A guerra assimétrica entre Israel — um dos mais bem equipados e treinados exércitos do mundo e que possui armas nucleares — e o povo palestino está tirando do foco as acusações de corrupção que pesam contra o primeiro-ministro e todo poderoso Benjamim "Bibi" Netanyahu.
Numa delas, "Netanyahu foi acusado de suborno, fraude e abuso de confiança. Alega-se que ele aprovou decisões regulatórias que favoreciam uma empresa líder em telecomunicações, em troca de uma cobertura favorável". [BBC]
Além dessas acusações, Netanyahu enfrenta a fúria de parte da população desde os ataques do Hamas, que mostraram que o muro de proteção de Israel não é inexpugnável como se dizia e que o serviço secreto do país, de que tanto se vangloriam, falhou feio ao não prever o ataque há uma semana.
Políticos ligados a ele têm sido alvo de protestos no país e responsabilizados pelos confrontos que resultaram em mais de 1.300 mortes do lado israelense. Após a declaração de guerra contra o Hamas, no último sábado (7), ministros do partido do líder de extrema direita, o Likud, têm sido hostilizados em hospitais onde pessoas feridas recebem atendimentos, além de outros espaços. Uma pesquisa publicada pelo jornal Jerusalém Post revelou que 56% da população quer a renúncia do atual presidente. [Brasil de Fato]
Mas os protestos contra Netanyahu não são apenas em Israel. Londres, Paris, até aqui no Brasil há manifestações em favor da Palestina.
No mundo árabe multidões vão às ruas contra Israel e em favor da Palestina.
Por isso a guerra total, o extermínio de palestinos e a destruição de Gaza são também tentativas de Netanyahu de limpar sua imagem.
Mesmo que nesta guerra David seja o imenso gigante e o pequeno David esteja do outro lado.