quarta-feira, 3 de maio de 2006

Crise Brasil-Bolívia (III)

Álvaro García LineraMais um trecho da entrevista do vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, ao repórter da BBC Hernando Alvarez.


Garantias ao investimento estrangeiro

Três garantias: 1) regras duradouras. Os investidores necessitam de certezas e isso me parece correto; 2) garantimos a recuperação de seus investimentos. Mas investimentos comprovados, não inventados; 3) garantimos um ganho médio para seus acionistas. Mas nada mais além disso.

Já a propriedade, a definição de preços, o mercado interno, industrialização, exportação, serão assumidas pelo Estado. São regras claras. Eu creio que essa não é uma atitude abusiva, nem vingativa.


Simplesmente que um país tão pobre como a Bolívia... Veja só: o boliviano há 20 anos recebia US$ 850, e um camponês hoje recebe US$ 300. Isso é insustentável. O petróleo é uma riqueza muito grande e queremos usar o petróleo e o gás para que o rendimento médio do boliviano suba a US$ 2.000, US$ 3.000 ou US$ 4.000 por ano. É simplesmente um ato de justiça.

(Por este trecho da entrevista, vê-se que a nacionalização ocorrida anteontem no Dia do Trabalho, já estava anunciada desde dezembro e nos termos exatos em que foi feita)

Daqui a pouco:

“Evo Morales não é chavista nem lulista, é evista.”

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3 comentários:

  1. Mello


    Lembro-me do que disse o presidente Lula quando da vitória de Evo Morales nas eleições presidenciais bolivianas: "nem os melhores cientistas políticos podem imaginar o que Evo Morales fará na Bolívia". Não sou cientista político, mas vou arriscar um palpite.

    Veja o palpite no meu blog

    PARICK GLEBER
    www.pensarpolitico.blogpsot.com

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  2. Anônimo3.5.06

    Isso deixa claro que a política externo do governo MULLA é uma verdaira ecatombe.
    chega de mulla , chega de mulla
    GERALDINHO JÁ.

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  3. Anônimo6.5.06

    As promessas desse vice-presidente valem tanto quanto as promessas petistas e do MULLA antes das eleições. É outro estelionatário, com conversa prá boi dormir. Acabamos de ver o mínimo respeito que Evo Morales tem pelas garantias contratuais da Petrobrás e o deboche com que tratou o Brasil, de cuja ajuda sobrevive até hoje o povo boliviano. Tiveram sua dívida perdoada pelo Mamulengo e mesmo assim cuspiram no prato que os alimentou. Ainda enrabaram o frouxo Quadrúpede que lhes foi beijar a mão e ficou de quatro. Quem pensam esses malucos que são? O Brasil não é Mulla, apesar do Mello. Quando o eunuco sem altivez deixar o poder, cedo ou tarde, haverão de desculpar-se perante a nação brasileira...

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