Hezbollah: Israel diante da esfinge

Após o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmar que o país já tinha alcançado quase todos os seus objetivos no Líbano, o Hezbollah lançou 220 foguetes contra território israelense nesta quarta-feira, no pior dia de ataques desde o início dos confrontos no dia 12 de julho – segundo a BBC.

Israel pode estar começando a conhecer o seu Vietnam. Ou então, para ficar na linguagem futebolística tão ao gosto do nosso presidente, a verificar que “não existem mais bobos no mundo”.

Os “falcões” do exército israelense apostaram numa derrota rápida do Hezbollah. Em quinze dias, tudo estaria liquidado. Mas, ainda há pouco, pediram mais duas semanas. Agora, já reconhecem que a guerra pode se prolongar por semanas...

A população de Israel – uma das mais instruídas e bem informadas do mundo – já está de cabelos em pé. Começam a perceber que foram vítimas de uma “má informação”, como aconteceu com o povo americano, em relação ao Iraque. Começam a examinar – a cada nova convocação de soldados – quando o defunto será de sua família. Começam a pensar também, como será possível vencer um “exército” que considera a morte em combate uma vitória.

A verdade é que todos os que apostaram ou apontaram a guerra como a melhor estratégia se deram mal. Aqui mesmo no Brasil, a milhares de quilômetros do conflito, pessoas defenderam – e ainda o fazem, com as nádegas bem distantes das seringas – a ação do exército de Israel. Agora estão numa sinuca de bico. Ou defendem a guerra total – com o banho de sangue que advirá - ou reconhecem seu erro. Porque o avanço das tropas israelenses pode apenas afastar o problema para mais longe no espaço e/ou no tempo. Mas não vai resolver o problema. Ao contrário, vem aí uma nova geração de homens-bomba: os netos de Sabra e Chatila e filhos de Qana.

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6 comentários:

  1. Anônimo2.8.06

    Não entendi. Você está defendendo os homens bomba?

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  2. Anônimo2.8.06

    Não conheço ninguém que defenda a ação de Israel e ao mesmo tempo a morte de criança. Quem assassina crianças e não se importa com elas nem com ninguém são os fanáticos do Hizbolah.

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  3. Anônimo2.8.06

    Por que vc não faz como o Reinaldo e dá os nomes de quem está criticando? Ele eu sei que é a favor da ação de Israel. Por que não cita logo o nome dele?

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  4. Incrível. Quem critica a estratégia de Israel é tachado de fã de homem-bomba. Parece até aquela história do cara que mata o outro porque este lhe disse que estava errado em sua idéia, como se fosse algo pessoal.

    Ser contra a estratégia israelense (como desde o início falava, no próprio blog do Azevedo) não é ser pró-Hizbollah, assim como ser anti-sionista não é ser anti-judaísmo ou anti-semita. Mas tem gente que gosta de confundir as coisas para obter vantagens próprias. Como Israel faz com o povo judeu do mundo todo.
    Em suma: Israel cavou seu próprio poço, conseguiu transformar o Líbano (um país pró-Israel) em inimigo de morte, e deu munição ao Irã para ter sua própria bomba atômica, simplesmente porque adotou a estratégia mais idiota possível para responder ao Hizbollah - que, aliás, foi fundada por vítimas de Sabra e Chatila.

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  5. Da mesma maneira que e errado o hezbollah e o hamas atacar civis em nome de suas causas, e errado o estado Israel fazer o mesmo. Nao se pode ter dois pesos duas medidas. Qual e a diferenca?

    Responsabilizar o hezbollah pela morte de criancas bombardeadas no Libano eh insano. Seria o mesmo que afirmar que Israel e responsavel pelos ataques terroristas em seu territorio ao nao atender o pedido de grupos como o Hamas.

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  6. Anônimo6.8.06

    Israel não teme os tribunais internacionais, o que provoca suas desmoralizações. Bombardear prédios residenciais, depois bombardear as estradas, para que as vítimas não recebam remédios nem alimentos, é de uma crueldade que faz Hitler parecer um colegial. Quantos inocentes já morrerem no Libâno ? quem ordenou esses ataques ?, e pensar que uma das principais acusações de crimes contra a humanidade que pesa contra Sadam Hussein é ele ter ordenado a matança de 115 curdos.

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