Ucrânia inverte frase de Marx: lá, a história se repete, a primeira vez como farsa, a segunda como tragédia


A famosa frase de Karl Marx em complemento a Hegel é “a história do mundo ocorre, por assim dizer, duas vezes: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Volodymyr Zelensky, o comediante que virou presidente da Ucrânia inverteu a frase. O que começou como uma farsa pode transformar em tragédia para o povo ucraniano.

Zelensky é um comediante muito popular na Ucrânia, que fazia sátira de políticos. Em seu programa, ele se lançou candidato e virou presidente, prometendo uma nova política, sem corrupção etc., talquei?

Não satisfeito em virar presidente em seu programa de humor, Zelensky aproveitou a popularidade e se candidatou a presidente com o mesmo discurso do comediante. E se elegeu.

Que ele não abandonou a veia de comediante fica claro na resposta no Twitter oficial da Ucrânia ao envio de tropas russo: a charge que ilustra a postagem em que Hitler acaricia Putin, como que aprovando a decisão russa.

No entanto, Zelensky é que é fortemente apoiado por grupos neonazistas, capitaneado pelo "Movimento Azov, organização paramilitar integrada por células neonazistas e acusadas de crime de guerra nos confrontos na região separatista de Donbas. Tortura, saques, estupros, limpeza étnica e perseguição a judeus e homossexuais são alguns dos delitos atribuídos ao movimento".

O Azov é a principal força de resistência nas bordas da região separatista de Donbas. O local é palco dos confrontos no extremo-leste ucraniano, onde dois territórios se declaram independentes, a República de Donestk e a República de Lugansk, reconhecidas por Putin na terça-feira 22. O Azov arma e treina ucranianos na região de Mauripol e arredores, na cidade litorânea retomada dos separatistas, os integrantes do grupo são tratados como heróis. [CartaCapital]
O Azov usa ostensivamente a suástica nazista. É a eles que se referiu Putin em trecho do seu discurso em que explicou o envio de tropas à região:
"As repúblicas do Donbass nos procuraram e pediram ajuda. O objetivo [da "operação militar especial] é proteger o povo do abuso e do genocídio a que ele vem sido submetido pelo regime de Kiev. Para isso, vamos buscar desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, e levar à justiça aqueles que cometeram numerosos crimes sangrentos contra um povo pacífico, incluindo cidadãos russos", disse Putin. [Folha]

É parte da verdade, mas não é a verdade toda. Porque o interesse principal de Putin é de não permitir o ingresso da Ucrânia na União Europeia e, principalmente, na OTAN, o que praticamente cercaria a Rússia de exércitos aliados dos EUA.

Repare no gráfico abaixo, como a Rússia vem sendo cercada pela OTAN, com novos membros sendo acrescentados desde o fim da antiga União Soviética.



Putin age agora como os Estados Uniram na década de 1960 com chamada Crise dos mísseis de Cuba. Os EUA ameaçaram guerra total caso os mísseis soviéticos fossem colocados em Cuba, a menos de 150 km da fronteira de Miami.

É o que Putin está fazendo agora.

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