A agenda da senhora Corner

A empresária Jeanny Mary Corner anuncia há semanas que está com problemas para tocar sua empresa. Os clientes fugiram.
Ela oferecia recepcionistas para eventos em Brasília. Algumas dessas recepcionistas eram garotas de programa. Uma delas parece que está “namorando firme” (como se dizia antigamente) a figura suspeitíssima de Rogério Buratti, ex-assessor do ministro Palocci em Ribeirão Preto.
Segundo a senhora Corner, os clientes desapareceram, depois que seu nome foi citado na CPI como organizadora de festas muito excitantes.
E como os clientes sumiram, a senhora Corner resolveu sair à caça deles, ameaçando-os com uma suposta agenda. Eles se fingiram de surdos, mas a senadora Heloísa Helena (Psol-AL) resolveu dar ouvidos a ela. Mais que isso, resolveu jogar no ventilador as ameaças da senhora Corner.
Hoje, uma postagem no blog do Noblat procura nas entrelinhas decifrar para seus leitores o que significariam palavras aparentemente sem sentido pronunciadas pela senadora, durante o depoimento de Palocci na CPI.
Se for verdade – o que a postagem dá a entender – que o ministro “freqüentava” algumas recepcionistas da senhora Corner, isso diz respeito a ele e sua família. O que nós e o governo temos a ver com isso?
Além do mais, tudo o que essa senhora tem a oferecer são suas ameaças. Ela jamais irá declarar oficialmente que fornecia garotas de programa a seja lá quem for, porque a prostituição não é crime, mas a exploração da prostituição, sim.
Portanto, que a oposição ao governo Lula trate de trabalhar. Descubra fatos que comprometam o governo e, então, retirem Lula de lá. No impeachment ou no voto. E mandem a senhora Corner para escanteio.

(O ex-prefeito Paulo Maluf disse que está em dúvida se concorre ao governo do Estado de São Paulo ou à Câmara dos Deputados. Para auxiliá-lo, não deixe de votar na enquete aqui à direita)