Otoni de Paula chama Michelle de mentirosa e oportunista, mas deixa o rabo de fora

A notícia não é nova. O chororô de Michelle Bolsonaro aconteceu no domingo passado a crítica do deputado Toni de Paula no outro dia. Mas o que é novo ou antigo no país, onde o morto insepulto, Michel Temer, o homem que traiu sua companheira de chapa e Presidente da República, Dilma Rousseff, para ser presidente em seu lugar, hoje é chamado de moderado? Imagina se fosse radical.

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) criticou a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro por uma afirmação mentirosa dela. E no desmentido deixou o rabo do gato de fora: duas informações que teoricamente não seriam para vir ao conhecimento público. A primeira delas pode cair como uma bomba no meio evangélico.
 
Aos fatos:

Madame Michelle, ao estilo da família Bolsonaro, mentiu em suas redes afirmando que não pode fazer suas orações num culto em casa:
 
"Eu não posso mais fazer meu culto doméstico em casa, o meu culto que eu sempre fiz todas as semanas. Hoje eu tenho que sair da minha casa e ir para outra casa para poder orar, porque até isso  foi cerceado."
 
 
O deputado federal e pastor Otoni de Paula, uma das mais poderosas influências no meio religioso e político-religioso, de um uma resposta imediata à mentira de Michelle, chamando sua narrativa de "falaciosa, mentirosa,  interesseira".
 
"E por que eu estou afirmando novamente que nós não estamos tendo uma perseguição religiosa? Primeiro, o ministro Alexandre Moraes não proibiu a irmã Michelle Bolsonaro de fazer culto dentro da casa dela.  Ela pode fazer culto,  ela pode cantar hinos ao Senhor,  ela pode evangelizar o esposo dela, perguntar se ele quer aceitar Jesus como Salvador da vida dele."
 
Como assim? Quer dizer que Jair Bolsonaro ainda não aceitou Jesus como Salvador da vida dele? É tudo uma farsa?
 
Mas, há mais: Otoni de Paula mostra qual o maior pavor dos evangélicos (spoiler: não é o diabo, nem Alexandre de Moraes):

 
"Se nós agora começarmos a atiçar dizendo que estamos tendo uma perseguição religiosa,  sabe o que é uma perseguição religiosa, senhores pastores?  Perseguição religiosa é a Receita Federal dentro de nossas igrejas. É a Receita Federal investigando o que você ganha e o que você recebe. É a Receita Federal investigando a oferta que você manda para o campo missionário. Tem algum problema nisso? Não tem.  Mas eu lhe pergunto, qual é empresa, por mais correta que esteja, que passa por um pente fino da Receita Federal e não tem problema? Qual é o cidadão brasileiro que passe por um pente fino da Receita Federal e não tenha problema? Nossas igrejas aí sim terão problema. É isso que nós queremos?" 


 
Ao final, o deputado e pastor dá um recado direto à ex-primeira dama:
 
 
"É só a gente continuar com essa narrativa falaciosa,  desculpe, mentirosa,  interesseira,  porque é política,  que nós estamos tendo perseguição religiosa.  Por favor, irmã Michele,  deixa a igreja de fora disso.  Ela já sofreu demais com esta polarização e nós não fomos chamados para polarizar. O nosso ministério é o ministério da conciliação e não da polarização. "
 
 

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