A bomba do Pinocchio - quer dizer, Batochio

PinocchioOntem, Brasília, que é palco de tantas cenas inusitadas, abriu as cortinas para mais uma: a assessoria do advogado José Roberto Batochio (ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB) divulgou que ele daria uma entrevista bombástica num hotel da cidade.

Mais de 50 profissionais correram para o local. Esperaram por uma, duas, três...cinco horas, para descobrir que a tal bomba foi um truque para despistar a imprensa, enquanto o novo cliente de Batochio (o ex-ministro Palocci) prestava depoimento em casa para a Polícia Federal.

Foi tudo um despiste, para manter a privacidade do novo cliente, que veio se juntar a outros tantos célebres, como o doutor Paulo, mais conhecido como Maluf - o homem de meio bilhão de dólares no exterior.

O que tem a dizer sobre esse artifício a OAB, que semana passada elegeu como brasileiro ético o caseiro que chantageou o suposto pai? Nenhuma palavra, nenhuma censura a seu ex-presidente?

O que têm a dizer os órgãos de classe que representam os jornalistas, feitos de pagliacci pelo doutor Batochio para preservar o doutor Palocci? Nem os empregadores desses profissionais apitaram contra o triste papel que a assessoria do ilustre causídico reservou para seus profissionais...

E todo esse circo montado para quê? Para que Palocci fosse ouvido pela PF em casa. Segundo o advogado informou depois, Palocci encontra-se com eletrodos no peito, porque se prepara para "procedimentos médicos invasivos".

Realmente, o doutor Palocci pode estar se preparando para procedimentos invasivos, mas de outra natureza: a PF e o delegado de Ribeirão Preto estão bem atrás do ex-ministro para um procedimento invasivo bem ali no Buratti do Palocci.

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