Num encontro com correligionários, o ex-presidente Jair Bolsonaro mostra que, pelo menos sem estar frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes, não perde a bazófia e o tom intimidador de um personagem autoritário.
Falando sobre a expectativa do depoimento que terá de prestar no STF, a partir de amanhã, como réu em vários crimes, o principal deles o de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Bolsonaro começou em tom messiânico e cheio de elipses para terminar em ameaça, inicialmente apenas no tom do discurso, mas potencializada no vídeo na rede X, que termina com música ameaçadora, daquelas que antecedem uma cena de violência no cinema.
É hora da verdade. E ela se fará presente, no meu entender, para o bem dessa grande nação, que é a terra prometida do Ocidente. Não faltarão (sic) entendimento entre nós. Não faltará a responsabilidade para cada um de como importante é a política. Agora nós ficamos muito tempo afastados da política. O mal cresceu. As cadeiras vazias foram ocupadas por pessoas más. Tentaram de tudo, sobrou a fumaça do golpe.
Vocês daqui nos fazem recarregar as baterias, nos faz (sic) sentirmos que estamos no caminho certo. Segunda, terça e quarta estarei no Supremo, ao vivo para as televisões, para responder, para falar o que aconteceu ao longo de meu mandato e do oito de janeiro
Temos um objetivo: liberdade aos presos políticos. E isso acontecerá mais cedo ou mais tarde![música ameaçadora]
Confira no vídeo publicado na rede X, de Elon Musk:
Vamos ver se Bolsonaro mantém toda essa valentia diante do ministro relator Alexandre de Moraes.
Ou será que Bolsonaro vai provocar o ministro para que Moraes acabe determinando sua prisão preventiva para que o filho fugitivo, deputado Eduardo Bolsonaro, tente incendiar a extrema direita dos Estados Unidos e conseguir alguma declaração de Trump?
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