Míriam Leitão erra feio sobre Moraes e Musk e ator Pedro Cardoso vai na veia

A jornalista Míriam Leitão erra feio em sua coluna publicada em O Globo, a começar pelo título, que, no entanto, é fiel ao pensamento que ela desenvolve no texto:



Chamar de briga o ato de desobediência de um bilionário fascista, narcisista e megalomaníaco que teima em desrespeitar as leis e em última análise o Brasil é erro feio.

Na coluna, ela até reconhece o cerne do problema em dois parágrafos, mas sua preocupação maior é com a Starlink, rede de satélites de comunicação do bilionário e seus clientes no Brasil; em especial, e vergonhosamente, nossas Forças Armadas, que podem ficar sem comunicação caso Musk resolva cortar a Starlink do Brasil em resposta.

Suspender uma rede social é o de menos. Já aconteceu em outros países, é muito ruim para quem gosta do X, mas há outras. O problema é que Musk preferiu transformar o antigo Twitter numa terra sem lei, onde podem, por exemplo, acontecer ameaças de morte, ou apologia de ódios a grupos de pessoas, sem que haja qualquer tipo de moderação por parte da plataforma. Musk respeita leis em outros países, mas as desrespeita no Brasil. Sem representantes, sem moderação, sem respeito a ordens judiciais.

O grande problema no Brasil é que o Legislativo permite que isso permaneça porque o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criou um grupo de trabalho para analisar um tema que já tinha tramitado em parte no relatório do deputado Orlando Silva. Assim ficou engavetado um tema da maior relevância: a regulação das redes sociais no Brasil. O Judiciário ficou sozinho nesse enfrentamento das plataformas em que é urgente ter uma regulação. A quem interessa não ter esses parâmetros votados: aos produtores de fake news e aos interessados em usar a internet para manipulação do processo democrático.

Em seu perfil no Instagram, o ator Pedro Cardoso pôs o debate em seu devido lugar [Brasil em minúsculas é opção autoral do ator]:

 

Venho ponderar sobre a armadilha intelectual que pode, talvez, haver na chamada da coluna de Míriam em O Globo de hoje. Primeiro: a “briga entre Moraes x Musk” não é uma BRIGA e não são duas PESSOAS que estariam brigando. 

O que se passa é uma DESOBEDIÊNCIA de uma empresa a uma ordem judicial - legal! - do STF de um país soberano. Ao ser anunciada como “briga” pessoal de Morais induzi-se o leitor a uma inverdade. Inverdade esta que é justamente a propagada pela extrema-direita brasileira. 

Outro ponto é anunciar para o futuro que a tal “briga” coloca o brasil em risco de “cair na armadilha do dono do X”. 

O brasil JÁ CAIU nessa armadilha; e está dela tentando se libertar; essa é a verdade. Ao ler na coluna dela que o exército brasileiro faz uso dos serviços de tráfego de dados da empresa de Musk fiquei aterrorizado. Como então a nossa defesa é dependente de uma empresa privada estadunidense? Existe armadilha mais evidente do que esta? 

Obrigar as empresas que operam no brasil a seguirem nossa lei não é expor-nos ao risco de armadilhas. É o oposto: É justa tentativa de nos livrarmos da armadilha que já caímos ao nos deixarmos dependentes para atividades essenciais da contemporaneidade de tecnologia e parque industrial que não dominamos e não possuímos. 

E razão não há para que brasileiros não nos determinemos a dominar TUDO o que necessitamos. Por mim, melhor um correio mecânico que seja nosso do que um correio eletrônico que é estrangeiro. 

O que é nosso, nos serve; e servirá até que tenhamos, por nós sozinhos ou em acordo justo com outros, desenvolvido em nossa casa possibilidades outras de comunicação. 

Lembremos de Messias Jair batendo continência para bandeira estadunidense! 

A armadilha na qual estamos é a que recorrentemente caímos: a de vender pedaços do nosso chão em lugar de nos empenharmos no trabalho intelectual de desenvolver conhecimento futuro: tecnologia e ideologia. 

A chamada para a matéria de Míriam induz o leitor a uma compreensão equivocada da realidade; isso na minha muito particular opinião. Posso estar errado. Mas, penso: Está em disputa a soberania democrática e a autoestima da nacionalidade brasileira que ainda se esboça.



