Sanguessugas contaminam partido e coligação

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) cassou o registro de alguns candidatos envolvidos com a máfia das sanguessugas. É uma iniciativa louvável, mas que terá pouco efeito prático. Os candidatos já afirmaram que vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde devem conseguir o registro de volta, pois o entendimento do TSE é de que a inelegibilidade só ocorre quando há uma condenação definitiva.

Os partidos políticos deveriam ter feito essa filtragem, impedindo a candidatura de quem está envolvido nos mais diversos processos. Como não o fizeram, cabe ao eleitor, então, esse paciente trabalho de formiguinha, informação em cima de informação, buscando negar o voto a quem não mereceria nem estar concorrendo.

Mas, negar o voto ao candidato não basta. E é aqui que uma campanha bem feita pode mudar a atitude dos partidos. É preciso negar o voto ao partido do candidato sanguessuga (na verdade, a qualquer candidato com problemas na Justiça), porque, como o voto é proporcional, o sanguessuga pode acabar se elegendo com os votos de outros deputados do partido. Mais ainda: em estados onde partidos com candidatos sanguessugas estão coligados, deve-se negar o voto a toda a coligação, pelo mesmo motivo.

Temos que usar o efeito cascata contra esses cascateiros. A presença de um sanguessuga deve ser o bastante para que neguemos voto a todos os candidatos de seu partido ou coligação. Com isso, sua presença vai pôr em risco as candidaturas dos demais. Quem sabe, assim, estes resolvem tomar uma atitude.

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