Diretor do WikiLeaks diz que prisão de Assange mostra que EUA podem perseguir qualquer jornalista do mundo


O diretor do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson declarou nesta sexta que a manutenção da prisão de Julian Assange é sinal do risco que corre qualquer jornalista do mundo, caso publique algo que vá contra os interesses dos Estados Unidos.
"Mesmo que Julian seja libertado, isso não acabará com o perigo que pesa sobre todos os jornalistas do mundo", disse Hrafnsson.

Se um jornalista “decidir fazer reportagens sobre questões de segurança nacional que os Estados Unidos considerem ser contra seus interesses, eles podem ser caçados a qualquer momento, em qualquer parte do mundo”, argumentou.

O diretor do WikiLeaks também enfatizou que se Assange for extraditado, ele não se beneficiará das proteções legais concedidas pela Constituição dos Estados Unidos aos cidadãos daquele país.

“É assustador para todos nós que não temos passaporte estadunidense. Este tipo de mensagem é enviada deliberadamente para colocar restrições a todos os jornalistas não estadunidenses no mundo e dizer-lhes que devem parar de reportar sobre certos assuntos”, disse Hrafnsson. (AFP)
Por haver divulgado ao mundo documentos com crimes de guerra dos Estados Unidos e aliados, Julian Assange não é um homem livre desde dezembro de 2010. Primeiro teve que se exilar na embaixada do Equador, em Londres. Depois, entregue aos EUA pelo presidente Lenin Moreno em troca de ajuda econômica, Assange se encontra preso em Londres, sem julgamento, aguardando a confirmação de sua não extradição aos Estados Unidos, que foi decida em janeiro deste ano para finalmente voltar a ser um homem livre.
 
Devido às restrições, Assange não tem encontro presencial com a mulher Stella Moris e os dois filhos pequenos, Gabriel e Max.



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