Por que um almirante aceitou agir como um contrabandista de joias? 3 hipóteses

Por que o almirante Bento Albuquerque, à época ministro das Minas e Energia de Bolsonaro, arriscou sua reputação ao tentar entrar no país com joias destinadas ao presidente sem declará-las à Receita, como um contrabandista?

São três as hipóteses possíveis:

1. As joias não eram para Bolsonaro, mas para ele mesmo. Por tudo o que se sabe até o momento, é uma hipótese falsa.

2. Como todo oficial militar brasileiro (e almirante é topo de carreira na Marinha, a mais bolsonarista das Forças), o almirante Bento é arrogante e se julga superior aos civis; logo, calculou que a Alfândega não se atreveria a barrá-lo nem a seu ajudante, que carregava o estojo com R$16,5 milhões em joias. É uma hipótese viável.

3. O almirante teria recebido ordem do presidente Bolsonaro para agir assim. Como militar, obediente à hierarquia, mesmo sabendo que ela não vale para ordem absurda ou ilegal (o caso),  o almirante apenas cumpriu a ordem.

Bento Albuquerque vai depor à Polícia Federal na próxima terça-feira, 14. Vamos ver o que ele vai declarar, se uma das três ou uma outra.
 
De qualquer modo, é difícil entender o que leva um oficial altamente graduado a agir assim. A não ser uma deterioração das Forças provocada por Bolsonaro ou que o governo Bolsonaro expôs ao Brasil.


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