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Lira mexeu com o cara errado e Glauber denuncia na Câmara podres do presidente

A abertura do processo na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara contra o deputado Glauber Braga pode ter sido um erro de cálculo tão grande do presidente da Câmara Arthur Lira quanto o que ele cometeu ao botar em julgamento o processo de urgência para o PL do Estupro, quando o mundo caiu sobre sua cabeça.

Em vez de recuar e tentar uma posição conciliadora que pudesse melhorar sua situação, Glauber Braga resolveu partir para o ataque. 

Em sua defesa, o deputado acusou diretamente o presidente da Câmara Arthur Lira, a quem chamou de bandido, de trabalhar pela sua condenação e perda de mandato, já que o deputado é dos poucos que tem coragem de enfrentá-lo.

Ganhou o apoio da ex-mulher de Lira, Jullyene Lins, que compartilhou sua denúncia na rede X.

Mas Glauber resolveu ir além e denunciar Lira por sonegar a propriedade de fazendas em sua declaração à Justiça Eleitoral, o que pode custar o mandato parlamentar do presidente da Câmara.

"Nós estamos falando de milhões de reais não declarados à Justiça Eleitoral. Temos um bandido sentado  na presidência da Câmara."

São as mesmas fazendas que Jullyene Lins diz ter provas de que são de propriedade de Lira e pede para ser recebida na Câmara para apresentá-las oficialmente, sem sucesso até o momento.

A equipe de Glauber postou na rede X as denúncias do deputado.



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Quem é Arthur Lira?


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Céllus e o Brasil aloprado


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Ameaçado, Glauber Braga parte pra cima de Lira e ex-mulher compartilha

Nesta quarta, dia 28, a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar começou o processo do deputado Glauber Braga, acusado de agressão a um membro do MBL. Em sua defesa, o deputado denunciou que havia uma armação para cassá-lo e que essa armação era comandada pelo presidente da Câmara Arthur Lira.

O processo contra Glauber foi por expulsar da Câmara um ativista do MBL que o assediou na Câmara a ponto de ofender a mãe do deputado. Relembre.



Ontem, em sua defesa, Glauber Braga acusou diretamente o presidente da Câmara Arthur Lira, a quem chamou de bandido, de trabalhar pela sua condenação e perda de mandato, já que o deputado é dos poucos que tem coragem de enfrentá-lo.

A coragem do deputado ganhou apoio da ex-mulher de Artur Lira, Jullyene Lins, que diz ter provas de inúmeros crimes do presidente da Câmara e praticamente implora para ser ouvida pelos deputados, sem sucesso.

Em seu perfil na rede X, antigo Twitter, Jullyene enalteceu a coragem de Glauber Braga e repostou sua fala. Jullyene usou caixa alta no texto, o que na linguagem do X significa gritar:

 

NÃO ESTOU ME IMPORTANDO COM PARTIDO, TENHO SIDO PERSEGUIDA DIA APÓS DIA, E SÓ VEJO COVARDES E MEDROSOS SE CURVANDO A ESSE ELEMENTO QUE AINDA ESTÁ PRESIDINDO A CÂMARA DOS DEPUTADOS NA FORÇA DA CHANTAGEM EXPLÍCITA! PARABÉNS PELA BRAVURA E CORAGEM @Glauber_Braga A CÂMARA DOS DEPUTADOS SE ELEVA NO QUESITO CORAGEM, BRAVURA E ISENÇÃO! CONTE COMIGO IRRESTRITAMENTE PARA LEVAR TODAS AS PROVAS NECESSÁRIAS PARA ENDOSSAR AS SUAS PALAVRAS!




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Por que Luciano Huck foi à Ucrânia entrevistar Zelensky? A resposta é inacreditável

Muita gente estranhou quando ontem foi publicada uma pequena entrevista do apresentador Luciano Huck com o presidente da Ucrânia Volodymr Zelensky.

O que estaria fazendo um animador de auditório entrevistando um humorista presidente? Viria por aí mais um reality show, agora tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia?

Por que não foi enviado um jornalista da emissora para realizar a entrevista?

Tudo ficou esclarecido esta manhã, quando o apresentador publicou em seu perfil no Instagram o motivo inacreditável que o levou a viajar à Ucrânia em meio a uma guerra fratricida (Rússia e Ucrânia são nações irmãs), em que já morreram do lado ucraniano 31 mil soldados, segundo Zelensky, ou entre 70 e 120 mil, segundo estimativas dos Estados Unidos.

