Ida de Mauro Cid fardado e silencioso à CPMI mostra que Exército só não tentou o golpe porque EUA não autorizaram

Para prestar depoimento à CPMI do Congresso Nacional o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do criminoso condenado, compareceu fardado, segundo informações do próprio Exército, seguindo recomendações do Comando. Nelas estava incluída também a mordaça, que fez com que Cid não respondesse nem qual a data de seu aniversário?

Além da farda, com a evidente mensagem de "vocês sabem com quem estão falando, um oficial do Exército"?, o silêncio absoluto de Cid foi eloquente e mostra que ele teria muito a falar, já que era a ponte entre o criminoso condenado e as FFAA, mas deve permanecer calado, porque hoje está claríssimo que o envolvimento do alto escalão das FFAA seria muito maior do que o que vem sendo divulgado e o golpe só não aconteceu porque os Estados Unidos não autorizaram.

Segundo reportagem do Financial Times, "o departamento de estado e o comando militar dos EUA disseram que iriam romper os acordos [militares] com o Brasil, desde o treinamento até outros tipos de operações conjuntas”.

Como disse o general Pazuello: "é simples assim: um manda e o outro obedece". Ele estava se referindo ao então presidente, mas serve muito bem como comparativo da relação do nosso Exército frente ao dos EUA.

Não podemos nos iludir: com a posição independente que o Brasil está assumindo, a qualquer momento o governo dos EUA pode virar a chave.

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