Caso Joice Hasselmann lembra o da agressão a Garotinho na cadeia, que ninguém acreditou mas se revelou verdadeira

Esta semana a deputada federal Joice Hasselmann apareceu com o rosto todo machucado, dizendo que estava com cinco fraturas na face, um dente quebrado e também fratura nas costelas. Que não sabe o que aconteceu, sofreu um apagão e acordou assim. O marido estava em casa, mas ela descartou que ele fosse o responsável pelas agressões. 
 
A deputada disse ser vítima de um atentado, após ter mudado de lado, de defensora de Bolsonaro para crítica do presidente, de quem, recentemente, levantou suspeita a respeito do caso da facada em Juiz de Fora. Segundo Joice, 15 dias antes do atentado Bolsonaro havia lhe dito que se tomasse uma facada venceria a eleição.
 
Dada a atuação midiática da deputada, o caso tem sido tratado com desconfiança até por lideranças feministas, que dizem acreditar nas palavras dela, mas com um pé atrás. Já a turma de Bolsonaro nas redes ataca Joice diariamente, chegando a produzir um falso vídeo de uma suposta câmera interna que mostraria que Joice teria se auto-agredido. 

O caso me lembrou outro, de 2017, em que o ex-governador do Rio Anthony Garotinho denunciou ter sofrido agressões quando estava preso no presídio de Benfica por um processo do qual acabou absolvido.

Garotinho disse que um homem invadiu sua cela de madrugada e o agrediu com um porrete no joelho. Suspeitava que o homem tivesse agido a mando de Sergio Cabral e do ex-presidente da Assembleia do Rio Jorge Picciani, que estavam presos na mesma prisão de Benfica por crimes denunciados por Garotinho.

Assim como agora com Joice, Garotinho foi até ridicularizado por muitos, que deram sua história como fantasiosa. Mas, agora, investigações apontam que houve a agressão e até o nome do agressor, um policial militar do Rio de Janeiro, como mostra esta reportagem do SBT, Rio, que publico a seguir. 
 
O mesmo vai acontecer com Joice? Quem não se recorda do caso do porteiro do condomínio de Bolsonaro na Barra, que disse que quem autorizou a entrada do motorista do assassinato de Marielle havia sido o próprio Bolsonaro? E repetiu a informação por duas vezes. Após pressão da PF de Moro, a mando de Bolsonaro, o porteiro, que trabalhava há anos no prédio, disse que se confundiu.

Devemos sempre acreditar nas palavras das vítimas, até que provas mostrem o contrário, se for o caso.

Assista à reportagem sobre a agressão a Garotinho e o resultado da investigação. Na época, o caso ficou nas primeiras páginas por dias. A confirmação da agressão rendeu apenas esta reportagem do SBT.







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