Israel implode Universidade Palestina em Gaza, maior prova de que seu alvo é o povo palestino

Desde o início da guerra que declarou ao Hamas, após os ataques de 7 de outubro, Israel traveste sua manobra genocida de "direito de resposta" e afirma que não tem intenção de atingir civis nem de destruir ou ocupar Gaza. Seu foco seria tão somente libertar os reféns e neutralizar o Hamas.

Os fatos desmentem Israel cotidianamente. Mas, para Israel, seus aliados, a mídia corporativa ocidental, se os fatos desmentem Israel, pior para os fatos. Se civis foram atingidos (e já foram mortos pelas Forças Armadas de Israel mais de 24 mil palestinos, 70% deles mulheres e crianças, sendo 40% crianças — o que dá quase 10 mil crianças assassinadas) é porque não teriam seguido as ordens de Israel para evacuar a área.

Destruição de escolas, mesquitas, igrejas, hospitais, ambulâncias, a desculpa é sempre a mesma: ali estavam escondidos "terroristas do Hamas".

Mas, agora, com a imagem da implosão da Universidade Palestina em Gaza, a desculpa de Israel cai por terra junto com a destruição da Universidade.

Para haver a implosão, há a necessidade de toda uma preparação pelas Forças israelenses, o que é prova de que não havia gente do Hamas ali.

A destruição da Universidade é parte do verdadeiro plano de Israel, que é expulsar e tornar impossível o retorno dos palestinos a Gaza, pois Gaza, como Itabira no poema de Drummond, será "apenas uma fotografia na parede". É terra arrasada.

Li que apenas para a remoção dos entulhos da área serão necessários sete anos. Imagine reconstruir tudo. Casa por casa. Prédio por prédio. Escola por escola, hospital por hospital.

Se o massacre cessar hoje, Israel voltar para casa e falar "podem voltar", os palestinos vão voltar para onde?

Esse é o tamanho do desastre humanitário, uma nova Nakba que Israel está infringindo aos palestinos, à vista de todos. Impunemente, até o momento.

Mas o custo para a imagem de Israel aos olhos do mundo é imenso. A justa solidariedade que a humanidade emprestou aos judeus pelo Holocausto, Israel está jogando no chão, junto aos destroços de Gaza, a ruína da Universidade implodida — junto com a imagem de Israel.




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