PT, PSDB e PMDB: A busca de um caminho comum para o país

Em discurso ontem no lançamento das metas traçadas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o presidente Lula afirmou que, qualquer que seja o resultado eleitoral, "estarei na linha de frente de um grande entendimento nacional pelo futuro de nosso país".

Todo o projeto está sendo visto como uma Carta ao Povo Brasileiro II. A primeira, em 2002, endereçada ao povo e ao mercado. Esta com a classe política também como alvo.

Em resumo, Lula propõe um grande acordão com as forças que realmente apitam na política brasileira: PT, PSDB e PMDB. Já se fala inclusive na chapa para 2010, com Aécio na cabeça. A diferença está apenas no partido: o PSDB, caso este concorde com o acordão, ou o PMDB, para onde Aécio partiria com votos e bagagens, caso não haja acordo com os tucanos.

A verdade é que esse acordo PT-PSDB está na mesa há muito tempo. FHC sonhava em realizá-lo, sob seu comando. Lula sonha o mesmo agora, sob as mesmas condições (o comando de Lula), é claro.

Por isso as pessoas reclamam de uma campanha tão "morna"... Enquanto "indignados úteis" e seus gurus querem ver sangue, a classe política, mais pragmática, quer saber do país que teremos pela frente. PT, PSDB e boa parte do PMDB preparam uma Concertación, à moda chilena, buscando aquilo que os une e não o que os separa.

A única voz destoante é a do PFL, de Jorge Bornhausen, ACM e César Maia. Porque, com esse grande acordão, o PFL simplesmente fica sem espaço na vida política brasileira. Vai definhar, até se transformar numa legenda anã. Bornhausen abandonou a vida política, ACM luta para manter seu feudo, enquanto César Maia não conseguiu sequer lançar um candidato do PFL ao governo do Rio.

Daí o roncar tonitruante de seus líderes e dos "indignados úteis". É o fracasso que lhes subiu à cabeça.

Se esta é sua primeira vez neste blog, clique aqui
Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos