Juiz determina data da prisão do maior estrategista da extrema direita

Ele é considerado o homem por tás não apenas da vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos EUA em 2016 como na inesperada vitória do Brexit, que tirou o Reino Unido da União Europeia na votação de 2016.

Steve Bannon é adorado pela extrema direita e ídolo dos Bolsonaro, especialmente Eduardo, que recorreu aos conselhos do guru para tentar vencer as eleições em 2022.

Mas o guru da extrema direita, que considerava a disputa de Bolsonaro com Lula como a eleição mais importante do planeta, não foi suficiente para levar Bolsonaro à vitória. Mesmo com o maior esquema de corrupção eleitoral da história e com a Polícia Rodoviária Federal colocando carros para barrarem acesso de eleitores de Lula às urnas.


Bannon na prisão


Nesta quinta-feira, 6, o juiz federal Carl Nichols ordenou que o ex-assessor de Trump na Casa Branca, Steve Bannon, se apresente à prisão até 1º de julho para começar a cumprir uma sentença de quatro meses por desrespeito à convocação do Congresso.

Bannon teria que comparecer ao Congresso para esclarecer sua participação no 6 de janeiro de 2021, dia da invasão do Capitólio, quando simpatizantes de Trump tentaram impedir o anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

Na audiência de quinta-feira, o advogado de Bannon, David Schoen, reagiu com emoção à ordem de Nichols, e levantou-se alterado, no que foi criticado pelo juiz;



“Uma coisa que você precisa aprender como advogado é que, quando o juiz toma sua decisão, você não se levanta e começa a gritar”, disse Nichols, segundo a NBC News. “Já chega”, disse o juiz enquanto Schoen continuava falando.

O advogado respondeu: “Não estou gritando”.

E de um jeito que conhecemos bem no Brasil com Jair Bolsonaro, reclamou:

"Você está mandando para a prisão um homem que pensava estar cumprindo a lei, não fazemos isso no meu sistema”, disse Schoen, que argumentou que a decisão de Nichols era “contrária ao nosso sistema de justiça”.

A extrema direita se sente injustiçada porque julga ter direito a uma justiça só dela.

A choradeira do advogado de Bannon continuou do lado de fora.

Diante do tribunal, Schoen disse aos repórteres:


“A decisão está errada de muitas maneiras, é uma decisão horrível”.


Steve Bannon ainda pode recorrer. Mas, recentemente, um outro assessor de Donald Trump — Peter Navarro —, condenado pela mesma acusação feita a Bannon, recorreu à Suprema Corte e não teve seu pedido acolhido. Navarro cumpre seus quatro meses numa prisão federal.

Mesmo destino que aguarda Steve Bannon.

Provavelmente a contabilidade da Câmara já deve estar separando dinheiro para passagens aos EUA, estadia e seguranças de Eduardo Bolsonaro e outros deputados da extrema direita para uma visita ao guru na prisão.



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