A garota que levou A Garota de Ipanema para o mundo morreu nesta segunda, dia 5, na Filadelfia, EUA, onde morava.
Astrud Evangelina Weinert nasceu em Salvador em 1940 e foi morar com a família ainda criança no Rio de Janeiro, onde cresceu. Sempre se interessou por música. Em 1959, ela se casou com João Gilberto, de quem adotou o sobrenome.
No Rio de Janeiro, participou de apresentações ao lado do marido e de artistas como Nara Leão, Johnny Alf e Elza Soares, entre outros. Uma delas foi “A noite do amor do sorriso da flor”, no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, em 1960. A cidade influenciou a musicalidade e o trabalho de Astrud.
Em 1963, morando em Nova York, participou do álbum “Getz/ Gilberto”, de João Gilberto e o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim.
O álbum foi um sucesso estrondoso e conquistou o Grammy de Álbum do Ano e de Gravação do Ano, com Garota de Ipanema, em 1965. Ela chegou a concorrer a artista revelação, que perdeu para The Beatles, e Melhor Performance Feminina, que perdeu para Barbra Streisand.
Astrud e João Gilberto se separaram pouco depois do álbum que a consagrou internacionalmente, mas a intérprete seguiu a carreira com apresentações no Brasil e no exterior.
A artista realizou uma série de turnês no exterior, sempre levando a musicalidade do país para todo o planeta. Ao longo do tempo, o trabalho de Astrud se tornou cada vez mais autoral.
Em abril de 2002, Astrud Gilberto foi indicada para o "International Latin Music Hall of Fame".
Influenciando as novas gerações, a artista foi apontada pela cantora Billie Eilish como uma de suas principais influências. [G1]
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