Em agosto, o deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT) procurou Ricardo Berzoini no comitê em Brasília e disse ter tido ciência de que o governador Blairo Maggi (PPS-MT) havia pago Vedoin para que este falasse à revista "Veja" naquele mês. Na entrevista, o empresário acusou o então candidato tucano ao governo, o senador Antero Paes de Barros, de envolvimento com a fraude das ambulâncias superfaturadas.
Pelo acordo, Vedoin deveria ainda formalizar a denúncia na Justiça. Num primeiro depoimento, Vedoin inocentou Antero, mas, em outubro, repetiu em juízo a acusação.
O script foi o mesmo: primeiro, a entrevista; depois, a denúncia na Justiça. Com uma diferença: a reportagem da Veja saiu um mês antes da IstoÉ, mostrando quem ensinou o caminho a quem.
Maiores detalhes sobre o caso, você pode ler aqui nesta postagem do Blog do Deu no Jornal, do jornalista Marcelo Soares.
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Mello,
ResponderExcluirE impressionante como estamos assistindo a cada dia que passa o quão irresponsáveis e antiéticas são as redações jornalísticas dos vários meios de comunicação - não só no Brasil como no mundo todo. Por isso acredito que a internet é um canal que veio trazer um pouco mais de equilíbrio. São blogs como o seu, por exemplo, que ajudam na compreensão de que por trás de uma notícia existem interesses inseparáveis do seu conteúdo. Isso, é claro, passa despercebida pela grande maioria dos “consumidores”.
Chegamos ao cúmulo de que a verdadeira notícia reside no subtexto obscuro e confuso do seu conteúdo.
Por isso quando vou consumir uma notícia, tomo-a como falsa por default, não importando o veículo.
Vale notar também o como são tragicômicos aqueles parlamentares que usam reportagens de revistas e jornais como se fossem provas irrefutáveis de qualquer coisa. Quando vejo isso numa CPI - que de tão mal usada perdeu praticamente todo o crédito institucional – vejo na mesma hora (e não por coincidência) um parlamentar picareta.
Sou a favor da imprensa livre, mas quero responsabilidade e ética também.