Solução não é isolar a África; é acolhê-la e vaciná-la


Quase dois anos de pandemia e não aprendemos nada. Com o surgimento de uma nova cepa do coronavírus na África do Sul, ômicron, o mundo reage como reagimos com os moradores de rua, os loucos, os deserdados — a solução é tirá-los de perto.
 
Até o Brasil bolsonaro, que aceita visitantes sem vacina de qualquer parte do mundo, declarou que vai fechar fronteiras para visitantes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
 
Não vai resolver o problema, vai só adiá-lo, é claro. Porque o coronavírus que causa a COVID é um problema mundial. Enquanto o mundo não estiver pelo menos 80% vacinado, a ameaça de novas cepas, que podem tornar as vacinas atuais inúteis, vai prosseguir.
 
Números recentes, de há dois meses, indicam que apenas 3,5% da população do continente africano está com a vacinação completa [G1].
 
A solução, óbvia, é vaciná-los. Ou então seguir alimentando a corrupção de respiradores superfaturados, hospitais de emergência sem concorrência, ao redor do mundo.
 
E mortes. Centenas. Milhares. Centenas de milhares.
 
A solução é mundial ou não é solução.





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