Alexandre de Moraes homologa delação premiada e libera Mauro Cid. O galo está quase no ponto


No Dia dos Pais publiquei aqui a receita do Galo a Alexandre de Moraes. Hoje, o ministro Alexandre de Moraes homologou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e concedeu sua liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica. Sinal de que o famoso galo já está quase pronto. 

Para quem não leu, publico trecho com a receita:

A receita vem do ministro do STF e ainda presidente do TSE, Alexandre de Moraes. É o famoso Galo a Alexandre de Moraes.

Vou logo avisando que a receita é demorada, mas, como já disse anteriormente, o resultado é delicioso, de lavar a alma.

O galo já vem sendo cozido por Alexandre de Moraes há uns dois anos. Em 7 de setembro de 2021, após o galo cantar de galo, Alexandre, sem que ninguém soubesse, nos bastidores da cozinha, depenou o galo e colocou-o para cozinhar em fogo baixo. Mas, antes, tostou-o ainda inteiro no fogo para tirar resquícios de pena — 30 ou mais anos.

O galo, deve-se avisar, é cozido com a cabeça. Embora seja pequena e de cérebro irrelevante e nauseabundo, ela é fundamental para a feitura do prato, já que, quando a cabeça do galo está totalmente cozida e ele não canta mais, o prato está pronto.

Sabendo disso, Alexandre de Moraes vem o tempo todo acompanhando o lento processo de cocção do galo, deixando-o cocoricar, pois sabe que, quanto mais cocorica, mais saborosa a refeição fica.

Difícil para o ministro é controlar a pressa dos comensais (o povo brasileiro), que não aguentam mais o cocoricar do galo e querem que o ministro coloque um ponto final na receita.

Mas, aqui entra a parte boa da notícia. O ministro viu num Rolex de ouro com diamantes que a hora do galo ficar pronto está próxima. O ponto certo, ensina Alexandre de Moraes, é aquele em que a maioria dos defensores da liberdade do galo aceitam seu destino sem dar um pio, quando os comensais poderão enfim se deliciar.

O ministro sabe que o Brasil inteiro vive essa ansiedade.

— Eu também — diz o ministro. Não vejo a hora de executar esse galo. Vai valer a pena. 

A delação de Mauro Cid é o toque do chef na finalização do prato para a Papuda.

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