A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o filho 04 de Jair Bolsonaro, Jair Renan, por três crimes: falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia publicada no G1, Jair Renan teria falsificado a movimentação bancária de uma firma de sua propriedade à época dos crimes, a fim de obter melhores taxas bancárias para um empréstimo.
Segundo o relatório da investigação, enviado à Justiça do DF no último dia 8, Jair Renan e Maciel Alves falsificaram quatro relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, à época pertencente ao filho do ex-presidente. A fraude foi feita para apontar um faturamento que nunca existiu na empresa — de R$ 4,6 milhões no período de um ano, entre 2021 e 2022.
Com esses números falsos, Jair Renan e Maciel Alves buscavam lastro para um empréstimo bancário.
O valor inicial do empréstimo foi de R$ 157 mil. A este se somaram outros dois, usados para pagar os anteriores, fazendo uma bola de neve. A dívida da empresa de Jair Renan com o banco Santander em dezembro de 2023 estava em R$ 360.241,11, de acordo com a investigação.
Como costuma fazer o pai, Jair Renan negou as evidências, mas a Polícia Civil afirma que perícia atestou a veracidade de sua assinatura.
Além disso, a polícia afirmou que o banco apresentou provas de que Jair Renan autorização a efetivação do empréstimo por meio de sua biometria, conforme informou o banco.Segundo a Polícia, além dos três crimes pelos quais foi indiciado, há provas do cometimento de mais um por Jair Renan, o de estelionato, pelo não pagamento da dívida ao Santander, que entrou na Justiça solicitando a quitação do empréstimo.
O juiz João Batista Gonçalves da Silva, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios deu três dias para Jair Renan efetuar o pagamento, sob pena de ter suas contas bancárias bloqueadas.
