gêmea que tem. Mas Ela não se aprofunda no assunto, nem diz seu nome verdadeiro, e volta a ser Ela mesma, quando dá a ordem Vamos rápido porque estamos atrasados.

Ele não acreditou na história da irmã gêmea e não entendeu bem porque Ela estava escondendo o nome dele. Mas, logo, pensou: e se Ela tiver uma irmã gêmea mesmo? E parou de ficar pensando em besteira.

Mas, antes, mostra uma sacola plástica grande. Vista essas roupas, comprei pra você num brechó aqui.

Ele pensa em voltar ao banheiro, mas não acha boa ideia, está chapadão, e veste a calça no corredor mesmo, tira o vestido, coloca a camisa jeans de manga comprida, tem até um tênis.

Sacode o vestido e a sandália na sacola, mas, antes, retira o baseado e o isqueiro e os coloca no bolso da camisa.

Sente um desconforto no bolso de trás da calça, quando se senta para calçar o tênis. Verifica o que é: uma carteira, com cartões de crédito, identidade.

Alguém esqueceu de tirar no brechó, ele diz. Ela diz a ele para jogar a carteira no cesto de lixo que há por perto, como se fosse a coisa mais natural a fazer. Sem nenhum comentário, preocupada em retirar as passagens da bolsa e falar vamos ou perdemos o ônibus.

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