Uma das mais bravas deputadas de esquerda, Erika Hilton subiu à Tribuna com um brilhante e fundamental discurso contra a extrema direita, que trai o país incentivando tarifaços e sanções do governo do criminoso condenado presidente dos Estados Unidos Donald Trump, extrema direita que paralisou os trabalhos do Congresso por 24 horas com pautas que são contrárias ao país, à democracia e ao povo brasileiro:
- Anistia para os golpistas;
- Impeachment do ministro so STF Alexandre de Moraes; e
- Fim do foro privilegiado.
Todas as medidas tendo como beneficiário comum o diversas vezes criminoso Jair Bolsonaro, ex-presidente que está para ser condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado, que incluía os assassinatos do presidente eleito, Lula, seu vice, Alçkmin, e do presidente do TSE à época, Alexandre de Moraes.
Não passarão.
A transcrição do discurso de Érika:
Bom, de fato nós estamos presenciando um verdadeiro escárnio e rebaixamento do Parlamento Brasileiro desde ontem. Eles voltam do recesso parlamentar, não querem trabalhar e querem obrigar todos nós a não trabalharmos junto com eles. Eles que passaram quatro anos batendo, desmontando, destruindo os direitos humanos, agora resolveram falar e lembrar que existem direitos humanos. Falar em ditadura. Ditadura é Vladimir Herzog, é Rubens Paiva, é Marighella. Isso sim é fruto da ditadura. Pessoas que foram perseguidas, torturadas, silenciadas, não tiveram direito ao processo legal, ao contraditório, à presunção da inocência. Isso sim é ditadura.
O que nós estamos presenciando neste país é uma resposta contundente, altiva e à altura daquilo que foi praticado no dia 8 de janeiro contra as instituições democráticas. Um plano organizado pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, não só para derrubar as instituições democráticas, mas pior, para matar o presidente Lula, para matar o vice-presidente, para matar ministro do Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente, que eu estava buscando aqui um breve relato da sua passagem na política, que era, que tinha frases como:
- "O erro da ditadura foi torturar e não matar".
- "Pela memória do coronel Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff".
- "Através do voto não vai se mudar nada".
Entre tantas outras falas que eu poderia citar aqui agora, que não são minhas, são do presidente que vocês clamam pelos direitos humanos. O presidente que mandava colocar no pau de arara. O presidente que dizia que pelo voto não ia se votar nada.
Vocês não vão parar o parlamento brasileiro. Esta daqui não é a casa de vossas excelências. Pode gritar! Pode fazer bravata, pode vir aqui sentar em cima da gente na cadeira. Nós não vamos nos intimidar. E o pastor Henrique Vieira falou que tinha medo. Eu não tenho medo, pastor Henrique Vieira. A gente vai pra cima dessa gente. A gente vai olhar pra essa gente no olho, com a mesma ânsia que eles têm de nos derrubar. Nós vamos olhar eles nos olhos com a mesma ânsia pra vencer. Vencer em nome da justiça, vencer em nome do amor, vencer em nome da solidariedade, vencer em nome da democracia, vencer em nome dos direitos humanos que nós sempre defendemos. como uma pauta essencial a nós.
Presidente, continue a conduzir esta reunião. Não permita que façam desta comissão o que fizeram no plenário da Câmara. E que o presidente Hugo Mota também retome os trabalhos nesta Casa. E que eles possam fazer as suas defesas... Cinco segundos para concluir, presidente. Que eles possam fazer as suas defesas nos lugares que lhes são oportunos. O presidente Jair Bolsonaro tem direito a defesa nos processos e inquéritos que responde.
Isso está perdendo todos os limites. Está se perdendo... a mão da diplomacia, do democrático, do espírito republicano está virando uma barbárie. Obrigada, presidente.
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