O apresentador é neto de ucranianos e teria ido ao país "conhecer a terra de meus antepassados". 

Turismo em meio a uma guerra? Não, segundo o próprio apresentador, um documentário para o Globoplay. Business.

Mas quase a viagem do apresentador teve um trágico desfecho. Com aquele tradicional pé frio que já rendeu inúmeros memes nas redes, Huck chegou à Ucrânia na noite em que a Rússia fez o maior ataque ao país nos últimos tempos, com o lançamento de 200 mísseis e drones sobre Kiev, capital da Ucrânia, onde se encontrava.

Huck teve que passar a noite num abrigo antiaéreo.

Em busca do espetáculo, quase que o apresentador foi vítima da dura realidade da guerra.

Nesta segunda, a Ucrânia sofreu o mais duro bombardeio desde o início da invasão russa. Eu estava lá, acomodado em um abrigo antiaéreo na capital, Kiev, enquanto tudo acontecia. Foi uma das madrugadas mais tensas da minha vida. O que me levou até a Ucrânia foi o desejo de conhecer a terra de meus antepassados, ver de perto as barbaridades da guerra e escutar com atenção as pessoas que vivem esse conflito. Poucas horas depois do ataque de mísseis e drones, eu tive o privilégio de conversar com o presidente Volodymyr Zelensky sobre sua vida, liderança, perspectivas de um acordo de paz e a relação com o Brasil. Hoje um trecho dessa entrevista sai no jornal O Globo. A íntegra fará parte de um documentário no Globoplay, em breve.





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Diniz, técnico do Flu e da seleção, campeão da Libertadores, olha onde foi parar

Fernando Diniz chegou como um raio ao futebol brasileiro. Arrojado, inovador, pensando "fora da caixinha", conquistou primeiro uma série de admiradores, antes de conseguir se destacar como técnico e ganhar títulos, como o da Libertadores e o da Recopa Sul-Americana, ambos pelo Fluminense.

Chegou então à seleção brasileira, inicialmente para um mandato tampão, enquanto se aguardava a possível chegada de Ancelotti, que acabou não vindo. 

No entanto, com uma campanha desastrosa pela seleção, Diniz foi demitido. Em seguida, demitido também do Fluminense, onde só acumulava resultados ruins no Brasileirão, com apenas uma vitória em 11 rodadas.

Diniz foi escolhido Melhor Treinador do Campeonato Paulista 2016, Melhor Treinador do Campeonato Carioca 2019 e 2023, Melhor Treinador da Copa Libertadores da América 2023, Treinador Sul-Americano do Ano (El País): 2023 e 5º Melhor Treinador do Mundo pela IFFHS 2023.

E agora, por onde anda Fernando Diniz? 

Na Rede X, uma postagem informa que Diniz está treinando o time da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.



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Bira Dantas e os incendiários


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Aroeira e o homem tocha que quer incendiar o país


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5 esfaqueados, 235 presos, 35 policiais feridos num lugar chamado Notting Hill

Terminou nesta segunda-feira com o saldo nada saudável descrito no título, o carnaval de Notting Hill, local tornado famoso no filme com Julia Roberts e Hugh Grant, "Um lugar chamado Notting Hill".

Um dos bairros mais charmosos e descolados de Londres, Notting Hill tem desde 1996 um Carnaval nessa época, em homenagem à cultura caribenha. 

Neste ano a festa estava transcorrendo normalmente, mesmo diante dos últimos acontecimentos que abalaram o Reino Unido com eventos violentos da extrema direita, voltados principalmente contra imigrantes. 

Mas nesta segunda, no último dia, cinco pessoas foram esfaqueadas e 230 presas. Entre os detidos, 49 por posse de arma ofensiva, 37 por agressão a um funcionário do serviço de emergência e oito por agressão sexual, segundo a polícia local.

Em relação às pessoas esfaqueadas, duas delas permanecem em estado grave , enquanto 35 policiais ficaram feridos na segunda-feira. 

O subcomissário assistente da polícia, Ade Adelekan, responsável pela operação do carnaval, explicou que a “grande maioria” dos participantes veio a Notting Hill para se divertir, mas que foi “marcada por uma violência inaceitável”.

“O Carnaval é um evento comunitário e a grande maioria das pessoas vem para festejar, dançar, desfrutar de música e viver uma experiência fantástica. É responsabilidade de todos aqueles que valorizam este acontecimento, que querem vê-lo como a celebração que deve ser, levantar a voz e denunciar a violência”.

Desde 1996, e exceto pela pausa devido à pandemia, o evento celebra a cultura caribenha, mais de 70 anos depois que os primeiros imigrantes caribenhos do pós-guerra começaram a chegar à Inglaterra.

Não há notícia da presença de William Thacker, o livreiro vivido por Hugh Grant, e da mega estrela de Hollywood Anna Scott, interpretada por Julia Roberts, com o(a) filho(a) do casal (na última cena do filme Ana estava grávida) no Carnaval caribenho de Notting Hill, que saiu de um filme romântico das telas de cinema para as páginas policiais.

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Nando Motta e a farra do agro com o Brasil em chamas


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Terremoto em Portugal. O que é escala Richter e quando devemos nos preocupar

Madrugada no Brasil (1h11), amanhecendo em Portugal (5h11), Lisboa foi despertada por um terremoto de 5,4 (corrigidos) na escala Richter.

De intensidade moderada, o epicentro do tremor, de acordo com os principais centros de monitoramento sismológicos de vários países, foi a 87 km da costa portuguesa, na direção da cidade de Sines, que fica 80 km ao sul de Lisboa, e a uma profundidade de 19 km.

O tremor fez também com que as emissoras de TV do país iniciassem a programação antes do previsto, mostrando a repercussão do fato. As informações ainda são muito preliminares, mas as autoridades afirmam que não teriam ocorrido danos mais significativos, como desabamentos, tampouco registro de feridos.

Escala Richter 

Em primeiro lugar, o terremoto que abalou Portugal, o sul de Espanha e o norte de Marrocos não é considerado grave . Na verdade, o fato de ter sido determinada uma magnitude de 5,4 na Escala Richter o classifica como um moderado. E o fato de o seu epicentro estar nas profundezas do Oceano Atlântico, a 19 quilômetros de profundidade torna-o num movimento da Terra, felizmente, episódico.

Por que em outras ocasiões terremotos de menor magnitude causaram danos muito mais significativos? A "culpa" é de Charles Francis Richter, o criador da Escala Sismológica Richter. Esta métrica popular para determinar a magnitude dos terremotos não leva em consideração certos detalhes, dificultando a generalização dos seus dados.
 

Como funciona a Escala Richter

A escala Richter é uma escala logarítmica, portanto seus resultados crescem em relação a um logaritmo e não linearmente, detalhe que permite ser muito mais preciso.

A chave da Escala Richter é que ela mede a energia liberada por um terremoto. Sua fórmula utiliza os tempos e amplitudes das ondas coletadas por diferentes sismógrafos distribuídos ao redor do mundo em zonas de falhas. Conhecendo o logaritmo, um cálculo simples produz dados numéricos com decimais que determinam a magnitude do terremoto.

Ou seja, a Escala Richter determina a energia liberada, portanto dependendo de onde ela é liberada tem um efeito ou outro. No caso de Portugal, o epicentro está longe da população, pelo que uma magnitude de 5,5 representa um ligeiro tremor. 

A métrica Richter tem um problema: ela não pode medir terremotos com magnitude superior a 6,8. O sismógrafo que foi utilizado para desenvolver a escala tinha suas limitações, pelo que a fórmula, embora bastante engenhosa e utilizada, não é válida em grandes terremotos.

Atualmente se utiliza a Escala de Magnitude do Momento, que é muito mais precisa e não se limita aos sismógrafos da época. Então, por que todo mundo fala sobre a Escala Richter quando há um terremoto? A explicação é muito simples: até magnitudes de 6,8 as escalas coincidem.

Portanto, é válido usar a Escala Richter para falar de terremotos com magnitude 4 ou 5,5, mas não para os mais graves que ultrapassam a cifra de 6,8. Mesmo assim, a popularização deste nome obrigou os meios de comunicação de todo o mundo a continuarem a utilizá-lo.
 

Qual magnitude é considerada grave?


Esta tabela mostra a gravidade das magnitudes.


Com informações do Hipertextual.


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